terça-feira, 15 de novembro de 2011

A credibilidade do palhaço


Selton Mello e seu filme encantador.
Estava passando por uns segundos no programa da Leda Nagle (que eu odiava quando quando era criança, porque significava que a programação infantil tinha terminado) e vi o Selton falando exatamente isso, que o filme gerava encanto nas pessoas.
E foi o que me gerou também.
Saí da sala, entrei no ônibus e fiquei me perguntando todas aquelas coisas que rondavam aquela trama simples e tão corriqueira.
Quem somos de verdade? Somos felizes com o que o temos? E com o que somos hoje?
O que somos hoje é o reflexo da nossa história?
E quantas vezes achamos que não estamos na vida certa? E quantas vezes somos enganados por algumas circunstâncias, que nos fazem esquecer... quem somos?

O filme é puramente uma discussão sobre Identidade. Literalmente.

Não tenho a pretensão de fazer críticas do tipo de críticos de cinema escrotos e mal comidos (nem foi pro Rubens Ewald Filho... ), mas eu me sinto na obrigação de comentar que as participações do filme são incríveis... Um grande destaque para Fabiana Karla, fabulosamente graciosa, e Moacyr Franco, indescritivelmente hilário. Jorge Loredo, incrível também... Enfim.

Todo mundo é um pouco Benja. Todo mundo é um pouco loser. E alguns abusam desse direito. Todo mundo faz um personagem de si mesmo para poder enfrentar seus medos e seguir a sua sina. É a lei da sobrevivência.
E um monte de gente que eu conheço vive uma solidão imensa dentro de si.

E então, Palhaço, eu te pergunto: qual a sua credibilidade?


Eu faço todo mundo rir. Mas... quem é que vai me fazer rir?

Nenhum comentário: