sábado, 31 de janeiro de 2009

Subsolo do underground

Eu realmente não sei o que está me acontecendo, o que passa na minha cabeça, só sei que é bem atípico. Pelo menos pra mim.
Eu não sei o que me deu que agora estou numa fase de escutar e ver o pior do pior. O mais inesperado, aquilo que ninguém dá um segundo de atenção.
Tudo começou quando tirei todas as músicas do computador e joguei tudo num cd. Estava ficando enjoada com aquela bagunça de músicas, de mil ritmos diferentes, de mil procedências...
Enfim, essa pequena atitude abriu espaço pra que outras coisas entrassem nesse lugar vago. Até que eu não tenho muito o costume de navegar e ouvir músicas, ou porque o rádio está ligado, ou porque minha mãe está em casa.
Olha, eu tenho ouvido Aracely Arámbula... Eu não acreditei que ela tinha feito um disco, que tinha cantado um dia na vida! Eu choquei, tive que comprovar com meus próprios ouvidos que era verdade. Enfim, ela é uma mulher muito inteligente, né não? Estar com a vida garantida depois de pouco tempo de “labuta” não é pra qualquer um. Gracias, Raquel!
Eu tenho ouvido Mariana Seoane... Mas essa foi imposta, aviso logo! Jajajaj. Mas eu to gostando, hahahahaah. Ela é uma niña buena que fica movendo su colita por aí, e não faz mal a ninguém. Ela é uma sub-celebridade com muito trabalho, com o suor do rosto (ou da colita?). O mundo seria muito melhor se todas as sub-celebridades fossem assim... Gracias, Raquel! (Qual vai ser a próxima? Ninel Conde?? haha)
Eu tenho ouvido Eduardo Dusek... Enfim, eu estou quase usando uma pá pra cavar essas coisas. Ele é um grande artista, diria eu. As músicas dele são, na maioria, cheias de sátira e humor. Já baixei três cd’s, só falta um, jajaja! Estava pensando até em trazer algumas músicas dele pra cá, elas podem servir de inspiração pra escrever.
Eu estava bem até aqui, estava, eu juro. Até que eu cheguei no fundo do poço. O fundo do poço existe, e ele se chama Zéu Britto. Jajajaaj, não querendo humilhar o cara, até porque eu gosto dele não é de hoje, mas é porque as músicas são totalmente sem noção. Músicas como “Eu vou queimar seu peito com o isqueiro”, “Mirabel molhado” e o clássico “Soraya queimada” me chocaram! E o melhor: a parte instrumental em si é uma coisa de loucoooooooooooooooooo, é muito boa! Mirabel molhado é quase só voz e piano, é linda! Se vc não presta atenção na letra, claro!
Já comecei a campanha “Volta, Camilla!” na minha consciência. Na quinta comprei um cd do Chico Buarque e outro do Gonzaguinha. Olha, gastei dezoito mangos pelos dois. Se os CDs fossem esse preço sempre, talvez a pirataria não tivesse tanta força. Pelo menos entre a classe média, porque entre o povão mesmo, eu já perdi a esperança.

Mas sabe de uma coisa? Eu tô gostando demaaais dessa fase meio doida. Na verdade, eu sempre gostei de gente doida, que incomoda, que transgride regras, ou que simplesmente não se encaixa da classificação “tradicional”, eu estou em paz. Acho que começo a ver a luz... No fim do Santa Bárbara.
Acho que dá pra conciliar o clássico com o esquizofrênico. Bom, se não der, eu dou o meu jeito. Mas eles todos vão ter que conviver aqui dentro da minha cabeça: a Singapura, cantora tabagista de Dusek; a Maria sem documentos do Zéu; o “Caballo Viejo” da Mariana; e a “Sexy” Aracely.
Uy, será que é por isso que eu me enchi da Vale? Ó Deus... Será? Será que tem volta? Eu acho que prefiro que tudo seja mais difícil, com mais problemas, mais enigmas, ou simplesmente com mais coisas fora do lugar.
Vale, querida, aí fica difícil, olhar pra sua cara e sempre ver a mesma carinha feliz... (Isso devia ser bom, mas pra mim não é) Acho que ficou muito monótono pra mim. E ainda tem aquela coisa, estou de férias de você, enquanto você não começar a trabalhar. Fechei a tampa, lá vai ela fazer bico nos programas de fofoca de novo? Até que ela estava bonita na semana do escândalo TV, vi algumas fotos.
E não é que a gente muda?? Quem diria que eu estaria hoje, dizendo essas coisas da Vale? A vida dá voltas, e eu estou seguríssima, mas segura mesmo, que ela vai me dar a volta e vai me dizer: “Não espera eu molhar o bico!”. É o que eu espero mesmo, de verdade.

