terça-feira, 21 de dezembro de 2010

“O que realmente aconteceu a Michael Jackson”: um breve comentário.

Faz um bom tempo que não sento em frente ao meu computador com uma idéia para escrever. Espero não ter desacostumado totalmente. Por mais que o calor esteja contribuindo negativamente para a minha concentração, recorro ao “Songs from the last century” como trilha sonora calmante.
Creio que no último post, eu tenha comentado sobre a minha experiência de ter conhecido Joe Jackson na noite de autógrafos que aconteceu na Saraiva. Como foi uma experiência muito confusa, e que precedeu um dia muito ruim pra mim, eu não vou cair na besteira de tentar esmiuçar esse momento.
Vou falar sobre o livro, ou o que me lembro dele, afinal essa semana foi perfeita pra amnésia, dedicada somente a cuidar de pontos e curativos.
Antes de falar do livro, a única coisa que gostaria de ressaltar é que também estava presente o autor, Leonard Rowe, que demonstrou ser um sujeito muito simpático e carismático. Vi esse senhor no Faustão, junto com Joe, e quando ele falou que exporia no seu livro a verdade sobre a indústria do entretenimento, pensei que ele falaria menos do que falou.
“O que realmente aconteceu a Michael Jackson: O lado obscuro da indústria do entretenimento” foi publicado nesse ano, e já chegou ao Brasil impresso com o selo de mais de um milhão de exemplares vendidos. Parece que está esgotado nos Estados Unidos.
Pode-se dizer que o livro é dividido em duas partes: na primeira parte, fala-se da indústria do entretenimento; e na segunda parte, fala-se de Michael Jackson em si.
Leonard Rowe expõe um assunto que é sempre complicado de se lidar: o racismo. Ainda mais quando estamos no século XXI, e diz-se que isso não mais existe. E sabemos que é mentira. Ele alega que, na indústria de produção de shows, os produtores negros sempre sofreram discriminação. Quer dizer o seguinte: produtores negros poderiam agenciar artistas negros com renome mediano, mas não poderiam agenciar artistas brancos e artistas negros de grande faturamento. E ele descreve com detalhes, afinal, como produtor negro, essa parte do livro torna-se um grande relato de experiências. E é importante, porque, num desses atos racistas entremeados nas negociações com agenciadoras de artistas, ele conta um episódio que ocorreu com Randy Phillips quando ainda era empresário de Toni Braxton, há umas dez ou mais anos atrás. Foi fundamental, por alertar ao leitor que ele estava diretamente ligado a essa espécie de corja que o autor descreve.
O motivo para essa segregação? Não ficou muito claro, como eu já esperava. Há coisas que não há como serem ditas, infelizmente. Mas, ele criou uma razão seguindo a lógica racista, que obviamente faz sentido: é a “manutenção da panelinha”. Se um produtor negro consegue um show, ele vai mobilizar uma gama de serviços de outros colegas negros: seja de iluminação, estrutura, sonorização, etc. Então, os brancos (qualquer branco?) manteriam tudo na sua panela, para que o dinheiro se multiplique entre eles. Mas há algo muito mais profundo do que isso, com certeza.
Tem uma frase no capítulo 3 que eu gosto bastante:
“Quando fica decidido que você é um ‘negão atrevido’, começam a tirar de você o seu sustento. Quem sobrevive aprende simplesmente a jogar o jogo deles, ou seja, vendem-se. Há muitos artistas que vendem a imagem declarando sua lealdade à comunidade negra, mas, quando estão lidando com os poderes da indústria do entretenimento, são tudo menos leais. Eles não vão se arriscar a lutar contra o atual sistema”  
Rowe está falando de si mesmo nessa frase, mas me lembra muito Michael, e é impressionante como consigo revisitar uma série de momentos na vida dele com esse parágrafo.
Leonard Rowe foi um homem corajoso, ao meu ver, já que decidiu processar todas as indústrias do gênero pelo não cumprimento da declaração dos direitos civis vigente nos Estados Unidos. Mas é claro que, depois de anos de trabalho, de reunião de provas, de desconfiar de suborno a seus advogados e etc, o caso foi escandalosamente arquivado. Coisas como anotações em contratos do tipo “Sem Negros” foram relevadas pelo juiz. Infelizmente, para quem conhece um pouquinho dessas histórias que ronda o Michael, já lê essa parte do livro sabendo qual seria o veredito das empresas poderosas. Elas simplesmente calam qualquer um.
Na entrevista com o Faustão, Rowe foi questionado se ele temeria alguma represália desses poderosos que ele denuncia, e ele disse que não. Bom, sabe por quê? Porque esse livro não muda nada. Esse tipo de consciência não leva a transformação há algumas décadas. Primeiramente, não acredito que o público “comun y corriente” que adquiriu esse livro vai fazer boicote a shows de brancos, ou vai procurar saber anteriormente se a produção foi encabeçada por negros para tentar ser justo. Ninguém vai fazer isso. Os grandes vão continuar faturando. E o que seria mais adequando também não vai acontecer: o processo contra as produtoras não vai ser reaberto por um juiz fã de Michael Jackson. Por isso o Rowe não tem medo. Até porque, como ele agora é ‘famoso’ é mais difícil que ele tente se ‘suicidar’, se é que você me entende. Tipo o suicídio do antigo advogado do Michael e o do pai que acusou Michael de pedofilia. Tudinho suicídio. Como dizem agora por aí: “Aham, Otário, senta lá”.  
Agora vou comentar algumas coisas sobre a segunda parte.
Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que sou ALIVE, ou seja, acredito que Michael Joe Jackson está vivo. E minha interpretação dos fatos, obviamente pode ter um viés. No entanto, não pretendo ser colunista do Blog do Tony Ramos, ou Mulher Luxo, Pobre, Milionária ou Bolsa Família, ok? Falo disso não porque quero investigar, porque não creio que tenha a devida competência para isso. Falo porque é algo que entrou em meu mundo, e por isso, deve ser eternizado no meu lugar virtual tão amado.
Na minha opinião, creio que Leonard Rowe foi até bastante sincero com relação ao que escreveu. O que eu duvido é que tenha sido imparcial.
Há momentos que, para quem leu um pouco sobre tudo o que aconteceu nos últimos 18 meses, eu percebi uns detalhes que devem ser salientados.
Rowe fez questão de falar bem de toda a família Jackson e protegê-la, exceto com a senhora Katherine. No começo do capítulo nove, de nome bem sugestivo (As pessoas que poderiam ter salvado Michael), ele começa declarando seu respeito pela mãe de Michael, mas depois a critica. Um clássico morde-e-assopra. Ele tenta usar palavras não tão cruas e evita acusar, mas fica claro que ele acredita que a mãe foi negligente com o filho. Minha opinião pessoal é: NOVIDADE. Ele até fala de uma coisa um pouco delicada, insinuando que não havia como ela ter sua postura de mãe, e alertar o filho sobre qualquer coisa, já que era ele quem a sustentava. Bem pesado isso, não? E o pior é que é a mais pura verdade, e continua sendo.
Quanto aos irmãos, ele cita dois em especial, Randy e Rebbie, que parecem ter sido os que Rowe teve mais contato. Agora, uma coisa importante: se o livro fala dos vilões que Michael encontrou nos últimos anos, óbvio que ele fala de Tohme Tohme.
Claro que Tohme Tohme é um homem muito estranho, e que certamente tem uma participação nessa presepada toda, até porque no contrato de Michael com a AEG é escrito que a produtora tem um “acordo em separado” com o senhor Tohme. O suborno é flagrante. Agora, porque Rowe não falou de onde veio esse demônio? Que este homem entrou na vida de Michael por indicação de seu desprezível irmão Jermaine Jackson? Aí começam meus pés atrás...
E a pergunta mais que fundamental, que deveria ser respondida algum dia: esse livro quer contar a história pela visão de quem? E em benefício de quem?
E uma coisa interessante: Leonard Rowe contou com o apoio incondicional de Joe Jackson para a divulgação do livro. Até que ponto isso influenciou no conteúdo?
Pergunto isso porque há um momento muito peculiar descrito no livro. Rowe tinha uma reunião marcada com Michael às 7h em um certo dia. No dia anterior, Rowe foi fazer uma visitinha ao Joe, e lhe perguntou há quanto tempo ele não via seu filho Michael. Se não me engano, ele respondeu que não o via há três anos. Então Rowe o convidou para ir a reunião com ele. E quando Michael abriu a porta de sua casa com seu pijama e óculos de grau, abriu um grande sorriso, abraçou o pai, perguntou como ele estava, disse que estava com saudades... Uma bela cena. Então, estou sendo preconceituosa demais ou essa cena parece a little bit surreal?
Impossível não é, até porque três anos são três anos. Não sabemos realmente como as histórias do passado estavam resolvidas internamente, mas sei lá. Acho que, para mim, se eu hipoteticamente não tivesse um relacionamento muito afável com meu pai, eu tomaria como uma intromissão do meu representante que chamasse meu progenitor para uma reunião com interesses profissionais e minha frase seria: “Que tu tá fazendo aqui?”. Além disso, segundo Rowe, Joe participou de reuniões com a AEG junto ao filho. Mas eles pareciam tão distantes, mesmo nos últimos anos. Isso é pra não nos esquecermos que realmente não sabemos de absolutamente NADA.
Essencialmente, o livro descreve para o leigo algo que não é novidade para o alive: Michael estava com sua vida ameaçada e sua fortuna cobiçada, com um contrato que o tornaria escravo da AEG até o fim de 2011 e que tinha o objetivo claro de matá-lo. Com uma mistura fabulosa de tecnologia, sadismo e talento, Michael certamente faria shows de graça, na melhor das hipóteses, para a AEG. Para mim, ele terminaria seus 50 shows (suponhamossss) devendo para a AEG. Afinal, ele tinha 90% de todos os lucros da turnê. Aí você diz “Uaaaau! Grande lucro”. Claro, depois de pagar todos os adiantamentos, todos os custos de produção, desde os instrumentos da banda até o salário do Tohme, se sobrasse alguma coisa, seria um grande lucro.
Além disso, uma nota promissória no valor de seis milhões de dólares, para pagar aluguel de casa, tinha como garantia os bens da Companhia do Artista. Ou seja, da Michael Jackson Company, onde podemos encontrar o que? O que? O que, fã de Michael Jackson???
Uma calcinha autografada da Lisa Marie? Nãooooo!!
Um babador do Prince? Nãããããoooo!!!
Os ossos do Homem Elefante? Também nãããããããão!!!!
O catálogo de músicas Sony/ATV, adquirido por Michael na década de 80, para surpresa de Paul Mc Cartney.
Sabe quanto vale, fã? Cinco bilhões de dólares. Rowe diz no livro que é um bilhão, mas segundo avaliação de Thomas Mesereau, são cinco bilhões.
Querido fã, você em sua extremada inocência, acredita que há pessoas que matariam alguém por esse dinheiro? Eu acredito.
E conseguiram! Não da forma que queriam, mas Michael morreu. De uma forma ou de outra, seja lá a que você acredite, ele morreu.
Lá em cima, eu escrevi entre parênteses “qualquer branco”, porque o Rowe comenta sobre uma longa conversa que teve com Michael em 2004, na qual ele teria falado que Steven Spielberg e David Geffen teriam o decepcionado muito. Achei interessante que ele tenha explicitado essas duas pessoas depois de um bloco do livro tratar de algo tão radicalmente racial. Afinal, o cineasta e o empresário de música acima citados são judeus. Isso me colocou uma mosquinha na orelha: não sei se o Rowe quis deixar essa especificação de “brancos” no ar. Eu não acredito em coincidências.
Para terminar, gostaria de dizer uma impressão que o livro me deixou. Quando Rowe comentava sobre suas conversas com Michael a respeito dos desmandos da AEG, ele sempre comenta o silêncio de Michael. A falta de reação. Ele justifica isso aos problemas de drogas, medicamentos e mais todo o bla bla bla que é passível de se acreditar integralmente quando não se leu o relatório da autópsia. São tantas as contradições que não vale nem comentar. Mas só posso dizer que, se Michael realmente estivesse tendo todos os problemas que Rowe comenta, ele não cantaria nem um minuto nos ensaios. Como é um assunto muito velho, eu vou parar por aqui.
Pois bem, esse silêncio intuitivamente me diz outra coisa. Não uma falta de consciência. Mas sim, uma consciência plena. Porque, sejamos francos, não havia saída de se sair desse labirinto somente discutindo e batendo boca com a produtora, Randy Phillips e outros. O estrago já estava feito, seu patrimônio inteiro já estava amarrado a isso. Falar realmente não adiantava. Quando Rowe descreve Michael quieto, eu o vejo pensativo, analisando as coisas e avaliando que realmente só havia uma forma de sair. E ele saiu.
A minha grande dúvida é saber como realmente fica essa questão dos bens de Michael atrelados ao contrato, agora com a sua morte. Rowe não entrou nesse mérito, e preferiu entrar no assunto tenebroso do testamento comprovadamente falso. Mas, quando ele falou que Brian Oxman fez um ótimo trabalho quando reuniu provas sobre essa fraude, eu quase fechei o livro, pois esse homem é uma anta.
Ele relata algumas coisas sobre o Dr Conrad Murray que são bem importantes, principalmente a mudança do Timeline da morte. Antes, ele tinha demorado quase duas horas para chamar socorro, e meses depois, a cronologia foi descaradamente modificada. Isso prova que Conrad tem costas quentes e que, mesmo que ele tenha sido um elo fundamental na tentativa de assassinato, ele não vai ser punido. Lembram que o processo do Rowe foi arquivado? Então, é o mesmo sistema judicial que achou que havia provas relevantíssimas para que o segundo caso de pedofilia relacionado a Michael fosse a julgamento.
E afinal, Conrad Murray foi contratado por quem?
Posso falar só mais uma coisinha?
No livro está escrito:
“Na presença do Dr. Murray, Michael foi identificado ao pessoal da UCLA pelo nome falso de Soule Shaun”
Eu me pergunto: para que?
Para que nome falso? Para que nome falso, se todo mundo já sabia pelo TMZ que Michael Jackson estava tendo uma parada cardíaca e estava indo para o UCLA?
Então, quem morreu foi Soule Shaun? Quer dizer que, se eu procurar lá nos prontuários do hospital, ou nos cartórios, o atestado de óbito está assinado por um médico do hospital? Ou esse também foi assinado pela La Toya?
Ufa, eu espero... Eu pensei que quem tinha morrido no UCLA tinha sido o Michael JOSEPH Jackson. #pigspirit
Enfim, passo a acreditar, assim como outras pessoas, que no dia 25 de junho Michael teve sim alguma coisa. Esse nome falso, pelo menos pra mim, confirma isso.
Como estou sentido umas dores e repuxadas, é melhor parar por aqui. Com certeza há muito mais coisas a serem comentadas e discutidas, mas o que mais importa disso tudo é que, o que me move para esse computador a escrever e divagar é toda a preocupação e amor que sinto por você, e isso é mais importante que qualquer intuição ou qualquer livro.
Meus escassos sorrisos e minhas lágrimas incessantes são para você. Também.

