sábado, 29 de agosto de 2009

51

Extremamente sedutor em Liberian Girl.

Extremamente ousado em Black or White.

Extremamente ‘safadjenho’ em Workin’ Day and Night.

Extremamente “sozinho e frio por dentro” em Stranger in Moscow.

Extremamente sexy em Bad.

Extremamente assustador em Thriller.

Extremamente fabuloso em Billie Jean.

Extremamente solitário em She’s out of my life.

Extremamente romântico em You are not alone.

Extremamente corajoso em Ghosts.

Extremamente sufocado em Scream.

Extremamente humano em Will you be there.

Extremamente engajado em Man in the mirror.

Extremamente apaixonado em I just can’t stop loving you.

Extremamente roqueiro em Dirty Diana.

Extremamente alegre em I want you back.

Extremamente encantador em The way you make me feel.

Extremamente fofurete-mor em Todo mi amor eres tú.

Extremamente... extremo.

Extremos.


Como se pode ter uma sensibilidade emocional e artística tão apurada e pura, e ao mesmo tempo ser tão forte para suportar as injustiças? Como pôde “transformar frustrações pessoais em pura energia”?

Como conseguiu carregar tantas cruzes pesadas? Dizem que Deus nos dá as cruzes, ou o peso, que podemos suportar. É um herói.

O que mais me surpreende é como ele conseguiu manter um oásis no deserto que era a sua vida pessoal: manter uma família em harmonia e feliz, junto a Prince, Paris e Blanket, no meio de um ninho de cobras e abutres.

Desde o dia 25 de junho, não há muito que se dizer. Palavras se tornaram muito tolas.

Mas eu preciso dizer que Michael Jackson sempre estará vivo no coração dos freaks, excêntricos, estranhos e loucos... Que ainda tem a audácia de acreditar num mundo melhor.

Você já é meu rei, ‘magrelo’. Para sempre, serei sua súdita, mesmo que algum dia fique um pouco indisciplinada, digamos.

Hoje, Michael faria 51 anos. Seria uma boa idéia. Uma ótima idéia.


Feliz aniversário, magrelo. Com guerrinha de bolo e tudo mais.

domingo, 23 de agosto de 2009

Tired of injustice, tired of the schemes!

Olha, hoje eu não estou com saco pra nada. Era pra eu estar lendo sobre fisiologia agora, reaprendendo o que não aprendi há um ou dois anos, mas não tô a fim.
Também não tô a fim de escrever coisas belas, ou mais elaboradas. Só estou aqui pra dizer que isso tudo está cansando.
Pode parecer que não, mas eu gosto de política. Só não tenho muito tempo pra acompanhar, e a forma como a imprensa trata me deixa saturada.

Essa história do sarney foi bem interessante. No twitter, todos mobilizados com o fora sarney,mas quando o pedido era pra ir às ruas, não tinha nem cem pessoas reunidas. Quer dizer, as pessoas virtualizam a sua própria responsabilidade e dever como cidadão.
Há algum tempo atrás, antes da crise se instaurar, eu ouvi uma pessoa dizendo que o sarney nunca foi da oposição. Ou seja, ele passou por períodos políticos extremamente opostos, ditadura e abertura política para democracia, e nunca esteve contra a corrente. O que é isso? Conveniência pura? Ah, por favor, é só o olhar o partido ao qual ele pertence: PMDB. Não é preciso falar mais nada. Mais situacionista e populista que esse partido, impossível.
E depois de muito chiar, de muitas denúncias brotando 'à la revista Veja', tudo é arquivado.
Olha, realmente cansei disso. É impressionante como as pessoas se vendem puramente por dinheiro. Pensam que só estão enganando um pouquinho os seus eleitores otários, e não param pra pensar que esse tipo de atitude mata. Mata crianças de fome. Mata pessoas na fila dos hospitais. Mata jovens nas ruas, pela violência gratuita.
Sim, esses dinheiro que vocês pegam emprestado, mata.
É, ando ouvindo muito Man in The Mirror, mas ando ouvindo mais ainda uma música chamada Money.
E pra não esquecer, a corrida presidencial começa, e com ela, os escândalos para tentar jogar os adversários fortes pra escanteio. Peraí, alguém me explica uma coisa: as pessoas filmam a movimentação de uma portaria e de um prédio pra que, caso haja algum incidente, aquilo sirva e ajuda, de prova que algo aconteceu ou não. E isso inclui guardar as imagens. Como assim não existem imagens da entrada de um prédio pra provar que uma certa senhora teve uma certa conversa com uma certa presidneciável, forçando-a a apressar investigações do filho de um certo presidente do senado?