Mudando totalmente de assunto, voltando à quinta, eu vi “Se eu fosse você 2” e gostei. Não sei se por causa do filme, ou porque estava com uma amiga que é conhecida pela sua risada contagiante, hahahaha!
Enfim, foi muito legal! Se passar daqui a dois anos naquela sessão de filmes nacionais, veja!

E outra coisa. Na quarta, eu vou ver o filme do Jim Carrey, “Sim senhor”. Vi o trailer na quinta, encasquetei que vou na quarta (porque é mais barato, óbvio) e vou, mesmo que seja somente com a minha própria companhia.
Caraca, vou fazer uma coisa em público que pouca gente faz. Assumo que gosto dos filmes do Jim Carrey! Engraçado que “ninguém vê”, mas todo ano ele lança um filme novo, e todo mundo sabe de que filme se está falando. Estranho, né?
Pra mim essa coisa de tipo de humor não existe na minha cabeça, porque eu gosto de todos os tipos, se é que eles existem. Eu sou brasileira, assisti os Trapalhões, uma coisa totalmente pastelão. Assisti e assisto Chaves, mais pastelão impossível. Assisti “A Feia Mais Bela”, que dispensa comentários! Jim Carrey perto disso aí é fichinha.
E não é só porque é dele não. É porque eu sei que eu terei que passar pelo mesmo processo que o protagonista, no contexto da minha vida, obviamente.
Quando eu voltar do cinema eu explico.

*esqueci o título, hehe

domingo, 25 de janeiro de 2009

Herrar é o mano



http://br.youtube.com/watch?v=4CngxaHjNho

Na terça-feira, dia 20, feriado aqui no Rio, uma coisa me chocou. Não um choque absurdo, foi mais de surpresa. Barack Hussein Obama teve um branco no meio do juramento. Não conseguiu completar uma simples frase dita pelo orador ou alguma coisa parecida.
Eu fiquei olhando aquilo e pensando: cara, se a pessoa mais influente do mundo pode errar, por que eu não?
Eu me senti até mais leve, sabe? Se tivermos um branco no meio de uma prova, é só lembrar: até o Obama teve um branco numa hora não muito propícia.
Porque errar é uma das grandes habilidades da nossa espécie. Alguns de nós, inclusive, consegue aprender com os erros. Outros não.
De quantos erros a vida é feita? Os depressivos diriam de primeira: o erro-mor foi eu ter nascido. Mas não é necessário ser tão extremista. Erro quando não olho direito pra rua e quase morro atropelada. E também erro quando esqueço uma apostila em casa e não entendo nada na aula. Ou quando acordo atrasada. Erros banais, fatais, recorrentes ou imperdoáveis.
Obama, o que é ter um branco, esquecer uma frasezinha? Nada! Erro é pegar uma nação quebrada e pegar pra criar, por no mínimo quatro anos. Erros são necessários, é bom pra equilibrar as forças do universo.
Então, “vou errando enquanto o tempo me deixar passar”, como diz a música. E quando o Tempo fechar a tampa, o que eu faço? Acabaram as minhas fichas e game over?
Enfim, errar é humano. Ou Herrar é o mano, segundo a reforma ortográfica já vigente.
Ainda tem isso, a inversão dos valores. Quer dizer, tudo que era certo, passa a ser a ser errado, de um dia pra outro. Falando de ortografia, é claro. E da vida também.
Mas isso já é outra história.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Um trem e uma feia

Perdão, não sou boa de títulos. Sou muito óbvia.