domingo, 12 de dezembro de 2010

...You've gotta give for what you take

Eu vou encontrar meu lugar.
Vou encontrar um denominador comum, mesmo que o M.M.C. da vida às vezes seja tão difícil de resolver (essa frase é dedicada especialmente para Davi e Lívia).
Eu, como filha única, sou egoísta. Mimada.
Sou tão fraca...
Não consigo empreender feitos grandiosos, eles não são para mim.
Sou pequena. Mas faço o melhor que posso.
Às vezes ultrapasso meus limites para que eu possa “fazer o melhor que posso”.
Às vezes vai além de tudo.
Às vezes, é sofrimento.
Por ser filha do meu pai e da minha mãe, sou um pouco retardada. Por exemplo: eu ainda não chorei.
Às vezes eu sou má, sabia? No meu espelho, sou tão fria e calculista, boto mais medo que Lisa Marie.
No espelho, sou agressiva e ruim como Idiot. Mas quando me confronto com realidades, sou singela e triste como When You Go.
O que mais eu posso dar? Em que mais eu posso ajudar?
Eu ainda não sei, mas me angustia tano...
E em todo esse tempo, só me dá a impressão de que abandonei. Eu não ajudei em nada. Eu simplesmente abandonei.
Mas eu, com todos os meus defeitos, posso dizer só uma coisa: sou leal.
Cumpro as promessas que faço, quando estão ao meu alcance; mas, acima de tudo, cumpro as promessas que faço para mim mesma. Essas são mais que sagradas: são soberanas.
Espero encontrar meu jeito, minha maneira.
Minha razão de viver.
Minha tão particular forma de dizer: obrigada por tudo. 

sábado, 11 de dezembro de 2010

Readaptação

Tanto tempo que não escrevo... E começo a escrever ouvindo My Mother Had A Brother. Ou seja, coisa animada eu acho que não vai sair.
Não sei se escrevo em forma de resumo, ou em detalhes. Ou os dois.
Continuo amando Michael Jackson. Ah, e acreditando que ele sim está vivo. Continuo na faculdade, mas agora sem mais matérias, terminei todas elas. Terminei meu estágio de acadêmico bolsista. E eu falo todas essas coisas em frases curtas, e pra você que está lendo, parece que foram processos tão fáceis.
Nada tem sido fácil. Michael não tem sido fácil. Faz uns três meses que não o vejo na minha televisão. Está sendo melhor. Mesmo que eu seja uma Paris Jackson da vida, que tem as paredes do quarto repletas de fotos dele. Ele me trouxe muitas coisas espetaculares, mas também muitas coisas com as quais não sei lidar muito bem. Essa semana foi bem estranha. Vi Joe Jackson pessoalmente, e não foi uma experiência cheia de emoção e alegria. Foi algo que me deixou muito confusa. Tanto que não consegui dormir.
Continuo acreditando que ele está em algum lugar desse planeta, porque, como sempre digo, ainda não me provaram que ele morreu. E o livro de Leonard Rowe, folha por folha, só me diz uma simples coisa: o único modo de escapar dessa armadilha contratual era morrer, só existia essa possibilidade! Você morreria também, com certeza, se tivesse a astúcia suficiente para empreender essa fuga. Mas, como ainda não terminei de ler, prefiro não comentar mais no momento.
Na terça, fiz minha última prova. Aos trancos e barrancos, após uma crise de choro homérica. Depois de descobrir que tinha deixado de fazer um trabalho em sala de aula, porque tinha saído mais cedo para ir ao médico. Tirando o fato de que ninguém me avisou, eu só estava com duas matérias, pareço turista na faculdade. Ao pedir a permissão para fazer o trabalho após a prova, ainda tive que ouvir da professora que marquei médico "justamente no único dia da minha aula". Esse tipo de coisa me machuca tanto. Não sou nenhuma esperta que falta a aula, ou qualquer coisa que incomode o professor, sempre tento fazer a minha parte. E recebo uma patada dessas. Se fosse a filha dela na minha situação, duvido que teria falado uma coisa dessas.
Aliás, só pra constar, dia 7 de dezembro foi um dos piores dias da minha vida. E acho que foi o pior dia do ano, conseguiu ganhar do dia 26 de junho, dia do MJ World Cry no Santa Marta. E olha que esse dia foi cruel comigo. Mas enfim, nessa terça, tive esse problema com a professora, e fui até a Barra para perder uma oportunidade de estágio. Pra se ter noção, até o ônibus em que eu estava voltando pra casa bateu. Ainda bem que existe um programa porcaria do rádio chamado "Rock Bola" pra fazer a gente rir até nos dias mais improváveis.
Por tantas outras coisas, resolvi que vou terminar em um ano minha faculdade. Minha mãe quer viajar...  E eu quero abraçar o mundo. Esse estágio perdido, não sei como vou recuperá-lo. Só sei que na quarta comecei a  modificar um pouco a trajetória do meu Laurindo Pitta. Vou voltar a ser monitora. Afinal, um bom filho à casa torna.
Não dá pra descansar com tantas idéias inacabadas na minha cabeça. Às vezes, parece que ela vai explodir, e vários projetos e sonhos vão se despedaçar, e se espalhar por todos os cantos.
Depois de tanto tempo, ó céus, vou tentar ter férias. Tentar parar um pouco, por mais que eu ache que não vou conseguir.
Queria falar de tantas coisas, mas a coluna dói demais para se conseguir pensar e escrever. Por exemplo, queria falar tanto das minhas impressões ao rever "V for Vendetta", uma obra prima dos quadrinhos e do cinema. E que tem Michael Jackson aí, em alguma coisa. Não é possível. Não tem como não sentir um troço estranho quando V fala a Evye que "Não há revolução se não houver tempo para a dança". Ou alguma coisa assim. Além de outras tantas coisinhas, que... Ah lembrem-se da festa de Halloween que a família Jackson foi, na qual o senhor Prince Jackson estava com máscara de "V". Era 2007, o filme já tinha sido lançado?   #meda
Bom, estou escrevendo porcamente. Vários assuntos sem o cuidado necessário. É quase um patchwork de idéias. Trágico.
Parei por aqui.

domingo, 21 de novembro de 2010

Érase una vez...

Minha novelinha predileta, que outrora me livrou das armadilhas da tristeza sem fim, hoje me vira as costas e me traz de volta ao mesmo lugar de onde vim.
Divagando no twitter, encontro Jaime numa aparição recente nos Grammys. Curiosamente, do lado da Claudia Leitte. Desconsidero ela, e olho pra esse homem de terno e cabelo pra trás, cheio de gel, palhaço como sempre. Parece que Don Fernando ressuscitou.

Só pra comentar, a felicidade dele pelo Camila ter ganhado o prêmio tem dois motivos: porque esse grupo é bom pra caralho, e porque eles são amigos do Jaime. Well, quem não é amigo do Jaime? ¬¬''
Ele e esse 'portugueixx' dele, ninguém merece. Impossível não se lembrar dessa criatura com uma caixa de empanados na mão dentro de um mercado, lendo as instruções em português: "pooorrr u conteúuuuduuu da embalaaaaje". Só lembranças.

