domingo, 4 de novembro de 2012

Idas e vindas

Havia períodos na minha vida em que eu não ficava sem esse espaço. Fazia questão de explorar minhas ideias sobre o que quer que fosse para poder libertar minhas ideias, fossem elas úteis ou não.
E depois, teve um período em que um autocoitadismo me fez expor o mais triste que havia em mim, para ver se alguma coisa acontecia. Não sei, talvez eu me sentisse melhor, ou alguém sentisse pena de mim e me consolasse. Acho que não deu muito certo.
E aí, eu passei por períodos conturbados e difíceis, em que era realmente complicado parar meia hora da minha vida para escrever. Esse período passou e a paz reinou.
E nessa paz, preferi me expor menos.
Sei que não é necessário explorar coisas essencialmente pessoais para escrever. Ora, você pode somente colocar seus pontos de vista sobre determinado assunto geral.
É, pode ser.
Mas o que me preocupa é que fiquei preguiçosa para escrever, e esse é um ponto que não me agrada em nada. Eu amava escrever, e por que agora é tão difícil? Perdi a prática. E também perdi um pouco do amor que tinha por isso aqui, a Internet.
Antes, meu mundo era aqui. Agora, eu tenho outros mundos para cuidar. Outros mundos que estão se criando agora, e por isso precisam muito da minha atenção. E adicione a isso as dores que eu ganho da minha escoliose de estimação se fico muito tempo sentada na frente do computador.
Outro ponto é importante. A visão negativa também dá muito mais IBOPE, pensamos nós, erroneamente. Antes, eu adorava colocar minha visão derrotista sobre a vida, porque eu tinha certeza que várias outras pessoas compartilhariam essa visão de mundo. Pois é, o desafio agora é construir uma nova visão dentro de mim mesma, onde não existem lamentações sem motivos. Existem superações.
Hoje eu trabalho, tenho responsabilidades que antes não tinha. Tenho uma ética profissional a zelar, e por mais que eu amasse escrever diversos textos sobre o que eu passo no meu dia a dia, eu estaria incorrendo gravemente nesse erro, mesmo que me colocasse de forma indireta, 'sem citar nomes'. Então, é muito mais difícil escrever sobre as aventuras do trabalho, como eu fazia com as aventuras da faculdade.
Ora, se a vida muda, nossa forma de lidar com ela deve, necessariamente, mudar também.
Hoje eu tenho uma relação muito mais sadia com os familiares mais próximos, pelo menos estou tentando bravamente. Com os familiares que se reaproximam, sabe-se lá por que real motivo, ainda tenho que pensar antes de tomar qualquer decisão que desmorone este castelo de cartas.
Hoje eu sinto a liberdade de quem pode prover seu sustento. Algo que é formidável, pois é algo que busquei por muitos e muitos anos da minha vida. Foi por isso que abdiquei, até demais, de muitas, muitas, MUITAS, coisas na minha vida. Desde a casquinha mista de um real do Mc Donalds até a festa de formatura. Tudo o que eu fiz, ou melhor, o que eu não fiz, poderia ter dado uma trajetória diferente para o meu ente psíquico, mas eu sinto no meu interior que tudo que eu sacrifiquei acabou sendo para o meu bem.
Mas, ainda é possível ir em busca da redenção...
Hoje eu sou estudante de Logosofia. Há alguns meses atrás, eu fui a um curso em busca de alguma resposta, de algum auxílio para a nova fase da minha vida que estava se abrindo, e encontrei exatamente o que eu precisava. Ainda não sei muita coisa, mas tenho noção da importância dessas curtas vivências para renovar a minha fé. Agora que torno este compromisso duradouro, tenho esperanças de que este empenho culminará em uma forma mais especial de viver a vida.
Como faz muito tempo que não escrevo aqui não sei mais como se conclui um texto. Só espero então que este mundinho não fique abandonado por tantos meses, sem um sinal de vida minha.
Vou pensar aqui como faço para alimentar três blogs com temas absolutamente diferentes...
Quem sabe deixo isso para o ano que vem?
:P