Antes dos temas interessantíssimos que eu gostaria de comentar, queria dizer que foi muito bom ter tido a oportunidade, nessa semana, de poder falar e ouvir tudo que eu geralmente escrevo e leio. Encontrar pessoas que conhecemos pela internet (e que também não conhecíamos ainda, hehe) somente é muito bom. Você comprova que realmente... existem pessoas tão loucas quanto você. E o mais curioso, elas são de carne e osso. Vlw meninas!

Hoje estava voltando de um lugar tedioso chamado "curso de inglês" (o nome não é esse, mas curso de inglês é tedioso) e resolvi voltar de trem. Precisava chegar hoje mesmo em casa, e se fosse pegar um ônibus ia chegar daqui a uma semana. E devia estar bem doida porque fiquei pensando umas coisas incrivelmente.... estranhas. Se tivesse um "tag" sobre isso, seria filosofia barata.

O trem é um negócio extremamente bucólico. Principalmente quando ele está vazio. Principalmente quando é um daqueles bem velhos, que tem aqueles bancos que não respeitam a forma da sua coluna. Principalmente quando é sábado.

Já pensaram que o trem é tipo uma metáfora ou uma representação de alguma coisa? O trem vai passando rápido e direto por todos os lugares. E ele só para onde ele quer. Não podemos puxar a cordinha, ele não para onde nos é conveniente. Parece a vida, cheia de paradas. Se bem que, no caso das nossas paradas, não sabemos exatamente onde vai ser. Só sabemos que aquilo marca, é como se fosse mais um pontinho naquela linha que simboliza a estrada de ferro. Só que ao invés de São Cristóvão, Piedade, Quintino, Marechal Hermes, Deodoro, estaria escrito Nascimento, Primeiro Aniversário, Primeira (e Única) Surra do Pai, Primeiro Dia na Escolinha, Formatura do Primário, Mudança de Escola (em Outubro), e por aí vai. Coisas que marcam e que, ou não sai da sua cabeça, ou você viu nos álbuns de fotos. Já pensaram nisso?? Claro que não...

Eu disse que era filosofia barata. Meu defeito é ser sincera, sabe? Eu pensei em fazer algo mais sério, mais poético, imaginei até colocar aquela música do Raul, "Trem das Onze". Ia ficar lindo... Mas de 12h pra cá, a minha própria opinião sobre a minha própria idéia mudou.

Agora, faça uma coisa. Concentre-se, é uma atividade muito interessante. Abra a sua mão direita e olhe para a palma da sua mão.

Olhou?

?

Enquanto você olhava a sua mão, eu mudei complemente de assunto.

Tenho uma coisa muito séria pra dizer. É uma constatação grave... na verdade nada tão grave assim. É que eu fico feliz quando eu consigo refletir sobre alguma coisa, mesmo que pareça inútil para a humanidade.

Começando do começo, gostaria de agradecer imensamente a uma querida amiga minha que me enviou a segunda temporada de ugly betty. Ontem, eu assisti 14 episódios, de um total de 18. Viciei, assumo! Muito obrigadaaaaaaaaa!!!

Enfim, sempre achei interessantíssima essa abordagem de chefe e assistente que se respeitam, e que também são amigos, e se ajudam. Uma coisa sem o menor desrespeito, sem submissão, sem medo de gritos. Essa coisa que estava tão fixada na raiz da história, na qual o chefe tinha que ser um grosso ridículo que não respeita os outros quando tem crises nervosas. As duas propostas são legais, mas essa saída não tão extremista, de uma relação normal entre gente normal é muito boa. E claro, adaptada ao público americano.

Mas tendo visto toda a segunda temporada, eu acho que eles exageraram um pouco nessa ânsia de mostrar que Betty é uma mulher normal e que tem vida amorosa, como toda e qualquer modelo que passe pra lá e pra cá nos corredores da Mode.