"La Fea Más Bella" poderia ter sido uma novela mexicana qualquer, com produção e direção rudimentar, roteiro sem inovações, emoções medianas. Se não fosse o seu casal de protagonistas: Angélica Vale e Jaime Camil.
Amigos de muito tempo, eles se reencontram para trabalharem juntos nessa empreitada que não prometia muito. Novela das quatro da tarde, horário menos nobre da televisão mundial. Bom, a novela terminou depois de 13 mesesde duração, no horário nobre, e especificamente seu ultimo capítulo foi num domingo, com duração de três horas, com um rating de audiência de 60% dos televisores mexicanos. Os momentos finais foram filmados em Monterrey, com carreata até o Auditório Municipal. Nesse caminho, um milhão de pessoas para saudá-los. E no Parque Fundidora, um show de encerramento com meio milhão de pessoas. Desculpa, mas isso não é normal.
Eu fui vivendo tudo isso de longe, mas vivi. Acompanhada de pessoas tão queridas e tão tão especiais pra mim. Acompanhamos isso tão detalhadamente, cada paparazzi, cada reportagem na televisão ou nas revistas. Só de escrever, já me lembro de tantas coisas...
O fato é que fomos tão longe, que tiramos conclusões que grande parte das outras fãs nem sonham ser verdade. Enfim. Não é porque o tempo passou que vou contar os babados, certo, Biscoito?
Eles por muito tempo disseram que não tinham nada, que eram só amigos, bla bla bla... Mas a forma de falar, o comportamento, tudo dizia o contrário. O mais absurdo é que o enredo da novela se adequou de forma assustadora  ao desenrolar da relação na vida real. E a gente só assistindo.
Mesmo depois de três anos do fim da novela, eles ainda apareciam juntos muito às vezes, só pra gente continuar criando uma ilusão que não mais existe.
E aí, semana passada, chega a notícia de que ela, Angeliquita, se casa com Otto Padrón, diretor de programação da Univision, emissora latina nos Estados Unidos. Pois é, já estava na hora dela se arranjar. E pra quem procura vida estável, com um homem bem sucedido, estável, 'padrão' como ele mesmo se chama, ela se deu bem. Sabemos que o Jaime não traria nenhuma estabilidade ou segurança pra ela. Traria muito mais trabalho, isso sim. Mas, caralho! É o Jaime, porra! Ela iria pro céu sem escalas se o ajudasse a ser uma pessoa melhor em certos aspectos.
Pois é, mas que se dane. Os dois erraram muito. E acabaram com o nosso sonho. Menos um ponto pra eles.



Esse vídeo é de 2003. Só de ver já dá um nó na garganta. É um programa feito em comemoração aos 25 anos de carreira da Angélica. Ela tinha 27 anos aí, ou seja, ela começou com dois anos mesmo. Enquanto a mãe gravava novela no estúdio, alguém cuidava dela no estúdio onde gravavam Chaves. Surreal, haha!
Infelizmente, não achei a melhor parte desse dia. Angélica imita a Thalía, e depois mexe com o Jaime. Eles foram namorados na adolescência. (E a Thalía por algum acaso perderia a oportunidade de pegar o filho de um dos caras mais ricos do país? Oh, never!). Ele aí ainda parece um pouco mordido pelo fato da Thalía ter se casado com Mottola em 2000. A apresentadora pergunta a Angélica porque ela não tira a peruca, e ela safadamente responde "Ay, es que me siento millonáriaaa". Cena épica.

Até então, estava aliviada pela Angélica ter enfim parado com a palhaçada de que ia casar com George Clooney. Tanto ela falou dele o George Clooney sabia da existência dela, e disse: "She's smart, I know her...". Ela até chegou perto, não?

Até que eu vejo isso, declaração de Jaime:

Comparto la felicidad de mi querida hermana @ por su compromiso con un gran hombre @

Ai, estou de luto hoje. Hoje é um dia triste. Mais uma esperança se foi.
Ridículo viver a vida por uma outra pessoa que você não conhece, não é?
A verdade é que você que me lê agora, e não entende nada do que escrevo, você não tem noção do que essas duas pessoinhas fizeram ao redor do mundo. Conquistaram corações vazios que não acreditavam mais na vida. Pessoas tristes, deprimidas, sem razão de viver, que já tinham até pensado em suicídio. O problema é que somos gratos a eles por terem nos dado um só motivo para sorrir, pelo menos por alguns meses, quando nada mais restava.
Vivemos esse amor junto com os personagens, junto com os atores. Introjetamos esse objetivo e esse desejo em nós, porque não acreditávamos que isso seria possível para nós, na nossa vida. Como diz o Fernando, no ultimo capítulo, "por lo menos, que uno de los dos sea feliz".
Hoje, estou me sentindo órfã. Órfa dessa esperancinha que fica no fim do outro lado do túnel. A vida real castiga, é cruel, é injusta.
Aí você cai em si e percebe que o "viveram felizes para sempre" é uma mentira. E eu botei tanto empenho nisso! Acreditei tanto, tanto, tanto... Tentei entender, escrevi, divaguei, discuti... (Ou seja, isso na cabeça do leitor, quer dizer que eu perdi meu tempo).
Ei, leitor, o que você queria que eu fizesse? Eu fiz o que achei certo. Fiz o que achei que ia dar certo. Fiz o que dizia meu coração. Fiz o que meu sentimento me pedia. Por amor a eles. Por gratidão. Tudo bem, e pra variar, eu me fudi nisso.
E ninguém viveu meu sonho por mim.

domingo, 31 de outubro de 2010

Morra, Brasil

Hipócrita que sou, coloquei minha camisetinha com o desenho do Brasil, cheia de paetês e fru frus. Como se eu ligasse pro que vai acontecer daqui a alguma horas.
Falei de forma implícita e diplomática no meu blog certinho, se você não tiver mais nada de útil pra fazer, pode ler aqui.
(Opa, a mais nova hipócrita, minha mãe também acabou de colocar sia camisa escrito 'Brasil', bradando da parta da área "Marina! Marina Silva!". Alguém avisa pra ela que essa pessoa não está concorrendo...)
Pois é, como no primeiro turno eu declarei meu voto, vou declará-lo no segundo turno também. Vou anular, com muito carinho e amor.
Não quero me sentir responsável por qualquer uma das duas corjas que possam ser eleitas.
Os dois se comportaram como crianças de creche brigando por um brinquedo. Aliás, quando via lá na creche o Márcio Brendo puxar o cabelo da Mariana por causa do lugar na mesinha do refeitório. Acho que o motivo era muito mais justo. Até porque, depois de dois minutos, eles se abraçavam, como forma de pedir desculpas.
Foda-se o aborto, os comparsas, os e-mails correntes... Como diz o ancião Tavares, "defequei e andei".
Deixo essa decisão para os grandes brasileiros e brasileiras que acham que o poder vigente é muito diferente do anterior. Ou que acham que a oposição é a salvação de todos os problemas éticos e morais do nosso Brasil.
Há que se fazer uma mudança profunda no Brasil. Mudança de VALORES e PRINCÍPIOS. NENHUM dos imbecis que concorrem a essa presidência tem isso.
Bom, do que adianta falar? O mundo não tem mais saída, não tem mais chances de ser melhor. Ele vai continuar matando seus filhos de fome, de sofrimento, de solidão, de doenças.
O mundo sofre de um câncer, mais letal que um melanoma. Chega de tentarem dar quimio ou radioterapia pra essa merda. Chega de tentar pensar que isso pode virar um bosque com mais flores. Cheio de girassóis.
Querido Brasil, vá para o inferno. Você não merece meu amor. Ele só é dado para quem realmente é digno de ser amado. Não sou lá grande coisa, você está dando língua pra mim nesse momento. Pois é, então cante seu próprio hino agora, e lembre-se: verás que um filho teu não foge à luta, nem teme quem te adora à própria morte"?
Você acredita nisso, Brasil???????
Eu, na primeira oportunidade, estou me pirulitando pra Angola, ou pra Colômbia, sei lá. E pergunte pra qualquer um de seus filhos, se eles iriam prefeririam ficar aqui fazendo faculdade de Administração pelo Pro Uni no Brasil, ou ganhando um Bolsa Família na França?
Tenta a sorte. Você vai ficar vazio...
Obrigada por tudo que você me deu. Se é que você me deu alguma coisa que preste... Cuspo no prato que comi.
Desejo-te a morte mais dolorosa do universo.
Um abraço.

sábado, 23 de outubro de 2010



Take me back in time maybe I can forget
Turn a different corner and we never have met
Would you care?

I don't understand it, for you it's a breeze
Little by little, you've brought me to my knees
Don't you care?

No, I've never come close in all of these years
You are the only one to stop my tears
I'm so scared of this love...

domingo, 17 de outubro de 2010

Eu te amo. O suficiente para perdoar tuas extravagâncias.


This Time Around


This time around I'll never get bit
Though you really wanna fix me
This time around you're making me sick
Though you really wanna get me
Somebody's out
Somebody's out to get me
They really wanna fix me, hit me
But this time around I'm taking no s...
Though you really wanna get me
You really wanna get me
He really thought he really had
Had a hold on me
He really thought he really had
They thought they really had control of me
He really thought he really had
Control of me
He really thought he really had
They thought they really could control me
This time around I'll never get bit
Though you really wanna get me
This time around I'm taking no s...
Though you really wanna fix me
Somebody's out
Somebody's out to use me
They really want to use me
And then falsely accuse me
This time around
They'll take it like spit
'Cause you really can't control me
You know you can't control me
He really thought he really had
Had a hold on me
He really thought he really had
They thought they really had control of me
He really thought he really had
A hold on me
He really thought he really had
They thought they really had control of me
He really thought he really had
Had a hold on me
He really thought he really had
They thought they really had control of me
He really thought he really had
A hold on me
He really thought he really had
They thought they really had control of me

sábado, 16 de outubro de 2010

Have you seen my childhood?

Bom, mais uma vez, Michael me demonstra sua impressionante inteligência numa das suas atitudes. Aquela sala de jogos que existem em Neverland não é nenhum tipo de extravagância. Eu poderia dizer que é uma necessidade!!!
Essa semana não fui dar aula na quarta feira, porque tinha um outro compromisso. Um amigo organizou uma festa para crianças que estudam na escola que ele dá aula. São crianças de escola pública, e não tem muitas oportunidades de ter momentos de brincadeira como os que eles tiveram. 
Mentira! Mentira! Eles aproveitaram? Ou os adultos aproveitaram? Hahahahahahaha.
Acho que a festa acabou significando mais pra gente que foi só acompanhar as crianças, do que para as próprias crianças. Mentira de novo! Elas amaram e aproveitaram cada segundo! Quer dizer, existem aqueles pequenos conflitos de quando se é criança, quando os mais velhos acabam controlando os brinquedos mais badalados, e os pequenos acabam prejudicados, porque a lei da fila dificilmente prevalece... No final da festa, quando rola aquele momento triste dos brinquedos sendo desligados, pintou uma deprê em alguns, porque não tinham ido neste ou naquele brinquedo. Eu era pessoa perfeita para consolá-los: eu também não fui em tudo que eu queria. :(
Lá na casa de festas, tinha tudo que eu um dia amei, mesmo sem ter muito acesso a isso na minha infância. Tipo, flipper. Eu via meu tio jogar, mas eu mesma brinquei muito muito pouco. O máximo que tinha era meu bom e velho Street Fighter no meu Sega Saturn preto, de modelo raro (sempre vou ser metida com meu video game raro U.U). Lembrei com orgulho e emoção das minhas bolhas que tomavam todo o meu dedão. Sim, eu era viciada. E foi assim que me chamaram lá na festa, hihi.
Eu, como uma boa e velha criança dos anos 90, fui criada de modo a ter hábitos sedentários. Por isso, passeis quase as três horas indo do flipper pro totó, do totó pro flipper. Fui melhor no totó, inexplicavelmente!! Eu sempre fui ruim em totó, mas parece que todos os meus anos observando os grandes jogando totó serviram pra que eu subitamente me lembrasse de tudo aquilo e pudesse por em prática.
A única hora que fui me aventurar num mini 'Kabum' lá do parquinho, eu quase me arrependi. Eu sou fraca pra esses brinquedos que dão frio na barriga, parece que  eu vou morrer!  
Enfim, tenho muito orgulho de que tenha ajudado a construir esse sonho desse meu amigo, e por extensão, cultivar o sonho no coração daquelas cem crianças que estiveram na festa. 
Sempre sinto que faço pouco, muito muito pouco pelas coisas e pelas causas que mais amo. Mas dias como esse, são para serem gravados definitivamente na memória. Para que sempre nos lembremos de que vale a pena. Vale muito a pena. 

domingo, 10 de outubro de 2010

Dia das Crianças - Urgente!!!