Essa sensação de que já não adianta mais, e de que o tal deus indiano tem que acabar com esse mundo pra começá-lo novamente, não é só da política que vem. Só mais uma amostra de que não adiantar ficar chiando, nada vai mudar.


O sujo falando falando do mal lavado.
A Globo, nooossa, mostrou uma coisa nesses últimos dias que eu nem imaginava! Fiquei 'chocada'! Como assim, o dinheiro dos fiéis não ia exclusivamente pra caridade e manutenção de templos? Sustenta meios de comunicação? Ooooooooooooooooooooooooooh!
Nos primeiros dias da 'denúncia', o Jornal Nacional usou quase 50% do seu tempo em acusação à Record. Puxa, e eu nem imaginava que pra sustentar aqueles vampiros com salários milionários eles se utilizavam desses recursos...
Então, TV Globo você tem uma ficha muito limpa, não é? Como muito bem disse o pessoal do Furo MTV, não é que as emissoras compradas por José Sarney e Collor são da Rede Globo? Ahnnn tá, o que é pior?
Não adianta a Globo querer falar mal e não sei mais o que, a audiência não vai aumentar por causa disso. Eles estão pensando o que? Que a justiça vai punir a Record, fechar as suas portas, pegar o dinheiro e devolver ao povo? E a Globo vai ficar como redentora dos frascos e comprimidos? Gente, a Justiça não pega nem o Sarney!
Qual é o trunfo de Sarney e Record? Lobby, influência. dinheiro.

Já que eu estou revoltada, acho que esse vídeo cabe muito bem aqui. Como manipulam a nossa mente, como só pensam em vender. Como são parciais.


Essas coisas me dão vontade de vomitar! É assim que o mundo é. E a gente aceita isso hiper na passiva. Somos muito burros, estamos perdidos no meio dessa lama. Hoje não estou pra pensamentos muito esperançosos. Está na hora de acabar logo com tudo. Pra que esperar ver mais tragédias?
Ah, quer saber?


sábado, 15 de agosto de 2009

You got many doctors that aren't so sure...*

As coisas boas acabam mais rápido que as ruins. Quando a gente masca Bubbaloo [sabe-se lá qual foi a última vez que eu comi isso], o gosto do recheio acaba rápido demais. Quando a gente tem que tomar coisas horrendas como leite de magnésia, aquele gosto parece que fica uma eternidade na boca.
Assim é a vida. E as férias chegam ao seu fim. Ainda fomos bem sortudos, por já era pra estarmos na velha rotina há duas semanas. Ganhei mais um tempinho, pra fazer coisas muito importantes... Como não fazer nada.
Além de ver TV, tipo Sônia Abrão e Jornal Nacional, coisas que não fazem parte da minha vida diária, vi um drama coreano chamado Coffee Prince e me tornei (quase)** fã de Michael Jackson. É sério, só fiz isso durante cinco semanas.
Ah claro, fui ao médico umas duas vezes, e fui a faculdade umas cinco ou seis vezes pra reuniões, apresentações de monografias. Só. Acho que o mais próximo que eu cheguei de nutrição, foi isso:
You're a veg'table, you're a veg'table
Still they hate you, you're a veg'table.
You're just a buffet, you're a veg'table
They eat off of you, you're a veg'table.
Foram ótimas férias. Eu abstraí totalmente das minhas responsabilidades de estudante. Na verdade, não era o mais certo a se fazer, do ponto de vista de aspirações futuras, mas do ponto de vista 'defendendo minha saúde mental', foi o melhor que eu poderia ter feito. Eu não sei o que vai ser de mim nesse período. Eu acho que vou ter que tirar todas as músicas do mp3 e deixar só Keep The Faith tocando direto, senão eu vou me jogar do asfalto.
Nesses dias, eu fiquei mais sensível, mais ainda do que na época da 'Feia'. [Sim, eu consegui essa façanha!] Isso acontece quando você vê um casal lindo se encontrando novamente, depois de dois anos separados por uma longa distância. E quando você começa a se admirar por uma pessoa no dia que ela morre. Definitivamente, eu me lavei de dentro pra fora. Mas chorar agora é bom. Só não posso querer chorar a partir de segunda, aí não dá mais tempo, tem que marcar um horário na agenda.
Essas férias vão me fazer uma falta... Já estou até planejando escrever nas próximas férias, em janeiro, de tão produtivas que foram essas horas de ócio. Mas enfim, a idéia precisa ser mais amadurecida. Beeeeeem mais, diria eu.
Como estratégia pra não sentir muito essa volta às aulas, e a crônica falta de tempo que ela representa, emprestei quase tudo que eu tenho de Michael, exceto os cds, pro meu vizinho. Se eu estivesse com tudo isso aqui em casa, eu não teria parado, e a crise de abstinência ia ser medonha. Só ficou o show de Yokohama, o primeiro da coleção.
Acho que estou preparada. Esse período vai ser de matar, mas se eu gosto do que faço, eu vou suportar, e o melhor, vou conseguir aprender.
Eu espero poder manter o mínimo de contato com o ócio, e ao mesmo tempo tentar recuperar esse tempo 'perdido' das férias.
E outra coisa: eu tive cinco semanas adequadas pra ser pega por essa gripe. Se eu pegar ela agora, eu vou realmente irritada! Uma semana afastada de sete matérias e uma monitoria, neeem pensar!
Por fim, eu digo que vou ter assuntos melhores quando voltar à rotina. Eu juro!