Ei, peraí! Essa história é voltada para mulheres depressivas que tem a esperança de que um dia algo parecido com um príncipe encantado chegue nas suas vidas. E simplesmente a Betty, que deveria ser a representante dessas mulheres, já teve três peguetes até agora! Isso porque é só a segunda temporada!!! E na terceira temporada, ela pega o Daniel!!! Como assim? (Preciso fazer uma captura daquela cena que ele estava de costas, estou em choque até agora) [õ.O]

Olha, se todas as feias fossem assim, La fea más bella ou Yo soy Betty, la fea não teriam um pingo de sucesso, porque não conseguiriam atingir seu público almejado. Né não?

Simplesmente... ela pegou o carinha da loja de eletrônicos na primeira temporada. Foi morar com o Henry e foi pedida em casamento por ele. E deu uns beijos no cara da loja de sanduíches, e o cara chama ela pra passar um mês com ele ali, na esquina... Em Roma!

Eu jogo a toalha! Sem antes da um jeito de baixar a terceira temporada...

Perdão aí se alguém queria ver e se eu estraguei as surpresas... Mas eu não disse a ordem dos fatos, pode ver ainda... hahaha!


P.S.: A brincadeirinha da mão eu vi no Pânico, e caí feito uma pata choca, e adorei!! "Qual a credibilidade do palhaço?"

domingo, 11 de janeiro de 2009

Don't wanna be an American Idiot (õ.O)

Oi!
Como vai a vida?
Tudo certinho, na santa paz?
Então... Ontem eu fiz uma coisa que gostaria de fazer mais vezes, mas meu lado racional não me deixa. Matei aula do curso de inglês.
O despertador tocou e eu nem aí. Minha mãe também não me chamou. Ou seja, tudo conspirou.
Eu não aguento essa coisa de curso de inglês. Eu já fiz inglês na quarta série, no colégio. Da sexta a oitava série, também fiz inglês na escola. Do primeiro ao terceiro ano, também tive, só que diziam q era "voltado para o turismo".
Curso de inglês? Ahh. Brasas, um semestre inteiro; Yes, dois semestres; Fox, dois semestres; LICOM, terminando o segundo. Aí você me pergunta: em que período você está? Quarto período.
Isso é o que dá ser pobre: acaba o dinheiro, sai do curso; acaba a bolsa, sai do curso. Pula pra outro lugar e sempre tem que voltar um período.
Simplesmente eu não aguento mais. Tem matérias, tipo superlativo e passado, que eu devo ter visto umas sete vezes.
Chega, pra mim já deu. E se eu não aprendi até hoje, eu não aprendo nunca mais. Game over.
E o pior é chegar nessas aulas de curso de inglês onde a gente é obrigado a ficar falando o que não sabe, ou então falar sobre assuntos tão estranhos. Vem cá, aquilo é uma aula ou é terapia de grupo? Por que eu tenho que falar o que eu quero mudar no meu corpo? O que não me agrada em mim? Como foram as minhas férias? Vem cá, eu te conheço?
Eu não consigo mais levar na esportiva, minha paciência já esgotou já faz uns anos.
Ainda mais depois que eu comecei a fazer espanhol. Um idioma que tem uma cultura embutida, e não é como o inglês, que de tão globalizado (e obrigatório) ficou sem cara, ficou sem algo próprio. Só Shakespeare, sei lá. Ou tipo, vão mandar a gente ler J. K. Rowling como exemplo de literatura inglesa? Faça-me o favor.
Enfim, nunca vou esquecer de um trabalho que eu fiz no curso, e que quase a professora teve que tacar algo em mim para eu parar de falar. O tema era: Mafalda e os EUA. Ou seja, toda a crítica que o Quino fazia aos Estados Unidos nas tiras. Depois eu vou até procurar se eu tenho ainda o papel que eu escrevi a minha fala, se eu achar eu coloco aqui. Só sei que tive um enorme prazer de falar sobre isso, porque eu não gosto dos Estados Unidos e do que ele representa. Eu falei isso e todo mundo riu: tinha ficado óbvio pelo meu trabalho que eu odeeeio os Estados Unidos.
E como eu sou sortuda, eu faltei logo a aula que fala sobre present perfect, que é o tema que eu mais fico boiando. Legal, né?
Enfim, aviso que vou dar uma festa, pra mim mesma, quando eu fizer a última prova do curso. Vou me libertar.
E só volto pra um curso de inglês se for intensivo, se for realmente bom e, de preferência, que o chato que está me obrigando, pague o curso pra mim.
É, eu sei que isso é meio difícil, mas a verdade é que, a grande barreira é o meu total desinteresse pelo idioma. Eu penso, penso, penso... e não vejo no que ele pode me acrescentar realmente. Só se for pra ouvir musiquinhas de Beyonce e Rihanna sem precisar pegar a tradução na internet.
Poupe-me disso.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Sobre a dor de ouvido