Olá, amigos!
Aproveitamos o espaço para divulgar as boas iniciativas que estão rolando, encabeçadas pelos amigos e instituições parceiras.
No dia 12 de outubro, a Casa de Apoio à Criança com Câncer São Vicente de Paulo, em Irajá, que nós visitamos há alguns meses atrás, fará uma festa para as crianças, às 12h!Você pode colaborar com a instituição levando farinhas de mingau (Neston, Farinha Láctea, Mucilon, farinha de aveia, etc), gelatinas e geléia de mocotó. E leve também muita alegria, muitos sorrisos, muito amor!
Caso você se sinta perdido, você pode entrar em contato com a Sandra Souto, que estará lá na festa, e poderá te auxiliar. Fale com ela pelo twitter (@SandrinhaSouto).
Divulgue! Participe! Colabore!


Então, anote aí na agenda:
Local: Casa de Apoio à Criança com Câncer São Vicente de Paulo
Endereço: Estrada do Colégio, 1.185 - Irajá (Fica perto tanto do metrô de Colégio, quanto do Habib's de Irajá).
Dia: 12 de outubro, terça feira
Horário: a partir de 12 h

domingo, 3 de outubro de 2010

Que título seria legal por num post sobre política?

Enfim, vou fazer uma boca de urna aqui. Será que é ilegal escrever em blogs até a hora de finalização da votação??
Existem muitos aspectos interessantes nessa eleição. Dentre eles, a multiplicação impressionante de sub celebridades querendo uma vaga na política. Aqui no Rio, existe a tradicional e fundamental Verônica Costa, a mãe loura do funk, que está aí há alguns meses, não tiro o mérito dela mais.... Agora, as mulheres frutas se acharam no direito. Além do Bebeto e Romário, jogadores de futebol. Pelo menos quanto ao Romário, eu acho que, minimamente, ele levanta uma bandeira importantíssima de ser discutida, que é a dos portadores de deficiências, físicas e especialmente, as mentais. Pra quem esqueceu, ele tem uma filha com Síndrome de Down, e ele, mesmo cheio de dívidas, certamente teve recursos para fazer exames e etc. Mas as famílias pobres não tem esse subsídio do governo. Ah e também os cantores Elymar Santos e Tati Quebra Barraco. Peraí, eu chamei a Tati de cantora??
Como em todas as eleições, existe aquela máfia familiar.... Os Zito, os Picciani, os Freitas, os Bolsonaros (dos quais eu tenho MEDO), entre outros. E nesse ano, contamos com uma estreia: Clarissa Garotinho. Com seu jingle baseado em música de Luan Santana (pelo menos me pareceu), com seu olhar extremamente igual ao da mãe, me dá a impressão de estar olhando nos olhos do demônio propriamente dito. É sério, tenho muito medo dela. E o pior: é claro que ela vai entrar.
Eu tô achando esse post tão porco, desleixado... Mas enfim, vou continuar.
Quanto aos governadores, os oponentes em debates e campanhas da TV já deixaram bem claro o quanto as UPPs, tãoi propagadas pelo atual governador, não passam de uma falsa política de segurança pública. Significa varrer a poeira para debaixo do tapete. Não se desenvolve inteligência para pegar os grandes do tráfico. Eles simplesmente vão para outro lugar. E a Baixada Fluminense parece ser a opção dos traficantes nesse momento.
Gabeira não foi minha opção porque ele apoiou o Ato Médico enquanto deputado federal. Ato médico é tipo uma lei que vai fuder a minha profissão (desculpa, não tô a fim de explicar com as palavras certas). O Cabral é o nojo em pessoa. Como ele chora nas campanhas da TV.... Chega, não aguento mais ele. Agora, o Gabeira, mesmo não sendo minha escolha, evoluiu muito como candidato, e está mais preparado do que há dois anos atrás, quando se candidatou para prefeito do Rio.
Para senador, as opções foram as mais esquizofrênicas possíveis. Além do que, houve um probleminha básico de coligações aqui no Rio. O presidente Lula apoiou pessoalmente dois candidatos, Crivella (aquele mesmo da Universal) e Lindberg (do seu partido). O Lindberg que fez uma óóóóótima administração em Nova Iguaçú, roubou pooooooooooooooooouco, bem pouquinho... Só foi prefeito de Nova Iguaçu, e possivelmente futuro senador da república, porque é daquele tipo de político carismático, que nego vota porque é bonitinho. Collor ganhou por causa disso. E por que você acha que o José Serra nunca vai ser presidente? Porque ele é FEIO. E a Dilma precisou levar um tapa de marketing (uma tapa não, uma surra!) poder tentar ser carismática. Aliás, falando de presidência...
Muito se falou de Dilma nesses últimos meses. Não sei o que é verdade. Não sei quem ela matou, não sei quem assaltou, não sei com que objetivo. Não sei de que lado estava na ditadura ou o que fez ou deixou de fazer. O que me incomoda são duas coisinhas. Ela não teve história política visível para nós, nunca foi nada. Somente teve cargos indiretos, indicados interinamente, como ministra e secretária. Eu não acho isso bom, sei lá. Além do que, ela teve um cargo importante na Petrobás há algum tempinho atrás. E a Petrobrás tem quase 70% de capital estrangeiro atualmente. Well.
E a segunda coisa, não é sobre ela ser possível assassina, possível ditadora, possível o-caralho-a-quatro. Eu sou uma rata de debates. Eu adoro. Adoro pancadaria, adoro surpresas, adoro ver nego e branco se ferrarem bonito nas suas palavras. O Sérgio Cabral foi um que se ferrou muito no debate da Band, há quatro anos atrás. mas acontece que o povo não vê debates...
Mas voltando ao assunto, a Dilma tem um desempenho sofrível em debates!!!! Vocês, que votam nela, não vêem que ela mal sabe falar, ela trava como se não soubesse o que está falando! É engraçado, porque eu acho que na cabeça dela, ela desenvolveu uma espécie de banco de dados sobre os assuntos. Então quando alguém, por exemplo, pergunta sobre trabalho informal, ela pensa "bom, trabalho informal, emprego... vou falar de emprego!", e aí ela responde que foram gerados 14,5 milhões de empregos no governo do presidente Lula. E no fim, ela não responde a pergunta. Às vezes, muito às vezes, ela comenta algo que poderia ser chamado de resposta na tréplica. Mas é sempre muito abaixo do esperado.
Aliás, se tivessemos uma modalidade de sexy debate, em que cada vez que dissessem "governo do presidente Lula" tivesse que tirar uma peça de roupa... Íamos ter uma visão muito nua e crua de Dilma Rousseff. E aí, ela responde o que aconteceu no governo anterior, e não o que ela vai fazer. Ela naturalmente vive da sombra do governo Lula, o que é muito natural, pois ela representa a 'continuação'. mas tudo tem um limite. Há que se ter certa independência, pois cada ser humano tem que ter a sua forma de ver a vida.
E por fim, eu não vou com a cara dela e pronto. Não sei quem disse, quem eu ouvi falar esses dias, que ela parece um robozinho. Agora, eu tenho medo, MEDO, quando ela se exalta. Quando falaram das doações à campanha, que a platéia riu, ela aumentou o tom da voz, pelo amor de Deus, parecia que ia sair raio dos zóio dela. Ai que medo.
E tenho dito.
Meu voto para presidente é Marina Silva.
Lula estabeleceu sua campanha e sua vida dizendo que era pobre e que venceu na vida ao ser presidente. E estabeleceu uma espécie de 'ode à ignorância'. "Não tenho o primeiro grau completo e sou presidente!". "O Brasil é um país que tem o presidente com a cara da povo!".
Que vergonha.
Pois é. Marina poderia ter feito isso. Ter se propagado usando própria ignorância e ter estagnado. Ela usa, sim, o fato de ter sido analfabeta até ser bem grandinha, digamos. Ela usa sim o fato de ter tido vida pobre. com a diferença que ela não parou aí. Ela estudou, ela correu atrás. Não que uma faculdade diga que uma pessoa é melhor do que a outra. Mas no caso dela, para mim, significa superação.
Plínio a questionou num dos debates. "Que a Marina tem competência, isso eu não tenho dúvida! mas será que ela tem coragem? Coragem pra enfrentar os poderosos?" Talvez não. Quer dizer, eu acho que não. tenho quase certeza que não.
Mas prefiro ter alguém que ainda tenha a esperança e a ingênua vontade de mudar alguma coisa e, honestamente, não conseguir, do que alguém que vai continuar a levar o Brasil dessa maneira.
Dessa maneira em que índices, valores, PIBs, indicadores econômicos, estão todos uma maravilha. Fodam-se os indicadores econômicos. Eles nunca mudaram a minha vida. Nunca fizeram com que a comida fosse mais barata. Nunca ajudaram a minha mãe a perder menos dinheiro para o leão da receita. Nunca ajudaram a diminuir o preço do aluguel dessa casa que está com o reboco caindo, cheia de infiltração, etc, etc. Nunca, NUNCA, ajudou em nada.
O que me dá medo é que, quando o Brasil cair... Não sei se ele vai conseguir se levantar. Pois estamos construindo esse milagre econômico na era Lula em bases fracas, fraquíssimas. Mesmo com milhões de famílias recebendo bolsa família, essas mesmas pessoas não tem saúde. Ou seja, uma força de trabalho que tem doenças de todos os tipos, em especial as crônicas, que vão debilitando as pessoas... Essas mesmas pessoas não tem educação. Continuarão votando errado, e seguiremos num curso de que teremos daqui a pouco, como diz meu amigo Vinícius, balconistas com superior completo em Administração.
Ah, chega.
Tô estressada, tão vendo "Dois filhos de Francisco" aqui. Cadê o Elvis num momento desses pra dar um tiro nessa televisão aqui?
Desculpa pelo péssimo post.

sábado, 2 de outubro de 2010

Escrevi minhas memórias em forma de testamento, em duas míseras folhas no "Word". Ficou uma bela porcaria, que nunca será lida. Amém.
Peço desculpas. Pelas preocupações que suscitei. Não é justo que se angustiem por minha conta. Simplesmente pelo fato de que eu não consigo lidar com minha própria vida.
Ela me custa muito. Mais do que a um ser humano normal.
Mas estou bem. Com muitas dores (que podem ser muitos tipos de dores), mas estou bem.

Queria agradecer aos carinhos, aos telefonemas, aos recados, aos e-mails, às visitas.
Foi difícil, porque a distância era para não importunar ou preocupar ninguém. O efeito contrário, tal como aconteceu, fez com que eu me sentisse pior. Eu não queria mudar uma vírgula nos pensamentos e na rotina de ninguém. Então, era como se não quisesse ser importante para ninguém.
Acidentalmente, eu sou.