sábado, 29 de setembro de 2012

Acho que esqueci de dizer: Obrigada

No meio de todas as coisas que acontecem ao longo da nossa vida, é comum que esqueçamos de revisitar momentos importantes e dar o devido agradecimento àqueles ou àquelas que foram e são tão importantes para nos dar força nas nossas lutas empreendidas nessa vida.
E hoje, eu quero agradecer a você. A você que foi, por muitas vezes, meu único companheiro, meu único amigo que estava por perto.
Obrigada por ter sido meu irmão, meu pai, meu professor. Obrigada por ter sido a família que eu não tive a meu lado.
Obrigada por me acompanhar pra onde quer que eu fosse, por me compreender e me acolher. Por abraçar minh'alma nos momentos em que eu mais precisava.
Não tenho mais nenhum saco pra sites, fãs, fofocas, inutilidades e toda essa merda. Não nasci pra isso. Talvez tenha mais o fazer, ou talvez seja o meu espírito que clama por evolução.
Não lembro de mais nada que, há algum tempo atrás, eu facilmente decoraria... Isso não me importa mais. Agora o que fica disso tudo é o sentimento. O tal do sentimento, força que pode revolucionar uma conduta e impulsionar a vontade de ser uma pessoa melhor.
Sempre que eu ouvir "Man in the Mirror", vou lembrar da menina que via pelas primeiras vezes seus dvds e sentia a maior força que já sentiu na vida. O coração saltando, as lágrimas brotando. E a mudança se fez, e permanece nessa menina.
Quando eu ouvir "keeping you head up to the sky/ keeping your mind up stay alive/ gimme your wings so we can fly", lembro de uma menina tentando sobreviver ao seu limite físico e mental. Sempre vinha aquele recado para não desistir nos meus ouvidos.
Eu não me sinto idiota, porque sei que você tem essa consciência do quanto influencia a vida das pessoas. E, mais uma vez, obrigada por isso.
Dói muito ser diferente de todos que estão ao nosso redor, nós sabemos disso, mas você é meu exemplo de que vale a pena buscar o conhecimento, impulsionar a vontade e munir-se de força para a luta árdua. Você é minha inspiração.
E hoje, tenho plena convicção de que se colhe aquilo que se planta. Eu terei notícias felizes pra compartilhar com você, não sei se em breve, não sei se daqui a 30 anos... Afinal, meu querido, o que importa é o caminho que estamos trilhando. O que há no fim desse caminho? Ora, não há mistério. No fim do caminho, está aquilo tudo que eu quero.
E até esse dia chegar, serei grata. Não tenha dúvidas.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Em construção