Tenho suspeitas de onde a adquiri. Talvez não seja infecção, só um trauma ao tímpano.

Acontece que no primeiro dia de ano, eu estava na casa de uma amiga da família, como já disse. Ela bate os records de volume no som. Bate até meu pai nesse quesito. E deve ter tocado umas cinco vezes o cd do calipso. Tipo, cinco vezes seguidas. O problema não é a música, isso eu já acostumei, e sim o volume. Estava no quarto, mas a casa tremia, porque o som grave era muito forte. E como estava deitada de bruços na cama, fugindo da televisão passando mulheres apaixonadas, fiquei muito tempo com o ouvido encostado na cama. Na hora doeu um pouco. Mas doeu mesmo hoje. tanto que eu acordei e não consegui mais dormir.

Viu? Se tivessemos ido embora na hora certa, isso não tinha acontecido.

E como estou triste, pq estraguei meu tímpano e nem tocou minha música preferida do calypso, então eu vou colocar a mais legalzinha e mais animadinha de todo o cd. Quase decorei tudo!

Neném

Me sinto uma criança perto de você
mas meu dengo tem malícia não vou te negar
me leva nos teus braços pra onde quiser
sou chave de cadeia pode apostar
ah,ah,ah.ah,ah,ah..

Me entrego de bandeja toda pra você
por seu amor
não me deixe chorar
Sou órfã e que tal você me adotar
tenho certeza que não vai me abandonar
sou tua neném...

Quero ser tua neném
menino,me bota no colo
me beija dos pés a cabeça
Nina,nina neném
sou toda sua,me dá banho
me perfuma com carinho senão vou chorar

Quero ser tua neném
menino,me bota no colo
me beija dos pés a cabeça
Nina,nina neném
sou toda sua,me dá banho
me perfuma com carinho senão vou chorar

Me sinto uma criança perto de você
mas meu dengo tem malícia não vou te negar
me leva nos teus braços pra onde quiser
sou chave de cadeia pode apostar
ah,ah,ah.ah,ah,ah..

Me entrego de bandeja toda pra você
por seu amor
não me deixe chorar
Sou órfã e que tal você me adotar
tenho certeza que não vai me abandonar
sou tua neném...

Quero ser tua neném
menino,me bota no colo
me beija dos pés a cabeça
Nina,nina neném
sou toda sua,me dá banho
me perfuma com carinho senão vou chorar

Quero ser tua neném
menino,me bota no colo
me beija dos pés a cabeça
Nina,nina neném
sou toda sua,me dá banho
me perfuma com carinho senão vou chorar

A música pode até ser de gosto questionável, mas que é bonito ouvir um milhão, ou meio milhão, de pessoas cantando, isso é.... É emocionante...

Situações atípicas

Hoje estou num dia bem estranho.


Ontem fui dormir às três da manhã e acordei às 5h30 da manhã. E aí vc deve estar se perguntando: por que este ser humano dormiu tão pouco e acordou tão cedo? Será que foi para admirar o belo nascer do sol?

Na verdade, não. Se o sol já nasceu todo esse tempo sem o meu importante testemunho, por que eu faria isso hoje? Enfim, foi o meu ouvido que me acordou. Dor de ouvido. Ou orelha, pela nova nomenclatura. Dor na orelha média, deve ser. Eu não sou de ficar doente, mas vez ou outra, tenho minhas dores de ouvido. Ou de garganta. E como eu não freqüento o Johrei Center, onde a doença pode ser considerada uma coisa boa, eu não suporto me sentir mal, ou me sentir minimamente doente.