Deus, ou seja lá qual o nome da força que rege esse mundo, me dá muitas pancadas, principalmente no lado direito da minha coluna. Mas me deu muitos presentes.
Não quero citar nomes para não ser injusta caso a minha memória me traia.
Aos amigos da vida real. Aos amigos da vida virtual. Aos amigos da vida real que não vejo há séculos. Aos amigos que da vida real e que se tornaram amigos virtuais, e vice versa. Aos amigos de uma semana, um mês, um ano, ou uma década de amizade.
Eu amo muito vocês.
Agora, eu é que os responsabilizo por isso, porque vocês são o único motivo pelo qual eu me levanto todos os dias para seguir a vida adiante. Tão custosa, tão injusta, tão dolorida, tão difícil, tão absurda, tão excludente, tão impossível de ser vivida.
A culpa é toda de vocês.

sábado, 11 de setembro de 2010

Num mundo de tantas incertezas, eu paro um pouquinho das minhas tarefas (que morro de preguiça pra fazer) para escrever um pouquinho pra você.
É, pra você mesmo!
Todos no mundo estão tentando encontrar seu lugar, seu refúgio, seu porto seguro. Seu motivo para não sofrer. Eu também. E você também.
Na verdade, eu acho que eu tenho desistido um pouco disso... Afinal tem coisas que na nossa vida, só a gente entende, e prefere não dividir com os outros, mesmo que esses outros sejam grandes amigos. Mas coisas ruins, a gente acaba guardando pra nós mesmos, pra evitar que o vento leve a idéia pra longe e acabe virando realidade.
Você, que se sente confuso (a) nesse momento, saiba que você não é o único. Todos nós somos um pouco solitários nos nossos problemas, não há como. Mas estou aqui, caso possa ajudar em algo. Nem que seja para dizer um 'oi!', ou fazer você sorrir.
Querido você, ou eu poderia dizer até vocês, eu amo muito você(s).

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

29 de agosto de 2010. Rodoviária Tietê.


Querido Michael,

Hoje, você faz 52 anos. Uma bela idade, que reflete maturidade e experiência, sem que isso signifique estar ‘ultrapassado’ para o resto do mundo.

Espero que você, hoje, valorize o privilégio de ter vivido (e estar vivendo) cinquenta anos, e mais alguns. Afinal, você é um privilegiado. Sob inúmeros aspectos, você é um privilegiado.

No ano passado, passei esse dia rodeada de amigos. E nesse ano, não foi diferente. Nem com as distâncias. Assumo que não queria fazer essa viagem, porque logo quando ela surgiu, pensei que precisariam de mim nesse dia. Acabou que... a viagem veio no momento certo, na hora certa.

E você sempre dormiu ao meu lado. Me explico. Fiz questão de colocar sua foto na minha mesinha de cabeceira, pra me lembrar que seu sorriso abriu muitas portas e janelas na minha vida.

O congresso mesmo... Será que hoje eu teria apresentado esse trabalho se não tivesse introjetado a importância de se cuidar das crianças, entendê-las, ouvi-las? Talvez não. Talvez fosse mais um trabalho de faculdade. Se eu não tivesse amor àquelas crianças, será que esses feitos e bons frutos teriam sido colhidos desse trabalho??

Esteja orgulhoso de si mesmo. Só por minha causa, pela minha vida. Caramba! Nessa viagem, eu só pude conhecer pessoas incríveis que você me ‘apresentou’, e só pude sentir saudades dos amigos que deixei no Rio. Todos eles, por sua culpa. Fala sério, Michael, você não existe.

Michael, posso não ser a pessoa mais preparada ou perfeita do mundo. Não sei suas letras de cor, nem vi todas as suas apresentações. Nem sei tudo que devia saber, sobre você, sobre mim, sobre o mundo, Como diria uma pessoa, ‘sou só um aprendiz...’. Mas te amo. Amo a sua presença diária na minha vida. Te amo, te amo. E isso deve bastar, não?

Mil beijos,
Tia CaCo

sábado, 21 de agosto de 2010

Sabe, eu tenho muita saudade do meu pai. Dos seus conselhos malucos, da sua forma de viver a vida, erradamente. Meu pai que me ensinou aspectos práticos da vida, e que me fez rir muito. Meu pai dando bicos na televisão que não saia mais som, uma imagem que nem o Alzheimer apaga da minha cabeça. Comer as rebarbinhas de massa de salgados. Quatro anos da infância dentro de um bar no Meier, lendo as revistas que o pessoal do salão de cabeleireiro dava pro meu pai, escutando meu walkman e fazendo experimentos importantes como: é possível colocar dez chicletes na boca? Resposta: não, o máximo para uma criança são seis.
Acabou de tocar Malandragem, da Cássia Eller. É minha música, sempre foi, pq meu pai sempre dizia que quando eu tinha meus dois ou três anos e tocava essa música no rádio, eu pulava no banco de trás do carro. O vento gelado da noite que batia na cara quando saíamos de noite do bar, naquele Chevette voltando pra casa.
Um dia, ele saiu de casa. Foi a melhor coisa que tinha acontecido naquele momento. E às vezes eu ia pro Jacarezinho passar um fim de semana com ele, e era muito bom. E um dia, ele resolveu ir embora. A crueldade da cidade grande, tentativas de 'empreendedorismo' em vão... Ele voltou pro Maranhão. Solteiro, com uma filha já criada, nada que pudesse mais prendê-lo aqui. Faz tanto tempo já. Tanto tempo, que até tenho uma irmã que não conheço, mas que já me deseja feliz aniversário pelo telefone.
Meu tio Massahaki. Saudade de ir pra Campo Grande, e vê-lo chegar com um saco cheio de sorvetes. E jogar video game naquela tv de 42 polegadas? Saudade daquela bala de leite, sempre à mão no rack da sala. Lembro até daquele música em japonês que ele ouvia no carro. Naquela festa, ele tinha bebido tanto, mas tanto tanto tanto uísque, que quando voltamos de carro, eu senti pela primeira vez medo de morrer! Ele foi meu pai também. O pai que leva a filha pros parques de diversão, pras festas, pra comer um cachorro quente, coisa que meu pai nunca fez. Um ser incrivelmente inteligente, até hoje devem ter coisas na minha mente que foram registradas do que eu acabava testemunhando, da conversa dos adultos. "Quando eu conheci vc, vc era bem pequenininha, chegava, falava, falava, falava, falava, não entendia nada!", ele me fala isso toda vez que bebia. E eu achava uma graça.
Quando a minha prima nasceu, todo mundo achou que eu ia ficar com ciúmes, porque eu ia deixar de ser a queridinha, a princesinha. Foi justamente o contrário.
Infelizmente, as pessoas não estão acostumadas com a generosidade, e quando tem uma oportunidade, acabam se aproveitando das pessoas. As coisas não ficaram tão bem. Eles foram pro Ceará, tentar a vida num projeto audacioso. Mas não houve jeito... Meu tio hoje vive no Japão, e na verdade nem lembro mais quantos anos que eu não os vejo. Peguei minha prima no colo, começar a falar... Mas não vi seus trabalhinhos de escola, não a vi escrever as primeiras palavras.
Uma criança sabe quando está sendo comprada, e há crianças que gostam de ser compradas. É certo, ele me dava muitos presentes, mas eu não o amo só por isso. Era a própria presença, o carinho que eu sentia. A alegria. A vontade de me ensaiar algo de bom. De me mostrar que eu podia ir longe, muito longe se eu quisesse e me esforçasse.
Meu tio Seu Chico. É, 'tio seu', invenção minha. Todo mundo o chamava de 'seu Chico', eu só acrescentei o 'tio'. Pensando agora, até me parece interessante, afinal ele não ficou com o nome igual ao Tio Chico da Família Adams. Podia até parecer que não, mas eu tenho um apreço muito grande por ele, acho que principalmente quando ele morava na minha rua. Outro cara que preza o estudo, dava livradas na cabeça da mulher, pra ver se ela aprendia as coisas. Tudo isso com o maior respeito, hahaha! Meu primo lindo, que chamava refrigerante de 'beca'. Não estava por perto quando ele apreendeu a falar 'refrigerante'. Só tio Seu Chico sabia fazer um churrasco. Sinto saudade de você, muitas saudades. E do seu churrasco, claro.
Sadao, Filipe... Porra, que saudades de ficar correndo feito retardado pela Cirne Maia, na frente das lojas. Era um pouco melhor quando vocês apareciam, pelo menos ia pro apartamento de vocês fazer nada, brincar... tinha horas que ficar olhando a paisagem naquele bar era muito chato. E a mega coleção de brinquedos de kinder ovo? Era assustador, porque estavam todos desmontados, era quase um cemitério kinder ovo. Coisa de menino, brincadeira de meninos, boca suja de meninos. Quem sabe vocês dois não sejam um pouco culpados por eu não usar maquiagem nem fazer as unhas. Hoje, estão em algum lugar da Bahia, não sei o que aconteceu...
E aí a gente percebe o quanto a vida é monótona. Grava um tape de alguma coisa que acontece, e aquilo recebe um, dois, três, cinquenta replays ao longo do tempo.
Todos eles me abandonaram. Foram embora. Mas eu sei que eu não tenho culpa, não deixaram de me amar por isso. e nem eles tem culpa. Foram embora porque tinham suas vidas, e às vezes temos que partir pra outros caminhos. 'Temos' não. As pessoas tem.
Porque na minha vida essa história sempre se repete e sempre vai se repetir. As pessoas que eu amo vão em busca de outras coisas, seguem suas vidas, e eu fico assistindo. Meu pai, meus tios, meus primos, meus amigos.
Todos vão em busca de algo. Mudar de vida, melhorar de vida, libertar-se de algo, ir em busca de um sonho, ter uma vida mais compatível com que acredita ser o certo. E quem fica?
Como bem disse a Jesus quando fomos embora do Maranhão, quem mais sofre na partida é quem fica, porque quem vai, vai voltar para seu lugar, ou vai em busca de algo. Para quem fica, só resta a lembrança. Minha tia Joana a abraçou e chorou.
Há alguns anos, e nos últimos tempos principalmente, eu pensava e imaginava como minha vida poderia ser.
Hoje, eu tenho certeza de como ela vai ser. Se eu morar em Laranjeiras e tiver um notebook, já vai ser alguma coisa.