Fiquei por uns instantes olhando pra home do Blogger, pensando se deveria escrever no meu diário pessoal ou no meu diário público... E considero que seja importante dividir algumas coisas que vejo através do mundo que carrego dentro de mim, com outras pessoas.
Tenho pensado muito nas contradições às quais nos submetemos. Quantas coisas sem o menor sentido...
Quantas vezes temos um objetivo e um sonho, e tudo que fazemos nos encaminha cada vez mais longe do que queremos. Vamos no sentido contrário sem querer. Coisas que recriminávamos anteriormente, hoje fazemos sem o menor peso na consciência. Coisas que defendíamos com unhas e dentes, hoje nós largamos de mão, ignoramos.
Não é vergonha localizar estes erros dentro de nós. Mas talvez seja vergonhoso manter-se voluntariamente no mesmo erro. O que é viver, afinal? Ver o tempo passar e destruir tudo aquilo que um dia sonhamos conquistar?
Tem alguma coisa errada.
Exemplo clássico que eu já vivenciei. Pessoa ouvindo um funk daqueles do seu lado, mostrando o repertório pros amigos. O que você subentende pela escolha? Isso aí mesmo que você pensou. Não mais que de repente, começa a cantar com emoção aquela música número 1 de casamentos evangélicos, 'ontem, namorada, noiva, agora sua mulher', sabe?
Quem é essa pessoa, na verdade? O que diabos ela quer?
Claro, é uma comparação pobre, gosto musical é algo muito 'volátil', porém é algo que ilustra o quanto as pessoas levam suas vidas de forma contraditória. E depois reclamam e não entendem do que está acontecendo.
É fato que felicidade é algo difícil de sustentar. A verdade é que não temos um estado de felicidade, temos momentos de felicidade. Infelizmente, a dinâmica do nosso mundo atual, com as coisas mudando rapidamente, influenciam os indivíduos a 'enjoar' de uma coisa muito rapidamente. E isso é uma barreira muito grande pra que aprendamos enfim a conservar e prolongar este estado de felicidade. Tudo parece meio rotineiro e chato... 
Mas aí é que está o grande mistério da vida, encontrar nos simples e corriqueiros momentos os motivos para seguir em frente, sempre tentando ser uma pessoa melhor.
Eu já passei por muitas dificuldades ao longo da vida, dos mais diversos âmbitos. Hoje, eu sinto que cheguei em um lugar que não pensava que fosse alcançar tão rápido. No entanto, a necessidade imperiosa me fez tirar força de não sei onde para completar muitas metas que foram traçadas. E só essa experiência pessoal me permite visualizar certos fatos da vida de uma maneira diferente.
Eu vejo o que falta em mim e o que sobra nos meus semelhantes, e percebo claramente que ninguém se sente completo. E isso é tão inevitável, às vezes... É tão natural, é da natureza inconformada e imediatista do ser humano achar que não tem nada e não perceber o que tem ao seu redor.
Todos os problemas são difíceis, todos os problemas tem seu peso e sua importância, para qualquer que seja a pessoa, qualquer que seja o contexto. No entanto, gostaria de dizer aos que amo que seus problemas não são tão grandes quanto parecem... Às vezes, são coisas tão objetivas, que são resolvidas com foco, determinação e perseverança. Quando o sonho é presente e forte, isso se constrói de maneira muito produtiva.
Agora, aqueles problemas em que não nos alcança resolvê-los, e para aquelas situações em que não há solução, mais do que esses atributos, você precisa de coisas que eu considero muito mais complicadas de se construir: paciência, confiança em si mesmo e confiança no futuro.
Este é o momento que eu estou vivendo.
E por isso, por entender a todos que enfrentam problemas, desejo que todos os meus amigos queridos, pelos quais tenho grande admiração e respeito por me suportarem, possam encontrar as respostas às suas perguntas. E se um dia eu puder ser útil, ficarei feliz em poder contribuir.
Sei que também estou perdida, mas por estarmos todos no mesmo barco, quem sabe seja mais fácil enxergar o farol que pode nos guiar à terra firme.