E ainda mais acordando antes das seis. Meu Deus, eu vi chaves, telecurso 2000, GU, Ação, umas coisas que eu nunca veria, pois estaria tendo uma conversa muito séria com meu travesseiro! Enfim, um dia realmente atípico.

Como raramente se fica doente na choupana onde moro, não tinha um remédio sequer. Tive que esperar minha mãe chegar do trabalho pra assaltar a sua bolsa e pegar emprestado o analgésico. Isso eram nove horas.

Mais uma prova de que é um dia atípico? Ok, então lá vai. Aproveitei que minha mãe saiu de casa pra ler um pouco. Parasitologia, doença de Chagas. Quando foram onze horas, me lembrei que era sábado, e que neurônios não precisam ser tão estimulados nesse dia que geralmente é dedicado ao ócio. Qual não foi a minha surpresa de perceber que tinha lido dezoito páginas \O/. Tudo bem que tinham umas páginas com imagens, mas isso é muito pra mim. Eu tenho zero de concentração quando leio livros específicos, científicos. Mas até que estou indo bem. Realmente, hoje é um dia atípico.


Enfim, estudar é muito bom. Ter o privilégio de fazer uma faculdade de saúde em um país de analfabetos funcionais é uma honra, é uma sensação inexplicável. Lembro que uma vez, estava vendo o Jornal Nacional (coisa atípica também) e eles informaram, dentro de uma notícia lá, que as universidades públicas de todo o país tinham cem mil estudantes e mais alguma coisa, não me lembro se eram só as federais. Eu olhei praquele número e me perguntei “eu tô aí no meio? Dentre 180 milhões de pessoas, eu tô aí”. Eu me senti muito privilegiada. E sortuda também.


Nesse ano de 2008, antes de mudar de faculdade, veio também outra mudança. Mudou a minha visão sobre a profissão que escolhi. É fato que todos os que escolhem a nutrição tem a mínima noção de que ela envolve alimentos, alimentação saudável e dietas. A minha surpresa foi descobrir que ela não é nada disso. Ou quase nada disso. Ou não só isso.


Eu me interessei pela nutrição há muito tempo atrás, desde que li uns livros antigos que estavam aqui em casa, de uma nutricionista que era “amiga” do meu pai. Isso há mil anos, quando ele um dia trabalhou de carteira assinada, isso faz muito, muuuuuuito tempo. Eu fiquei encantada com aquela mulher totalmente louca, que falava desde leite materno a desvio de verbas de merenda escolar. Achei aquilo fantástico, e desde aquele instante, já sabia o que ia fazer.


É verdade que não sei por que cismei com a nutrição. Mas eu sei exatamente do que eu não gosto, e todas as outras carreiras me pareceram extremamente chatas e sem um conteúdo lógico. Tudo seria um porre, menos a nutrição. Então foi aí mesmo que me abriguei.


Mas voltando a mudança. No ano de 2008, redescobri a nutrição, e foi um momento muito oportuno. Tudo isso começou na veiga, com uma professora maravilhosa, que tem uma experiência incrível e invejável em saúde pública. Pessoa que arregaça as mangas e que nos ensina a fazer o mesmo. É uma pena que os estudantes meia-boca de nutrição não enxerguem, não visualizem, não percebam a importância da saúde pública. Talvez porque as meninas (principalmente as meninas, os poucos meninos que fazem nutrição arrebentam, eu disse geralmente) se vejam trabalhando na sua cliniquinha meia-boca, com suas clientes de mente meia-boca, ou num hospitalzinho particular meia-boca, fazendo dietinhas meia-boca. Enfim, trabalhinhos meia-boca, que deem para comprar sapatos novos todo mês, sei lá.


Acho que todos os professores decentes que temos, de uma maneira ou outra, tiram a venda dos nossos olhos para a realidade da coisa. Mas cada um com seu aspecto. Como um professor meu, que no alto da sua sabedoria de estagiário, como ele diz sempre, passou uma dieta com bife para um homem que não tinha dentes. E essa é maior lição que tanto ele, como todos nós devemos levar de uma graduação: não estamos lidando com um prontuário, com um número, com um objeto, e sim com um ser humano, que deve ser visto como algo integral, e não como um estômago ou um coração danificados, que precisam de “conserto”.