E Michael, dias felizes não diminuirão a dor. Nós sabemos muito bem disso. Eles são a essência pura da ilusão, e nos recordam o quanto pudemos ser imbecis de poder acreditar que aquilo era real. Quem sabe um dia possamos conversar melhor sobre isso.

domingo, 15 de agosto de 2010

Os seguidores

Olha que coisa legal: meu blog tem 15 seguidores!
Desde que o Blogger inventou isso, eu tive uma espécie de expectativa mesclada com apreensão, porque é uma responsabilidade grande escrever algo que você sabe que tem alguém lendo. Tudo bem, eu também tenho minha lista de blogs seguidos, e não leio integralmente a todos eles... Mas não deixam de ser pessoas que eu tenho que respeitar ao escrever qualquer post no meu blog.
Alguns dos seguidores eu realmente não conheço virtualmente nem pessoalmente. Outros são amigos queridos do mundo da internet, tão queridos que passaram a ser parte da minha rotina, da minha vida pessoal.. E outros são pessoas que encontro no meu mundo real e virtual...
Mas na verdade, meu post não vai tratar totalmente de vocês, seguidores.
Alguns desses seguidores curtem Michael Jackson, e outros não. Mas existem coisas, conceitos, que são inerentes a qualquer tipo de grupo, de sociedade. Permitam-me exemplificar com algo que aconteceu no "Jackson-world". No que algumas pessoas gostam de chamar de "MJ Family", termo esse que abomino, pelas razões que esclarecerei ao longo desse texto.
Dia 25 de junho é o tal dia que elegeram para ser o dia da morte de Michael Jackson. Acredita quem quiser, e quem tiver provas disso. O importante é que é uma data que demarca um novo recomeço para Michael Jackson e para os fãs. Basicamente o que eu abordei no 'discurso' de inauguração da estauta do digníssimo: novos fãs surgem, e seus antigos fãs o redescobrem.
No post que retratou esse dia, eu disse que meu dia 25 de junho tinha sido ótimo. Sem remorsos. Bom, houve um momento de exceção. E que não poderia ser abordado no meio de um monte de coisas. Merecia destaque, por ser algo realmente diferente...
Quando chegamos ao ponto de encontro, em frente ao Copacabana Palace, havia uma concentração de pessoas. Depois de um tempo, resolvemos ir pra areia, e foi quando rolou a tal história do Velho Oeste, o cara que é 'dono' da praia. Mas mesmo assim fomos, porque não tínhamos achado sentido algum naquilo.
Depois de um tempo, chegou uma equipe de televisão. Ficamos meio desconfiadas com aquilo, mas ela depois explicou que era uma agência internacional, que não haveria exibição no nosso país e tudo mais... Mas ela veio até nós já avisada de uma coisa pelos indivíduos que estavam no calçadão:
Porque eles disseram que tem os alives e os RIPs... E que os alives iam ficar lá, enquanto os RIPs iam ficar na areia. 
Os alives são os que acreditam que MJ está vivo, e RIP é aquele que acredita que ele morreu, só uma revisão para quem é leigo.
Sim, propuseram uma segregação. Pior que uma segregação, o sentido era de que os fodões ficariam no calçadão, enquanto os RIPs 'Losers' iriam pra areia.
Olha, só Deus sabe a revolta que eu senti naquele momento. É difícil para as pessoas perceberem que uma atitude como essas não leva a nada.
Não param para pensar que, ao serem fãs de um homem que sempre pensou no mundo como uma unidade, que pensou no melhor para todos, PORRA, leiam as letras do cara:
We're sending now a major love
And this is our message to you
The planets are lining up
We're bringing brighter days
They're all in line 
Waiting for you
Can't you see??
You're just another part of me  
Aí, quer dizer, qual o sentido de uma pessoa sair da sua residência para menosprezar o sentimento alheio?
E o pior de tudo isso: eu sou alive! E eu estava na areia e não morri por isso! Primeiro, porque era meu dever como organizadora. Segundo, porque eu respeito infinitamente a dor e o sentimento dos outros, especialmente das pessoas que estavam comigo organizando esse evento. Terceiro, porque independentemente de onde você ache que Michael Joe Jackson está, você não tem nada para comemorar no dia 25 de junho. Se você é um alive que acha que o dia 25 de junho de 2009 é um dia pra se rir e se vangloriar da genialidade e esperteza de Michael Jackson, você é um imbecil. Ninguém tem o que comemorar. Você deveria na verdade pensar: A que ponto chegou o ser humano? A que ponto chegaram para prejudicar o outro? Olha o que teve que acontecer?
Eu posso chamar isso de família? MJ Family? Desculpem-me, mas isso não existe, nem nunca existiu...
É inegável que em toda concentração de pessoas, existem indivíduos de caráter duvidoso, que muito falam e nada fazem (de bom). Mas eu fico surpresa como isso é recorrente nesse clube de fãs de Michael. Acho que é porque a quantidade e diversidade de pessoas é maior, não sei...
Sendo você alive, rip, ou seja o que for, nada justifica desrespeitar o seu próximo. E eu me senti extremamente desrespeitada pelas pessoas que armaram essa palhaçada em Copacabana. Saibam que o objetivo maior nem era essa reunião, na verdade eu sempre fui declaradamente contra ao clima fúnebre desse encontro. O objetivo principal pra mim sempre foi a ação social. Mas acho que foram pouquíssimas as pessoas que sacaram isso, e resolveram entrar em 'guerrinhas conceituais', que são de uma idiotice sem tamanho.
No fundo, Michael está sozinho. É o que eu penso. Porque seus fãs, ou que acham ser seus fãs... Porque, ser fã do Michael é achar Billie Jean foda e babar na calça dourada? Pra mim, sinceramente, não é só isso.
Eu nem conheço todas as músicas, nem sei tudo de cor, até porque não sei inglês direito. Ainda não vi muitas apresentações e vídeos, mas me considero fã por um único motivo. Michael, de alguma forma, mudou o rumo da minha vida e hoje, pelas minhas próprias pernas, eu vou atrás do que acredito ser certo e justo. E isso faz bem a mim. Eu acredito no bem que se faz ao próximo e no voluntariado não é porque o Michael está me olhando do céu e achando lindo. Faço isso porque gosto, e já sinto como se fosse algo essencial pra minha vida.
Está aí o grande desafio de ter seguidores, Michael. Você tem muitos, dos mais diversos tipos... De todos os lugares do mundo. Por mais que você tenha gratidão aos seus seguidores, honestamente eu te digo que, no fundo, você poderia contar com uma parte muito pequena deles. Pois seriam pouquíssimos aqueles que saberiam identificar exatamente os momentos em que você os necessitasse. Em momentos como esse que estamos vivendo...
Não sei até que ponto, Michael, posso dizer que 'you are not alone....'
I'm sorry.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

É só pra você não esquecer, CaCo!!!

Tem coisas que escrevo só pra mim, mesmo que todo mundo possa ver. E tem coisas que eu escrevo que todo mundo vê, e todo mundo vai entender.
Então vamos lá.
Hoje, eu fui conhecer uma instituição para fazer trabalho voluntário. Minha função como monitora é participar do reforço escolar das crianças. Tipo, dar aulas daquelas coisas que eu não vejo desde a época do Dom João Charuto! Huahsuahsua! Lembro de quase nada... E o pior que caí no dia da matemática, que beleza... Mas tudo bem, até uma 5ª série dá pra acompanhar...
O lugar é grande, conta com muitas atividades, e serve refeições. Tenho que lembrar que estou como voluntária, não como estagiária de nutrição... Mas tudo bem!
A instituição é organizada por pessoas da religião judaica, o que foi grande surpresa pra mim, e o grupo parece estar muito comprometido com a proposta. E nós voluntários somos muito importantes, pois eles regulam a entrada das crianças justamente pela quantidade de pessoas disponíveis para o reforço escolar. Porque não adianta nada ter um professor pra 10 crianças, ninguém vai incorporar conhecimento algum desse jeito, se a proposta era ter uma atenção mais dirigida às necessidades de cada um.
Acompanhei o almoço das crianças, fiquei um pouco na parte da recreação pras crianças pequenas, e me aventurei a dar minha primeira ‘aula’. Frações.
E lá estou eu, tentando achar algum jeito de entender o troço pra poder explicar, e olho pra pasta transparente do meu ‘aluno’. Logo na frente, uma folha impressa de internet.
Só pude dizer: “Boa música, hein?”. Ele riu.
“Billie Jean”.
Quer saber? Não vou falar mais nada.
Até porque tem um livro de matemática em cima do sofá me esperando, tenho que elaborar uns exercícios de frações.
Tem coisas que só eu entendo, hehehehehe!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Por que eu? - Estreia

Inventei mais uma palhaçada no meu blog.
Se vc olhar na parte superior, surgiu maus uma guia, com o nome 'por que eu?'.
Isso se chama: falta do que fazer. Quer dizer, muita coisa há para se fazer, mas eu só sei pensar em quem coisas que não tem lá grande serventia pro mundo. Mas enfim, está aí.
Nessa coluna, vou tentar justificar meus porquês.
Meu primeiro tema é "Por que eu não gosto da Madonna?". Que teminha, hein?
Como nas páginas, não tem como ter espaço para comentários, se você sentir vontade de comentar, venha para cá! ;)
Vamos ver se com essa coluna, eu consigo entender que tem 'por que' separado. Eu sempre escrevi isso errado...

domingo, 8 de agosto de 2010

Sobre a amizade, a saudade, a tristeza e outras peculiaridades (?) do mundo contemporâneo

Esse fim de semana, eu tinha alguns poucos mais importantes objetivos a serem cumpridos.
Tudo isso se perdeu depois que mais algumas estruturas do castelo de areia que abarca a metáfora da minha vida começaram a cair.
Como um daqueles dias mornos em que não se faz muita coisa, essa foi minha sexta feira. Cheguei atrasada no estágio uma hora, e praticamente só fui lá pra mostrar o famigerado projeto de pesquisa. Quando chego em casa, estava com tanta disposição que preferi dormir a almoçar. Se você considerar que um suco de maracujá é uma refeição, então eu almocei.Lá pras seis e pouca da noite, eu acordo... com vontade de dormir de novo. Pelo menos consegui comer, e fiquei vendo tv, fazendo hora pra resolver amenidades na internet.
Nada de ameno, infelizmente. Muito doído, muito ruim, muito devastador, e pra falar a verdade a ficha só caiu no dia seguinte. Agora eu sei porque Deus me mandou pra São Paulo. É porque eu não ia conseguir viver isso, a primeira vez em que você não estaria. Minha falta é justificada, mas a sua falta... Não há nada que remedie.
Você se lembra de quando estávamos sozinhas nos nossos pensamentos, olhando as luzes de Botafogo por aquele abismo? O abismo físico, emocional, sentimental... Ainda me sinto assim. Eu te amo tanto, que isso me afeta, mas te amo tanto, que tudo isso não modifica em nada o que você significa pra mim. Sigamos em frente, tentando não mais chorar. Tento, eu juro que tento.
O que era pra ser só uma conferência, um 'oi, tô aqui', virou um discurso sem fim. It's now or never. Vou defender o que acredito, e vou me fortalecer de alguma forma. Arranjar paciência pra enfrentar as pequenas coisinhas que entravam as nossas vidas, tipo uma viagem pra São Paulo em que você depende de burocracia pra conseguir uma porra de uma passagem fuleira de ônibus; ou passar por um comitê de ética cheio de regras que em nada estão levando em consideração o bem estar das pessoas, e que embananam com documentos só pra você desistir do seu objetivo. Arranjar tempo para me dedicar ao próximo, duas horinhas na minha semana talvez seja o necessário... Casa Raio Dourado, aí vou eu, se Deus quiser.
Como um daqueles dias mornos em que não se faz muita coisa, esse foi meu sábado. Fugindo das responsabilidades... Só um tempinho depois de dois dias sem dormir, preenchendo as mil exigências da prefeitura... Com a mãe me devolvendo o ultimo dinheiro que tenho pra sobreviver. Se não recebo dia 10, eu volto pra casa andando. Minha poupança não existe, meu cartão de crédito... RIP pra ele. Eu dei sorte que a parcela do meu vestido de madrinha, comprado semana passada, só vai cair mês que vem.
Não começou muito bem... Mas os amigos ajudam um pouco a esquecer aquilo que nos incomoda. A falta de dinheiro, a falta de noção, a falta de vergonha na cara, a falta de coluna vertebral, a falta de uma vida em que as pessoas tem dinheiro, saem e fazem programas legais, são comunicativas, expansivas, fazem os cabelos e as unhas... Tipo, nada que seja eu.
Como um daqueles dias mornos em que não se faz muita coisa, esse está sendo meu domingo. Algumas coisas pra fazer pro estágio estão me esperando na mesa, mas a vontade é imensa de deixar pra fazer só na posse do próximo presidente. Ou, infelizmente, 'presidenta'. E hoje, já tive aquela percepção de que não estou sozinha nas minhas angústias e dúvidas. Essa sensação de que não faço o bastante... Isso invade a todas as pessoas que amo e respeito nesse momento.
Eu amo todas vocês, e sei que vocês estão comigo sempre. É por confiar em vocês, que não desisto. É por vocês confiarem em mim, que não desisto.
Nossas missões são grandiosas, mesmo que pensemos que fazemos pouco... É algo muito importante para aquele que recebe a nossa atenção e o respeito mínimo a que tem direito.
Bom, não sei como terminar.
Sei lá...
"Não sei, só sei que foi assim!"
Pode ser?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Undefined