sábado, 23 de junho de 2012

Um novo começo

É.
Há algum tempo, nenhum momento parece ser o melhor para escrever.
Talvez seja o momento ideal para voltar atrás e processar aqui uma mudança.
Dei uma olhada nos meus últimos posts e me lembro muito bem de como iniciei este ano de 2012. Completamente sem esperanças e perspectivas de que pudesse acontecer algo de bom. E isso de uma certa forma acabou se refletindo nas perspectivas de escrever algo decente. Não me interessava nem um pouco ter um assunto para desenvolvê-lo. Para quê?
Muitas coisas aconteceram este ano até então.
Finalmente, eu consegui me formar. Em circunstâncias muito adversas, eu concluí meu curso. A via crucis que tive que percorrer para contar esta realização hoje foi tortuosa. Por muitas vezes pensei em desistir, mas eu não podia mais. Há caminhos que não nos dão a chance de voltar.
Depois de estudar incessantemente feito uma filha da puta desde agosto do ano passado, eu consegui o que mais queria: um emprego. O campo da nutrição está cada vez mais fechado para os novatos, e era isto que mais me tirava a minha energia para continuar lutando. Pensava eu, do que adiantaria lutar tanto, fazer tantas coisas, para no fim não poder mostrar do que sou capaz?
Graças a Deus, tudo deu certo no fim. Só eu e Ele sabemos o que eu passei. Minha mãe teve umas amostras da situação, mas nada que se compare.
Eu sobrevivi à total falta de ânimo, sobrevivi às crises nervosas e às doenças psicosomáticas. Sobrevivi. E hoje posso contar com tranquilidade e com um sorriso no rosto tudo que passei aos amigos.
Agradeço imensamente a todas as pessoas que me ajudaram nesta caminhada. Foi o fato mais surpreendente de toda a caminhada. Agradeço tanto aos que me apoiaram voluntariamente e por acreditar em mim, tanto àqueles em que as circunstâncias me fizeram depender de suas decisões para que eu pudesse me formar em caráter extremo de exceção. Muito obrigada!
Aos poucos amigos que puderam acompanhar estes momentos e que não se furtaram em me dar todo o apoio possível, mesmo que eu já estivesse completamente louca e desequilibrada emocionalmente, eu agradeço a vocês.
Eu agradeço à minha mãe, tadinha, que testemunhou no mínimo umas três crises brabas de choro que não me deixavam nem dormir, e por todo o apoio logístico empreendido (casa, comida, roupa lavada e passada, etc, etc) muito obrigada.
Foi uma grande realização na minha vida poder trabalhar. E ter que trabalhar com os pacientes mais graves, principalmente, uma lição de vida e uma lição de que a busca pelo conhecimento deve ser permanente, pelo bem do próximo. E também pelo meu bem, porque essa coisa de só fazer uma coisa por dia, ou seja, trabalhar, não sei, pra mim parece muito pouco!
Essa conquista reavivou muitos sonhos, muitas esperanças dentro de mim. Ter o mínimo de independência é ótimo, e com isto quero mudar muitas coisas. Ao mesmo tempo e agora. Mas ainda tenho que ter paciência para esperar o momento certo para isso.
Felicidade é um estado muito efêmero e inconstante, por vezes. Mesmo com tantas alegrias, algo parece faltar. É como se uma parte da história não tivesse sido escrita.
Tenho raiva de mim mesma por me sentir triste às vezes. Mas acontece, ou melhor, tem acontecido. Ainda não sei exatamente como mudar essa situação, mas sei que não é com inércia que as coisas vão se resolver.
Além de todo esse turbilhão de emoções, nesse ano também acabei conhecendo uma nova forma de pensar e de ver a vida. E é sempre assim, as coisas sempre aparecem na hora certa. Definitivamente, este é o momento decisivo para que eu possa refletir sobre tudo que fiz e tudo que eu posso fazer, para poder definir meus novos rumos como pessoa. Preciso me conhecer melhor, apreciar minha própria companhia, lutar contra as coisas que não me deixam ser uma pessoa melhor.
Não é algo que se conquista de uma hora para outra, e tudo isso exige paciência. O que é muito difícil, porque nossos vazios internos vão nos consumindo, sugando nossas motivações e destruindo as nossas esperanças num amanhã melhor. Mas eu tenho que lutar, todos nós temos que resistir, para o nosso próprio bem.
Sei que tudo o que fiz valeu a pena, por mais que ainda não tenha colhido tantos frutos como esperava. Ainda pego longos trajetos no ônibus cheio, ainda moro na mesma casa, com as mesmas roupas velhas, a mesma miopia de sempre... Quase nada mudou. Mas não vai demorar para chegar onde quero, quero crer nisso.

domingo, 10 de junho de 2012

Antes tarde que nunca

Talvez seja tarde para o presente post, porém não considero justo deixar de registrar algo importante.

Deixar seu legado, tornar-se imortal. Temas que se tornam tão surreais em nossas vidas corriqueiras. No entanto, este é o nosso objetivo, em cada uma de nossas ações, sem nos darmos conta.
É para isto que estamos aqui. Para sermos presentes. Para que nossos sentimentos se multipliquem nos corações dos que amamos.
Para que a morte não conduza a nossa alma à inércia.
Donna, Maurice, Robin, vocês chegaram lá.