Enfim, mudando de faculdade, isso engrandeceu. Ainda mais. Foi nesse período que conheci melhor tudo o que cerca a nossa profissão. A sua formação, a sua importância, seus problemas e desafios.


Agora, a parte fundamental que esqueceram no meio do caminho, e que aliás todo mundo esqueceu, é que a nutrição não foi criada para fins estéticos, para modelos e atrizes estarem bem para desfilar no carnaval. A nutrição, o profissional nutricionista foi idealizado por um dos intelectuais mais brilhantes do MUNDO. Brasileiro? SIM, SENHOR! É um privilégio ter nascido no mesmo país que Josué de Castro, e é uma vergonha pra mim que os ditadores tenham mandado ele pra Paris, como uma das primeiras medidas de “proteção” à “ordem”.


Esse é um homem brilhante. Li o seu livro mais famoso, que o tornou conhecido em todo o mundo: Geografia da Fome. Uma obra tão, mas tão brilhante, narrada com um realismo sem ter sensacionalismo, apenas expunha a realidade, a verdade, que estava na cara de todos, e ninguém queria enxergar. Olha, confesso que li o prefácio, introdução, essas coisas, e parecia que ele tinha escrito na semana passada, sendo uma obra da década de 50.


O profissional nutricionista não foi criado com o objetivo de embelezar mais os belos, ou para ir no globo repórter uma vez por mês e fazer uma falsa prestação de serviços a população. O nutricionista deveria ter a função social de munir-se dos conhecimentos necessários para atenuar e buscar saídas para diminuir a fome que assola até hoje o nosso povo. Parece que as coisas se perderam no meio do caminho.


No fim, saíram todos perdendo. Tanto o nosso povo, quanto os nutricionistas. Pois a nossa categoria enfrenta problemas sérios, como o baixo reconhecimento social, problemas na grade curricular dos cursos e consequente problema de formação, que culmina num profissional inseguro, que tem baixos salários, além da falta de integração entre os profissionais. Mas de tudo isso, o profissional só reclama do baixo salário. Aí é fácil: como você quer ganhar mais se você não estuda? Não produz conhecimento na sua área? Não ajuda a sua profissão como um todo a se erguer?


E ainda tem uma coisa. Num depoimento dado a uma professora minha que fez uma dissertação de mestrado falando sobre identidade do nutricionista, uma profissional falou assim: “a maior inimiga de uma nutricionista é outra nutricionista”. Pra você ver que o coleguismo é um bixxxxurdo de bom.


É só problema. E eu ainda escolho uma carreira cheia de neuroses e pitis, igualzinha a mim (e ao jaime tbm, mas ele tem mais síndromes...).


Sabe que a doença de Chagas foi um ótimo gancho pra comentar esse assunto? Porque essa é mais uma das centenas de doenças existentes no nosso país que é causada pura e simplesmente por pobreza. Se todas as casas fossem de tijolo e reboco, não existiria a doença de Chagas, uma doença terrível, que quando se manifesta, deixa a pessoa com o coração gigante (e descobri hoje q tbm pode ter megaesôfago, megacólon, e em todos os órgãos ocos), e no fim, ela não consegue nem falar. Porque cansa, cansa muito. Trágico, triste, horrível.


Em pensar que coisas tipo esquistossomose são estudadas nas universidades americanas como espécies de “lendas” lá, pois isso não existe num país rico... O Brasil não é o país do futuro, nem nunca será. Faz décadas que dizem que o Brasil vai ser isso ou aquilo. E ele nunca é. Nunca é nada. Não adianta o PIB crescer não sei quantos por cento, se eu não vejo diferença na minha vida, na vida do meu vizinho, em nada. E também não adianta dar bolsa família, se ele não vem acompanhado de coisas que realmente fazem a diferença: saúde e educação. E NÃO VEIO. Sinto informar, presidente, mas essa promessa você não cumpriu. Eu sou um problema pros políticos, eu nunca esqueço promessas de campanha.