Não me atrevo a dizer que "pior do que está não pode ficar", porque tenho medo das artimanhas do destino.
Nessa última semana, não houve um só dia que eu não tivesse uma notícia ruim.
Bom, se querem saber saber se sou resistente às provações, digo logo que não. Sou fraca, sou frágil, sou boba.
E peço para parar, porque não tenho estrutura alguma para continuar desse jeito.
É extremamente angustiante. Não tenho um recanto de paz, pois todos os 'meus' lugares me trazem perturbações. As dores que herdei no último semestre continuaram aqui, porque eu não parei. E semana que vem, começa tudo de novo. E vou confessar que não tenho dinheiro nem para comprar o caderno pra esse semestre.
No domingo, inventei de mudar o blog, colocar um template legal, mas não achei nenhum que realmente significasse "O mundo (nada) fantástico de CaCo". Mas todos esses templates pré formados vem com algo que você não consegue modificar ou tirar. E esse fica com um 'undefined' bem do lado do título. Não sei se tem a ver com a definição de páginas, mas... Ficou aí.
Undefined é o que em inglês? Indefinido? Bom, se não é, fica sendo. Porque, sem perceber, esse template previu como seriam os próximos dias, ou até semanas. Indefinido.
Aos leitores, digo que talvez não haja tempo nem inspiração por um tempo. Aos amigos, só digo que, nos próximos meses, talvez eu não seja a companhia mais agradável.
Talvez.
Indefinido.

sábado, 31 de julho de 2010

Um vida em dois dias

Estou com uma pendência enorme com o blog, porque coisas muito importantes aconteceram nas últimas quatro semanas e eu nem pude comentar decentemente.
Posso começar dizendo que... parece que foi ontem.
Tudo. Tudo aquilo. Foi ontem que subimos o morro Dona Marta em busca de um programa de índio. E olha o que aconteceu. Sabe que, às vezes, eu me pego pensando e não acredito?? Talvez porque ainda não voltei lá desde o dia 26 de junho [escrito em 24 de julho de 2010].
Quando a gente escreve o relato de uma aventura logo depois que chega, ela tem aquele sabor de pizza que acabou de sair do forno. Será uma narrativa meio requentada no microondas, perdoem-me.
A história recente disso tudo começa no dia 23 de junho. Prova de ASA I. Pra variar, não sabia direito o que poderia ser pedido na prova e não consegui estudar direito. No fim, a prova foi em dupla, aleluia. Lembro de ter ficado feliz por ter terminado a prova umas 11h15, e então poderia ter tempo de ir tranquilamente até o Largo do Machado, e comer alguma coisa para depois ir pro estágio. Naquele dia, eu tinha esquecido de colocar a marmita na mochila.
Logo quando eu saio da sala, vejo uma mensagem no celular. Que, aliás, dificilmente terei coragem de apagar, até que meu ferrado celular desfaleça de uma vez. Liss parecia ter real urgência em falar comigo. Então, retornei a ligação. Motivo: a estátua do Michael estava chegando ao morro, e o responsável pela ONG perguntou se ela poderia estar lá, já que ele teria uns contratempos e talvez não estivesse lá na hora marcada. E nisso, eu descendo (ou subindo, sei lá) as escadas da faculdade e dando gritinhos. O diabinho soprou mais alto que o anjinho no meu ouvido e eu saí correndo. Peguei o ônibus do metrô, desci na Voluntários e cruzei a São Clemente na velocidade máxima que meus músculos sedentários aguentariam.
Tudo bem... Mandei uma mensagem pra minha supervisora, dizendo que chegaria um pouco atrasada. Afinal, os lugares eram próximos, então eu ainda tinha escolha. Contando que eu chegasse na laje uns 12h, e a estátua chegasse uns 12h30, dava pra chegar um pouco atrasada e tudo daria certo! Obviamente, eu estava me enganando, NUNCA as coisas são tão perfeitas e pontuais.
Subi lá pra cima, com todo o perdão do pleonasmo, e já senti que eu não ia conseguir descer depois de meia hora. Nada ainda tinha chegado. Quer dizer, Liss já tinha chegado. Nesse dia, eu devo ter sido uma chata, porque eu repeti certas frases e expressões umas setecentas vezes pra ela, não sei como ela aguentou.
O resumo da ópera é que eu não consegui descer. Meu coração falou mais alto. E, de uma certa forma, meu bom senso também.
Liguei pra minha supervisora e inventei uma história. Gostaria nesse momento de pedir desculpas a ela e dizer, caso ela um dia leia isto, ou isto chegue a ela de alguma maneira, que isso não se repetirá jamais, e que foi por uma boa causa. Eu sei que foi.
Enquanto isso, Tatá estava a caminho. Recém acidentada, com a mão enfaixada e com um compromisso inadiável às 16h. Ou seja, essa estátua foi uma bomba na nossa rotina!
Logo que eu cheguei, os moços que estavam responsáveis por montar o mosaico pararam para almoçar. Depois daquele tempo de ansiedade, e que eu já tinha decidido só descer de lá quando estivesse terminado, eles começaram a abrir caixas.
As caixas onde estavam os ‘blocos’ que compunham o mosaico.






As pedrinhas vinham coladas num tipo de papel mais grosso, onde vinha escrita a numeração para os caras não se perderem. Do número 1 ao número 109, vimos tudo ser colocado. Tudo. E entre um desses números, se não me engano, Tatá chegou.

Nem comento o quanto era angustiante ver os bloquinhos sendo colocados um a um. Enquanto isso rolava, fomos comer coisas muito saudáveis tais como biscoito maisena e coca cola ali no bar do Assis, onde estávamos sentadas e olhando de camarote pra laje. E enquanto isso, a minha mente idiota reparou num troço. E por causa disso, eu devo ter ficado uns vinte minutos rindo. Bom, eu fui reparar no que estava escrito na camisa do pessoal da obra.
O nome da empresa terceirizada era FW Engenharia.Não estou brincando, eu juro. Como não tenho foto, vocês vão ter que confiar na minha palavra, o que eu sei que não deve ser muito fácil.
Isso é perseguição!
Além do FW, tivemos outra participação ilustre nesse dia. Ao longo do trabalho do pessoal, reparamos que tinha sempre um cachorro por perto. Acabamos percebendo que ele era quase o fiscal da laje, vimos ele até empurrando o portãozinho para entrar e ver a montagem do mosaico mais de perto. O nariz dele estava sujinho de tinta branca, uma gracinha! Ele é um animal muito franzino e carismático, e já recebeu um nome: Moonwalker. Acreditamos que, ao longo desse mês, ele já tenha batizado o pé da estátua do Michael... Mas isso é uma outra história.


Depois que o mosaico foi todo montado na parede, eu acho que eles molhavam a superfície, para que pudessem retirar o papel. Com isso, observávamos lentamente a formações dos contornos do rosto de Michael...

Quer dizer, Liss e Tatá viam alguma coisa, já eu preciso trocar meus óculos. Mesmo na minha visão parca e embaçada, aquela surpresa ia se revelando de forma lenta e surpreendente. É diferente quando você vê na televisão algo sendo inaugurado e tiram o pano na sua cara, e já está lá tudo montado. É uma sensação muito diferente. É a sensação do novo.






A estátua chegando... Pierre chegando... E Tatá tendo que ir embora. É, no caso, a parte que eu disse lá em cima que eu tenho bom senso, ou algo parecido, eu passo pra Tatá, ok?
Foi uma tarde longa... Foi até no meio de copa do Mundo. Ocorreram dois jogos ao longo dessa tarde, mas não prestamos atenção em nenhum lance. E no fim dessa tarde, eis que chega o mais aguardado. O Michael de bronze chega, todo embrulhado num saco preto... E enquanto os caras do EMOP carregam a estátua, eu praticamente tenho que carregar a Liss, que não queria mais olhar o que estava acontecendo, queria fugir. Eu insisti pra que ela visse tudo aquilo, por mais que fosse algo muito forte e intenso. Aí, as palavras mostram a sua limitação, pois só amando Michael e estando lá naquele momento para que se possa entender o que se sente num momento desses. Um momento verdadeiramente único. E emblemático.
Essa foto foi tirada no meio dessa zorra de emoções e, como ela mesma disse, representa o nosso estado de nervos. 

E enquanto iam cimentando a base da estátua, e tirando os plásticos pretos e plásticos bolha, o sol foi se pondo. E vemos o que todo mundo já viu. A diferença é que vimos primeiro que todo mundo. Antes até da rede globo, vejam só!

Quando disse lá em cima que eu ficava repetindo certas frases durante esse dia, acho que era algo como: “você ta acreditando nisso?”, ou “isso aqui é real?”. Ou melhor: “nós estamos mesmo vivendo isso??”



Eu ainda não consigo responder. Porque o que vem na minha mente, como lembrança que nem o Alzheimer pode apagar, é muito inexplicável. E às vezes, parece até faltar coerência. Como assim, eu, uma zé-ninguém qualquer, viu algo importante ser feito?
Isso não é só importante para fãs. É importante ressaltar que, nisso tudo, o que nós mais sentimos orgulho é de ter proporcionado que, com isso, a ONG Atitude Social tenha se beneficiado com uma melhor estrutura física, que vai proporcionar um ensino de melhor qualidade para as crianças daquela comunidade. E o próprio espaço da laje, que além da estátua e do mosaico, tem uma bela vista pro Rio, especificamente pra enseada de Botafogo (acho) e pro Cristo. Esse local, hoje, é o ponto alto do plano de turismo desenvolvido na comunidade. Quem me conhece sabe que não sou muito fã de turismo, hehehe, mas é um benefício. Pro bar do seu Assis vai ser um benefício e tanto, as vendas vão aumentar pra caramba! Hahaha!
Realmente, viramos Vips naquele momento... Porque no local onde eram para estar somente os envolvidos na obra e o artista responsável pela obra, estávamos nós! Demos até entrevista, eu ainda não sei exatamente para o que, mas era para a documentação de alguma coisa.
Ah, uma coisa da entrevista: o cara me pergunta “qual a parte que você mais gostou da estátua?”. Porra, qualquer coisa que eu respondesse, sei lá, a sobrancelha (que por sinal, ficou muito linda)... Na hora da justificativa da resposta, eu ia entregar os pontos e iam perceber que eu estava caindo de amores por um objeto de bronze. Acabei concluindo que gostei de tudo... e complementei que o mais legal era a posição da estátua, a questão dos braços abertos. Mas não poderia continuar muito, senão eu ia acabar na camisa rasgada, bla bla bla...
Conversamos com o artista responsável, o Ique, e com a Renata, mulher dele, que foram muito simpáticos conosco. E Liss vai lembrar até o dia do fim do mundo que o Ique concordou com ela no que concerne às particularidades do pescoço do Michael. (Falei até bonito, ahsuahsaushau)
No meio disso tudo, a emoção falou mais alto. Enquanto esperávamos a Tatá voltar (sim, ela subiu de noooovo pra ver o Michael), ficamos na estação refletindo sobre o que tinha acabado de acontecer. Quando a tatá chegou, deu de cara com duas pessoas de casaco preto com capuz levantado, cobrindo os olhos inchados. Quase duas maloqueiras. Mas tudo bem, sobrevivemos.