Maurice Gibb - Closer than Close




Robin Gibb - Boys do fall in love




Donna Summer - I feel love

domingo, 6 de maio de 2012

O ensinamento na onipresença

O passado é aquilo do que não devemos nos esquecer. Pois passado esquecido é vida jogada no lixo. O passado, quando vivido na perspectiva de uma vida consciente, reflete o nosso caminho percorrido para chegar aos objetivos que queremos conquistar.
Hoje, estou dando uma limpa no passado. Tirando diversos papéis que guardo inutilmente no armário, e que hoje não tem mais o significado de ontem. Não vou parar um momento da minha vida hoje para estudar minhas matérias de física, por exemplo. Recordações são importantes, mas as mais importantes nos atingem de forma sensível, estimulando nossos sentimentos e sensações, e não na forma física, na forma de amareladas folhas de papel.
Tudo vai virar rascunho, pelo bem do ambiente.
No momento, estou com uma dessas folhas na minha frente. Chamou-me a atenção a presença de uma letra que não é minha, porém conhecida, que traz os seguintes dizeres: "I hate you and wish you dead".
A folha? Mero rascunho.
Este momento? Fica para a posteridade.
Deus, ou vida, ou destino, obrigada pelos ensinamentos.


domingo, 15 de abril de 2012

Adeus

Astronauta ou Samba da Pergunta


Ela agora mora só no pensamento
Ou então no firmamento
Em tudo que no céu viaja
Pode ser um astronauta
Ou ainda um passarinho
Ou virou um pé de vento
Pipa de papel de seda
Ou quem sabe um balãozinho
Ou está num asteróide
Pode ser a estrela d'alva
Que daqui se olha
Pode estar morando em Marte
Nunca mais se soube dela
Desapareceu...
Pode ser um astronauta
Ou ainda um passarinho
Ou virou um pé de vento
Pipa de papel de seda
Ou quem sabe um balãozinho
Ou está num asteróide
Pode ser a estrela d'alva
Que daqui se olha
Pode estar morando em Marte
Nunca mais se soube dela
Desapareceu...
Desapareceu...

sábado, 24 de março de 2012

A dois passos


Uma alpaca carismática com um Cruela Devil style. Essa foi a coisa mais legal que vi em toda a semana.
Sem dúvida alguma, esta foi uma das semanas mais inúteis de toda a minha existência. Nada que você planeja acontece... Mas não faz mal.
Posso dizer que estou em uma espécie de estado de quiescência. Esperando.
Aguardando, da forma mais paciente que eu puder, uma mudança expressiva nos rumos da minha vida.
Guardando minhas energias para o momento certo, para  as horas que serão decisivas.

Enquanto a revolução não passa de uma guerra fria, bem, vou ficando com a agradável companhia da alpaca mesmo.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

São Joãosinho Trinta, acuda!

Não odeio o carnaval. O que odeio é o profundo tédio proporcionado por esta data comemorativa.
E para piorar, esta minha vibe de total estafa com as coisas simples da vida invadiu também o Carnaval. Todo mundo sabe que sou rata de desfile de escola de samba, mas nem pra isso estou com saco. And now, Joseph, what do I do?
Aí sim, começa a crise. Pois Carnaval é uma data muito democrática, por natureza.
Se você quiser, pode viajar para outra cidade menos movimentada e descansar. Ah, sim, e se você tiver dinheiro pra isso.
Ou pode ficar chocando ovos em casa, virando noites com os desfiles do Rio (São Paulo ignora da sua mente, claro)
Ou... Pode buscar aquele tipo de diversão que classifico como questionável, que é aquela em que as pessoas vão a blocos de rua, tem suas carteiras roubadas, ficam em filas de banheiros químicos ou são presas após mijar na via pública e ficam na agradável companhia de umas 100 ou 200 mil pessoas bêbadas. Tengent que gosta, quem sou eu?
E tem aqueles que ainda fazem isso por achar o Monobloco a oitava maravilha do mundo, OI?
E então, quando você não se enquadra em nenhuma dessas adoráveis alternativas.
...
Isso aí, bom carnaval pra você também.