Talvez porque gente instruída e com força física e mental para lutar pelos seus direitos seja perigosa. Aliás, perigosíssima.


Ninguém segura esse país.


P.S.: Ah.. Mais coisas sobre Josué de castro. Ele foi um dos secretários da ONU, na FAO, acho que chegou até a presidi-la quando ficou exilado em Paris. Era médico e também geógrafo, e relacionava como ninguém os aspectos ambientais, sócio-econômicos e biológicos que envolviam o ser humano. Chegou a ser ministro do JK, se não me engano, mas esse também era um malandrinho, e na vdd, a parte da alimentação (e da educação também) foi preterida no seu plano de metas, Brasília foi mais importante. O importante a se destacar é que Josué não era só mais um que falava bonito, que discursava lindamente e que nada fazia de real e efetivo. Pelo contrário, tinha projetos, projetos reais, verdadeiros e exequíveis. O que faltou (e sempre faltará) foi a disposição dos governantes para coloca-los em prática.

P.S.2: Em processo de adaptação às novas regras da língua portuguesa. Mas o word não ajuda, p*rra! Ele coloca o trema automático, o circunflexo nas palavras q tem vogal repetida. Aí fica difícil...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2000 inove

Ano Novo lembra Copacabana. E Copa no Ano Novo me lembra trauma de infância, jaja. Imagina uma criança de cinco anos naquela areia, cheia de gente, acompanhada de bêbados (que já estavam misturando sidra com cerveja), querendo estar em casa para ver os Mamonas Assassinas. Foi terrível.

Então, esse ano paramos no meio do caminho. Fomos a casa de uma amiga da família, que fica no ponto final de único ônibus que leva o subúrbio e a zona norte legítima a zona sul: o grande e temido 457. (Está estatisticamente comprovado que, se você pega o 457 na hora do rush, você testemunhará um barraco, em 100% das ocorrências).

Enfim, a virada de ano não foi tão ruim assim. Somente quatro pessoas, gosto de lugar com pouca gente (por isso tbm não vou pra copacabana nem que me arrastem). Consegui ver dois filmes, isso é um milagre! Milagre porque é difícil pra mim ver um filme inteiro, imagina dois, um seguido do outro.

Pra quem não estava ligado na redigrobo os filmes eram: quem vai ficar com mary? e sabor da paixão. O primeiro até a porta da minha casa já viu. E o segundo, até agora não entendi muito bem de quem é aquilo, pq tinha uma mistura de bahia com califórnia, e a protagonista se dizia baiana, mas tinha uma cara de estrangeira... Além do mais, foi bizarro ver o lazaro ramos e o wagner moura adolescentes e dublados, nuss. Ah, eu sabia! Aquela cara não me era estranha! Vi aqui na internet que a protagonista era penelope cruz. E desde quando ela tem cara de baiana?

Achei uma critica sobre o filme na internet. É, concordo, é um filme bem estranho.

http://www.zerozen.com.br/video/sabor.htm

Fui dormir às quatro e acordei meio-dia. Olha q mico, cara... Acordar de tarde na casa dos outros, só eu mesmo.

Ano Novo, Vida Nova. Na hora da virada, eu esqueci de fazer os tais pedidos e as promessas para um ano novo. Aceito sugestões!

O dia 1º não foi tão bom, quer dizer, não começou tão bom. Enfim, ainda não tinha me dado conta de que, depois de tanto tempo, nada mudou, nada muda. É por isso que tenho tanta frustração de comemorar "anos novos". Pelo menos o próximo é só daqui a doze meses.

Até que eu cheguei em casa, e descobri o porquê da minha vontade exacerbada de voltar pra casa. Notícias que podem ser boas. Não pra minha vida especificamente, mas quem sabe pode indicar o começo de uma nova fase? Novos horizontes, novas aspirações, enfim, mudança. Espero que não seja notícia de "dia dos inocentes", senão eu juro que mato o desgraçado que criou essa payasada, kkkkkkkkkkkkkkk.

Chega, já falei besteira demais por hoje.