* A respeito do título, 'vou mandar um salve' pra Conrad Murray... Sabia que é muito feio tirar o corpo fora, senhor?
** O (quase) é só uma questão de uma nomenclatura própria, coisas que eu acho que são de atribuição de uma pessoa que se diz fã, e que eu ainda não tenho condições de fazer. Na verdade, se eu for pensar bem, se fosse depender disso, [de tentar entender, compreender o ídolo, o que eu acho uma atribuição de um fã] ninguém seria fã de Michael. É, preciso me acostumar com essa nova realidade... Mas já era, estou irremediavelmente apaixonada pela vida e obra desse magrelo.

domingo, 9 de agosto de 2009

"Told me that you're doin' wrong, word out shockin' all alone..."

Hoje, não tenho muito o que falar. Só queria dizer que eu não aguento mais essa vida de pai morando onde judas perdeu as botas. Não aguento isso de ligar pra um único orelhão que funciona e não encontrá-lo.
Hoje, eu só quero perguntar, mesmo sabendo que não vou ter resposta.
Essa gripe suína, mesmo sendo algo ruim, que está assustando as pessoas e tudo mais, serviu para me dar um período adequado de férias. Três semanas somente era desumano! Se bem que agora começo a me sentir imprestável, e um pouco apreensiva e ansiosa pra ver como tudo vai acontecer no que resta desse ano. Só sei que passo meus dias revezando entre os dvds do Michael.
E aí eu inventei na minha cabeça estranha o que seria o 'MJ way of life'. É outro jeito de ver o mundo, outra mentalidade. Se você não entra nessa frequência, e não se dispõe a ver a verdade, simplesmente é perda de tempo tentar 'entender' Michael Jackson. Aliás, eu estou vendo um texto de uma fã dele que é figuraça, tem um senso de humor apuradíssimo/'agressivíssimo', e vi esse texto dela no blog de outra fã. O texto é espetacular, tomadésimo no Jiraya, te ensina a como responder aos desinformados sobre Michael Jackson quando não se tem mais saco rpa ser diplomática. Clique aqui pra ler.
Acho que isso se materializou na minha cabeça quando eu comecei as ouvir as músicas dele novamente. Já no 'MJ way of life'. Aquelas mesmas que tocavam na JB e que eu nem me tocava muito de quem estava cantando. Exemplo clássico pra mim é Man In The Mirror. Eu sempre achei essa música legal, mesmo que nunca tenha procurado ver a letra toda. Mas hoje quando eu ouço, ou melhor, principalmente quando eu vejo, eu falto morrer. Essa música tem uma energia assustadoramente poderosa, parece que você sente corações pulsando através dela. E dá um misto de angústia, culpa e ao mesmo tempo, algo de bom, te chamando para a revolução. Hoje eu entendo porque as pessoas desmaiam tanto no show dele.
Quando eu ouço Heal the World, Will you be there, Keep the Faith, parece que estou enchendo um pote. Um pote de motivação. Como se tivesse acumulando energias pra poder agir.
Mas como agir? Quando agir?
Será que agir significa dar cinco ou dez centavos para todos os aflitos que aparecem pedindo ajuda no trem? Não sei, eu fico sempre insatisfeita quando penso nessa alternativa.
Todos os dias, essas perguntas têm povoado a minha mente, com a certeza de que um dia serão respondidas, por mais que a angústia persista. E, ainda por cima, vem mais dois pra futucar a minha cabeça.