P.S. Um abraço, Chico Pinheiro, LOVE U!



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Vida breve

Eu que já tinha até desistido de colocar aqui as minhas aventuras dessa semana. Boas notícias chegaram, uma virose bizarra me abateu e bastante preguiça no resto das horas livres. Definitivamente, nada muito interessante.
E aí, você abre o diacho do twitter, que agora só me traz notícias que não quero ler. Está na minha lista de exclusão.
Sendo muito objetiva com meu discurso, eu só me comovo com o que me emociona, e isto não é redundante. Não troco meus sentimentos por qualquer troço que se vê por aí.
A senhora Whitney Houston se foi, e de um modo que eu sei explicar, pôs fim ao que seria um domingo comum e tedioso.
E eu sei explicar o porquê: ela sempre me emocionou profundamente.
Não sei muito da vida dela, não tenho nenhum CD dela, mas não é isso que vai me fazer sair por aí lendo milhares de sites e comprando tudo que vai aparecer nas liquidações que estarão em breve nas Lojas Americanas (até porque a verba do mês já acabou).
O que eu preciso saber, eu já tenho comigo.
Esta é uma grande lição que Michael me ensinou. Chegou um dado momento em que percebi que não precisava saber o nome de todos os seus 27 irmãos para mostrar que o amava. Porque o que interessa é aquilo que sinto quando o ouço cantar Man In The Mirror, por exemplo. E toda aquela emoção me vem à tona. E eu lembro daquilo tudo que realmente preciso.
A última diva de nossa era acabou de ir embora, com uma morte ao estilo de diva, preciso comentar. A voz mais exageradamente perfeita, que conseguia ir até o tênue limite do brega e do divino.
Fico pensando em todas as vezes que fiquei dublando Whitney no conforto do meu lar com o rádio no último volume, com meu inglês sofrível e trejeitos debochados. Acabou de tocar I will always love you, e não consegui acompanhá-la, tive que me calar.
Não sei se um dia vou conseguir repetir esta façanha.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Como se três prédios caíssem na sua cabeça

Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer.
Jurei que ia começar a minha segunda feira com este pensamento. Fui perseverante e insistente. Dar novo sentido às coisas antigas é muito difícil e demanda tempo. Ainda mais quando você não pode instituir alguma espécie de dedicação exclusiva para a sua vida. Ou melhor, para a desfragmentação e reconstrução da sua vida.
Em alguns dias, você acorda destinado a ter um bom dia, a ver e a ouvir as coisas mais carinhosas das pessoas. E trabalhar com clínica te traz umas bençãos vez por outra. Coisas que te emocionam e te sensibilizam de forma muito especial. O que eu faço é algo muito ridículo, muito insuficiente, mas quando mesmo este pouco faz bem a alguém, eu me sinto muito feliz.
Ah, a sensação de dever cumprido! Sensação efêmera esta, porque quem busca desafios, está sempre com deveres pendentes...

A monografia e eu... A monografia e eu... Mais um ano se passou e nem sequer ouvi falar seu nome!! 
A bendita, ou quem sabe maldita, monografia. A que me amedronta e me angustia. Péssima hora para despertar o máximo da sua capacidade de ordenação de ideias, discussão e criatividade. Deviam pedir pra fazer esse troço no quarto período, quando a gente ainda tem medo de alguma coisa e tem saco de alguma coisa. Depois de 5 anos? Você quer é que todo o mundo se foda! Eu particularmente não tenho mais condições físicas (será que se eu levar o laudo da escoliose eles me liberam?) nem emocionais (vou ter uma crise depressiva na secretaria, talvez me passem direto) para empreender tal projeto.
Ah, vá, nem estamos tão mal. Eu tinha que escrever 15 páginas até esta semana. Escrever 5 até o momento.
Pode dizer Uhul?

Bom, o que mais fiz esta semana?