Infelizmente, não deu pra ela ver a estátua nesse dia, porque ela já tinha sido coberta novamente com o plástico... E nos dias que se seguiram, os jornais locais se dedicaram a mostrar o mistério da estátua coberta...
No dia seguinte, as meninas viveram também novas situações lá na laje, mas não me cabe contar, porque eu não testemunhei nada. Só ri muito com as histórias dessas caozeiras profissionais, hasuhaushausahusha!
E aí, o tão temido dia 25 chegou. E vou logo de cara dizer, sem medo de ser classificada de insensível ou o que preferirem, que eu passei esse dia muito bem. E eu posso dizer isso porque ninguém que está me lendo teve o dia 26 de junho que eu tive. Ponto!
Pra começar, dia 25 de junho foi um jogo do Brasil, mas que eu trabalhei! Quer dizer, fingimos todos que trabalhamos. Mas não deixa de ser um dia especial no meu âmbito profissional, porque foi nesse dia que eu atendi meu primeiro paciente! Logo depois disso, voltei pra casa e fiquei esperando o jogo acabar e Gaby chegar, para que pudéssemos fazer nosso tour pelo Rio de Janeiro.
E lá fomos as duas levando 70 cadernos nos braços e nas costas, e mais 70 kits de lápis, borracha e apontador. Trem, metrô, ônibus... E quando chegamos lá no Luiz Paulo pra deixarmos essas coisas na loja e assim quebrar mais um galho pra gente, ele diz que eu quase que faço parte do mobiliário do morro, do patrimônio. Eu senti uma responsabilidade e um orgulho imensos! E espero corresponder sempre a essa expectativa, isso faz parte dos meus planos.
Ah, um mico do tamanho do Godzilla que eu paguei!
Estamos subindo Rô, Gaby e Lu, e eu, aaaaaa metida porque vi tudo primeiro, começo a prepará-las psicologicamente pra ver uma laje completamente diferente do que era e tudo mais... A besta aqui pensando que estava tudo coberto. Quando eu viro a escada, e vejo o Michael do mosaico olhando pra mim, dou um mega grito de surpresa. O Guedes, que estava no bar do Assis me zuou muuuuuuuuito. Até eu explicar que eu já tinha visto o mosaico, só não sabia que estava descoberto, ele já tinha rido muito de mim.
No fim de tudo, saímos todas da Praça Corumbá em direção ao MJ world cry, e acho que pela primeira vez na vida, chegamos num lugar pontualmente.
Ah sim, preciso destacar a surpresa de Gaby ao saber que o banner que ela tinha feito ia ser o que a gente ia enviar pros filhos do Michael. Preciso, aliás, destacar a importância que a Gaby tem na minha vida, nesses três anos, que podem parecer muito curtos, mas que foram o suficiente pra que tenhamos essa amizade tão forte. Você tinha que estar comigo nesse dia, e foi por isso que o tão temido dia 25 foi fácil de se passar.
Quanto ao MJ World Cry 25, eu vou pedir licença ao leitor, mas não vou comentar nesse momento. Terá que ser um texto voltado a outro objetivo, com outra temática, um pouco menos pessoal.
O importante é que depois de vermos um HIStory básico e o Number Ones. Aliás, o Number Ones é um DVD perigoso pra mim, sempre acabo vendo um detalhe que nunca tinha visto, né, Gaby? Abafa.
Tudo bem... fomos dormir, e duas horas depois estávamos prontas pro novo desafio: o dia 26.
Enquanto eu via Number Ones e falava com a Tatá, Liss e Maíra pelo telefone, eu estava copiando um texto do computador pro papel. Um papel meio cor salmão. Esse texto seria o “meu zen, meu bem, meu mal” do resto do dia 26.
E lá vamos nós duas de novo, descendo a rua com 90 saquinhos de doce e 11 sacos de leite em pó.
Até chegar à praça Corumbá, estava tudo lindo. Depois de um tempo, no entanto, entrei no nível de estresse mais elevado, e às vezes parece que sinto os reflexos disso até hoje. Não sei, mas as minhas dores intermináveis fazem um mês coincidentemente com o MJ WC. Porque será.
Vou tentar resumir: eu me peguei sozinha, sem saber o que fazer, com muitas informações (e coisas) desencontradas, e eu infelizmente só tinha dois braços e duas pernas. E um celular vagabundo com crédito só pra Claro.
Eu nunca senti uma cólica tão forte em toda a minha vida.
Eu nunca tive tantos sentimentos homicidas.
Agradeço a Deus pela brilhante idéia de fazermos algo na creche antes de tudo. Não deu pra curtir muito as crianças, mas foi uma trégua. Na verdade, foi um oásis no meio do que eu estava vivendo, dentro da minha cabecinha.
Pela dádiva de ser pobre e não ter um celular decente, tive que descer o morro para assessorar a subida dos fãs, por um motivo que eu desconhecia. Só que eu tinha que estar lá em cima, então eu tive que subir. De bondinho? Não, ele não subia por excesso de peso. Acabei me emputecendo, larguei os fãs, e saí subindo o morro. Leonardo, coitado, foi me acompanhar na subida.
Eu nunca senti palpitações tão fortes na vida. Só bastante tempo depois, eu lembrei que tenho prolapso na mitral. É um defeito pequeno e medianamente comum, mas eu não sei se poderia ter feito isso.
O detalhe importante: eu estava usando o casaco preto da Tatá, e um chapéu preto. Sem perceber, eu estava fantasiada de Michael. Fui chamada de Michael diversas vezes ao longo dessa subida raivosa...
Conseguimos alcançar o bondinho na baldeação. Eu realmente não agüentaria subir mais meia escada.
Eu cheguei, e no meio daquele monte de câmeras e daquele povaréu, eu peguei lá o meio papel cor salmão que estava guardado na bolsa da Gaby, e li o ‘discurso’ de inauguração da estátua.
Eu fiz isso?
Dêem-me licença, porque depois disso, eu tive direito ao dia 25 que todo ‘fã’ esperava que eu declarasse ter vivido. Eu saí batizando o ombro de todos os amigos presentes, e peço desculpas sinceras a todos aqueles a quem eu deixei preocupados ou apreensivos.
Aqui no caso, a situação é bem mais difícil de compreender... porque além de amar Michael e estar naquele lugar, você teria que ser Camilla, para tentar compreender (ou não-compreender) o que se passava na mente da Camilla. Desista, você não vai conseguir mesmo.
Depois disso, estava cansada demais pra curtir a festa verdadeiramente, mas estar na companhia dos amigos é sempre bom. E eu me lembro de ter agradecido a cada um, por estar ali comigo naquele momento. 
Um assunto a ser destacado é enfim entendermos completamente quando Michael fala em queimar os tablóides. Tivemos episódios pequenos, mas lamentáveis, com a imprensa. Eles se acham tão donos de tudo que, quando queriam gravar suas reportagens, eles metiam a mão no aparelho de som para abaixar o volume. Como se não tivesse uma organização naquela porcaria, como se não tivessem pessoas ouvindo a música. Olha, são atitudes de gente tão desprezível, que eu nem vou gastar mais as pontas dos meus dedinhos com isso.
Não posso deixar de registrar a nossa surpresa-mor, surpresa até pra nós. O pessoal da Orquestra da Grota chegou. E chegaram pra marcar: uma apresentação de Billie Jean com violinos; e uma acapella de You Are Not Alone. Não há nem o que comentar.
E depois disso, percebemos que a laje estava cheia de lixo... E fomos pra faxina!
Aproveito pra pedir desculpas ao pessoal que estava tentando gravar um 'beat it' coletivo na laje, porque eu acabei passando atrás de vcs e varrendo. Mals aê! 
Enquanto descíamos a escada para varrer, começou a tocar "Someone in the dark". E a tatá solta "Que música chata!", huahsuhaushuashuahsuahsuahsuah! É uma música fofa, mas não pra tocar numa festa. Poxa, quer fazer todo mundo dormir?
E quem não podia faltar essa comemoração... O mais honorário dos funcionários da obra da laje... Com seu nariz sujo de tinta branca... Moonwalker!



Cara, esse cachorro é muito carismático. Somos testemunhas oculares de que ele se ajeitou pra sair da foto! Eu juro!!
Agora vamos falar um pouquinho da grande causadora disso tudo: a estátua.
Desde quando tinham colocado, essa estátua já nos trouxe aquela sensação inexplicável de, como bem disse o Ique, parecer que Michael voltou pro morro. E dessa vez pra ficar mesmo. 
Quando a estátua foi inaugurada, eu estava num local privilegiado, atrás da estátua. Privilegiado porque estava bem próxima ao criador da obra, que estava solenemente a inagurando... Mas assim, quando tirou o plástico, eu percebi que era um lugar privilegiado mesmo. Privilegiado porque a parte de trás da estátua é cópia fieeeeel da realidade. Eu não sei se bati palmas pelo evento em si ou pelo que eu estava vendo naquele momento.
Mas, momentos antes da inauguração, Ique resolveu dar uns últimos arremates na obra, e assim a Tatá pôde ver a estátua antes de todo mundo também, eeeeeeeeeeeeee! (Desculpa, estamos nojentas e insuportáveis! haushuahsuahsuas). Então, o Ique deu uma retocada no nariz da estátua, o que nos leva a observar que é realmente uma cópia fiel de MJ, já que até cirurgia no nariz ela já fez. Ri horrores disso!  
Mas o pior foi quando a laje deu uma acalmada, e fomos pra perto da estátua, pra observar a obra de arte mais de perto... E, enquanto mãos curiosas davam uma conferida na qualidade do bronze, uns caras começaram a tirar fotos. E as loca neeem aí com a hora do Brasil! Só depois percebemos que estávamos sendo pegas no maior flagrante. Por sorte, eles eram só estudantes de fotografia, e aquilo não seria publicado em lugar algum. Mas que essas fotos devem estar engraçadérrimas, isso devem!
Ahco que já falei demais, né? Então, vou fechar a tampa. 
Sem antes reafirmar que esses dois dias são marcantes na minha vida, na minha existência. Enfim... depois de quase vinte anos nessa vida à passeio, eu vi algo e participei de algo. Que, pelo menos pra mim, é importante. E desde então, Michael e eu temos andado às mil maravilhas. Sem tristezas e melancolias... Nessa rotina de ouvi-lo todos os dias, acordar todos os dias com a sua imagem. Uma rotina que não cansa...
Tenho uma infinidade de coisas pra conversar com Michael, mas sei que que, quando chegar o momento, eu só vou conseguir lembrar de uma frase.
Eu te amo!