Enquanto a neve cai
Em uma fria e cinza manhã de Chicago
Um pobre pequeno bebê de uma criança nasce no gueto

E sua mãe chora
Porque se existe uma coisa de que ela não precisa
É de outra boca faminta para alimentar no gueto

Então pessoas, vocês não entendem que a criança precisa de uma mão solidária?
Ou ela crescerá para ser um jovem homem faminto um dia
Dê uma olhada em você e em mim, nós estamos tão cegos para enxergar?
Nós simplesmente viramos nossas caras e olhamos o outro lado?

[Putz, vou falar. Gostei da tomada cantando. Na madrugada que eu baixei essa música, não pude evitar de lembrar diretamente do convite 'cantado' de Mike para um dueto. Mas não vou falar agora sobre como a vida dá voltas]

terça-feira, 4 de agosto de 2009

“No matter how it starts it ends the same... Someone’s always doing someone more”

Sabe, ficar de férias não faz bem para a criatividade. Parece que temos mais tempo livre, mas na verdade não damos valor a ele, e eu particularmente, não consigo aproveitá-lo. Parece que só funciono bem sob pressão, hehe!

Na verdade, acho que o problema está nessa total inatividade que eu fico. É do computador pra televisão, e depois é hora de dormir bem tarde. Pra acordar na hora do almoço. E essa rotina é tão vazia, mas tão boa! Eu realmente estava sem nenhuma idéia do que escrever aqui, justamente porque as férias me tiram do mundo, suspendem o meu contato com outros seres humanos. Realmente, minha mente está vazia há algumas semanas. Eu acho isso bárbaro, já pensou se não houvesse essa parada pra limpar a cabeça da rotina?

No domingo me tiraram de casa. Tiveram uma idéia pra comemorar o aniversário de um amigo e o meu, e aproveitar pra reunir o pessoal. Aí eu descobri que as férias me deixam também antissocial. Foi bem legal reencontrar as pessoas com quem passei momentos da minha vida. Alguns mais, outros menos. Uma das pessoas estuda comigo desde a 6º série!

Fiquei feliz mesmo de reencontrar essas pessoas, mas não sei, não parecia tão empolgada como outros ao ficar relembrando o passado. Como disse o Quico ao Pânico na TV, “eu não quero ‘presente’, eu quero futuro”.

Acho que a coisa já começou como um grande flashback, pois iríamos fazer o passeio marítimo do local onde a maioria tinha feito estágio. Eu sei que nunca mais eu vou ganhar 150 reais tão fácil outra vez na minha vida, e sei que formamos uma equipe de estágio muito legal e quando não estávamos guiando, estávamos rindo horrores. Mas mesmo assim, foi pra mim uma época difícil e, como eu já disse outra vez, as coisas não se compensam, o positivo e o negativo não se neutralizam. Esse não é o sentido da vida.

Acontece que era um domingo de sol e os ingressos estavam todos esgotados! Ficamos lá enrolando, esperando os atrasildos chegarem. Saímos sem destino pelas ruas do Centro do Rio, que no fim de semana se assemelha a uma cidade fantasma... só esperando pra sermos assaltados, só pode! Não tinha uma birosca aberta, então algum animalzinho teve a brilhante idéia de ir pra um shopping de Botafogo. Putz, mais longe ainda de casa, mas beleza.

Lá, o pessoal nos fez pagar mico, cantando parabéns na mesa. Bom, o negócio é fingir que não é com você, afinal não se contraria louco.

Uma das minhas grandes amigas estava muito empolgada com o reencontro, e esperando o elevador, ficou falando sobre o quanto ela tinha saudade do passado. E eu disse a ela: “sim, mas já passou, agora a gente tem que olhar pra frente”. E ela falou “é, mas é que agora parece tudo tão chato, tão parado, e parece que não aproveitei o bastante”. Sempre fica essa impressão, mas a vida segue em frente temos que olhar para o futuro.

Nem que me pagassem eu voltava pra qualquer fase da minha vida, falando sério! Todas tiveram suas coisas legais, e outras nem tanto. Era legal lanchar coxinha e guaraná todo dia no bar do pai, era legal ficar jogando papo pro ar sentado na árvore ou na pokebola, era legal se jogar no cantinho feliz e fazer terapia de grupo. Mas tudo isso já foi, e tudo isso foi importante pra que eu seja como sou hoje. Tenho boas recordações. Poucas, porque a minha memória é uma grande porcaria. Tenho saudades sim, mas essa coisa de nostalgia... Acho que passei dessa época.

Bom, desse domingo, ficam as boas recordações, as pessoas incríveis que eu revi depois de tanto tempo... e uma garganta arranhando e um nariz escorrendo!