sábado, 23 de junho de 2012

Um novo começo

É.
Há algum tempo, nenhum momento parece ser o melhor para escrever.
Talvez seja o momento ideal para voltar atrás e processar aqui uma mudança.
Dei uma olhada nos meus últimos posts e me lembro muito bem de como iniciei este ano de 2012. Completamente sem esperanças e perspectivas de que pudesse acontecer algo de bom. E isso de uma certa forma acabou se refletindo nas perspectivas de escrever algo decente. Não me interessava nem um pouco ter um assunto para desenvolvê-lo. Para quê?
Muitas coisas aconteceram este ano até então.
Finalmente, eu consegui me formar. Em circunstâncias muito adversas, eu concluí meu curso. A via crucis que tive que percorrer para contar esta realização hoje foi tortuosa. Por muitas vezes pensei em desistir, mas eu não podia mais. Há caminhos que não nos dão a chance de voltar.
Depois de estudar incessantemente feito uma filha da puta desde agosto do ano passado, eu consegui o que mais queria: um emprego. O campo da nutrição está cada vez mais fechado para os novatos, e era isto que mais me tirava a minha energia para continuar lutando. Pensava eu, do que adiantaria lutar tanto, fazer tantas coisas, para no fim não poder mostrar do que sou capaz?
Graças a Deus, tudo deu certo no fim. Só eu e Ele sabemos o que eu passei. Minha mãe teve umas amostras da situação, mas nada que se compare.
Eu sobrevivi à total falta de ânimo, sobrevivi às crises nervosas e às doenças psicosomáticas. Sobrevivi. E hoje posso contar com tranquilidade e com um sorriso no rosto tudo que passei aos amigos.
Agradeço imensamente a todas as pessoas que me ajudaram nesta caminhada. Foi o fato mais surpreendente de toda a caminhada. Agradeço tanto aos que me apoiaram voluntariamente e por acreditar em mim, tanto àqueles em que as circunstâncias me fizeram depender de suas decisões para que eu pudesse me formar em caráter extremo de exceção. Muito obrigada!
Aos poucos amigos que puderam acompanhar estes momentos e que não se furtaram em me dar todo o apoio possível, mesmo que eu já estivesse completamente louca e desequilibrada emocionalmente, eu agradeço a vocês.
Eu agradeço à minha mãe, tadinha, que testemunhou no mínimo umas três crises brabas de choro que não me deixavam nem dormir, e por todo o apoio logístico empreendido (casa, comida, roupa lavada e passada, etc, etc) muito obrigada.
Foi uma grande realização na minha vida poder trabalhar. E ter que trabalhar com os pacientes mais graves, principalmente, uma lição de vida e uma lição de que a busca pelo conhecimento deve ser permanente, pelo bem do próximo. E também pelo meu bem, porque essa coisa de só fazer uma coisa por dia, ou seja, trabalhar, não sei, pra mim parece muito pouco!
Essa conquista reavivou muitos sonhos, muitas esperanças dentro de mim. Ter o mínimo de independência é ótimo, e com isto quero mudar muitas coisas. Ao mesmo tempo e agora. Mas ainda tenho que ter paciência para esperar o momento certo para isso.
Felicidade é um estado muito efêmero e inconstante, por vezes. Mesmo com tantas alegrias, algo parece faltar. É como se uma parte da história não tivesse sido escrita.
Tenho raiva de mim mesma por me sentir triste às vezes. Mas acontece, ou melhor, tem acontecido. Ainda não sei exatamente como mudar essa situação, mas sei que não é com inércia que as coisas vão se resolver.
Além de todo esse turbilhão de emoções, nesse ano também acabei conhecendo uma nova forma de pensar e de ver a vida. E é sempre assim, as coisas sempre aparecem na hora certa. Definitivamente, este é o momento decisivo para que eu possa refletir sobre tudo que fiz e tudo que eu posso fazer, para poder definir meus novos rumos como pessoa. Preciso me conhecer melhor, apreciar minha própria companhia, lutar contra as coisas que não me deixam ser uma pessoa melhor.
Não é algo que se conquista de uma hora para outra, e tudo isso exige paciência. O que é muito difícil, porque nossos vazios internos vão nos consumindo, sugando nossas motivações e destruindo as nossas esperanças num amanhã melhor. Mas eu tenho que lutar, todos nós temos que resistir, para o nosso próprio bem.
Sei que tudo o que fiz valeu a pena, por mais que ainda não tenha colhido tantos frutos como esperava. Ainda pego longos trajetos no ônibus cheio, ainda moro na mesma casa, com as mesmas roupas velhas, a mesma miopia de sempre... Quase nada mudou. Mas não vai demorar para chegar onde quero, quero crer nisso.

2 comentários:

Anônimo disse...

Abri meu e-mail e tava o link desse post, ahhhh nao resisti, sempre gostei mtu de ler o q tu escreve e ha tanto tempo nao o fazia... nao tenho nada a acrescentar nao, soh deixo o comment pra mostrar q passei por aki kkkkk
bjinhu Mila :D

Ana Paula

Anônimo disse...

Abri meu e-mail e tava o link desse post, ahhhh nao resisti, sempre gostei mtu de ler o q tu escreve e ha tanto tempo nao o fazia... nao tenho nada a acrescentar nao, soh deixo o comment pra mostrar q passei por aki kkkkk
bjinhu Mila :D

Ana Paula