Eu dormi. Bastante. Muito mesmo.
Mas além deste fato muito relevante, na quarta feira eu estava fingindo para mim mesma que estava fazendo algo relevante na minha monografia e então três prédios caíram no Centro do Rio. E eu tomando sustos HOMÉRICOS com a vinheta de 'Urgente' da JB Fm. As vinhetas são boas porque já te deixam nervosas e apreensivas antes de saber o que é.
Admiro a capacidade que a imprensa tem de perceber o que é uma notícia importante e uma notícia que interfere na história de um país. Pena que não temos esta capacidade. E aí as oportunidades que a gente deixa passar porque não percebeu que pertenciam à tag urgente. Agora já era.
Eu sou uma pessoa muito fria quanto a tragédias, digo, a maioria delas. Porém, há muito tempo uma destas não me chamava novamente ao planeta Terra. Muito se discute nestes casos de quem é a culpa, o que acho justo pela memória de quem perdeu a vida. Porém, este tipo de coisa me faz parar para pensar em vida e em Deus. E em que merda estamos fazendo aqui.
Isso é uma tragédia. Algo que reuniu uma infinidade de condições para que aquelas pessoas estivessem ali naquele horária. Você, cara pálida, já teve preguiça de ir a um curso de informática. Algumas vezes você faltou, algumas vezes você foi obrigado, porque a tua mãe ia te encher de porrada se você não fosse. Dentre outras milhões de intempéries que podem modificar a tua vida para que você esteja em determinado lugar para viver determinada situação.
Estes prédios também caíram de forma metafórica na minha cabeça. Quantas são as pequenas tragédias que construímos nas nossas vidas, com quantas derrotas já nos 'autopunimos'. Tragédias autoimpostas, não são reais.
Acontece que a vida não é bem assim. A gente não muda tão rapidamente e não modifica nossos hábitos emocionais mais íntimos num período tão rápido quanto o tempo que a imprensa levará para esquecer este caso.
Moderação. Essa é a minha palavra de ordem.
Calma. Essa é a palavra que tenta dominar minha emoção.
Enquanto der, enquanto eu puder, vai ser isso aí. Eu vou dormir, eu vou cumprir meus compromissos nas horas vagas, eu vou deixar minhas unhas cor pistache borradas, eu vou caminhar pacientemente até onde estiver a minha paz, eu vou moderar minha raiva e minha intolerância, eu vou ter calma para esperar as respostas que procuro.
Até quando eu aguentar. 

domingo, 22 de janeiro de 2012

Resoluções das próximas segundas para o resto da vida

Domingo é um dia instável.
A preguiça, e a vontade de resolver todos os problemas, e o desânimo, e a tristeza, e o tédio, e uma inesperada vontade de começar tudo outra vez.
E assim não dá para ser. Porque desse modo, o ano se incia de maneira lamentável em diversos sentidos.
Nunca é o melhor momento para se prometer qualquer coisa. Mas aí vou eu.

A partir de segunda, eu vou dar valor ao que realmente tem valor, e não vou dar mais atenção ao que não me leva a paz.
Eu vou reconhecer que amo, simplesmente isso, e vou desprezar tudo aquilo que me leva a odiar.
Nada é tão ruim quanto parece, e nada é tão bom que não possa ficar ainda melhor.
Prometo que vou me dedicar às coisas que são de minha responsabilidade. E vou tentar fazê-las da melhor maneira possível, mesmo que esteja de saco cheio há milênios disso tudo. 
Lutas são empreendidas a todo momento, a cada segundo. Sei que pelo menos algumas delas eu vou vencer, e já estou vencendo.
Não é o melhor dos meus dias, mas é o que eu tenho. Só quero passar por estas fases sem dever nada para ninguém. E quero passá-las sozinha mesmo. Nunca foi muito diferente disso, mas eu sinto que agora é o mais sábio.
E eu prometo que a partir de segunda, eu começo a abolir a gordura saturada da minha vida.
Mas isso aí é só amanhã mesmo. Só amanhã.