Por que eu?
Por que tudo sempre acontece comigo?
Por que tudo que eu penso é tão diferente do resto do mundo?
Aqui vou tentar explicar, na medida do possível, os meus motivos para... Ah, para um monte de coisas!
Antes, é importante explicar que, por ser uma pagina do blog, meus comentários não estarão divididos por posts. Então, eu vou inserindo os comentários mais atuais sempre no topo da página.
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1) Por que eu não gosto da Madonna?
Por vários motivos... Vou tentar enumerá-los:
1- Dizem que ela é a rainha do pop... Mas, de verdade, eu nunca achei que ela cantasse nem dançasse tão bem assim. E estou falando isso em relação ao que pensava desde antes de ser admiradora de um tal rei do pop. Porque, atualmente, se eu for comparar, só vou perceber mais a insignificância de Madonna. As poucas músicas que ouço dela, são aquelas que tocam às quatro da tarde na JB FM. Ou seja, aquelas mais bobinhas e lentinhas. O cara que diz ‘lagrimas de tristeza no me dejan olvidarte’ me transmite mais emoção do que a própria. E mesmo essas, eu ando pulando, ela está me dando no saco.
2- Quando eu penso em Madonna, a primeira imagem que me vem a mente é a imagem de um show. Um daqueles shows bem do início dos 90’s, em que ela ficava numa cama com dois homens, com tetas elaboradas com chapéus de festa de aniversário infantil feito com papelão. Nunca achei isso legal. Michael ia fazer algo parecido em Dirty Diana : deitar numa cama vermelha com as suas dançarinas e a pole dancer, fazendo com que o trem pegasse fogo (não sei em quantos sentidos, cof*), e certamente com algum efeito de sumiço do palco... Mas de uma coisa eu tenho certeza absoluta: Michael não estaria com tetas elaboradas com chapéus de festa de aniversário infantil feito com papelão. Não mesmo.
3- Eu me lembro de ter visto um de seus filmes numa dessas minhas madrugadas improváveis. Fiquei curiosa, por ser a Madonna atuando há mil anos atrás. Mas ela me pareceu uma pessoa muito chatinha, tentando interpretar uma moleca travessa que estava sendo ‘escoltada’ por um cara muito babaca. A história não ajudava, e ela muito menos. Dormi no sofá, muito chato...
4- Uma pessoa que não permite que ‘serviçais’ olhem diretamente em seus olhos e que anda de modo a ignorar totalmente o resto do mundo que a ‘adora’, não merece o título de diva, nem de rainha. Como diria minha querida amiga Queila, “se não tem educação, pelo menos finge”.
5- Ela é realmente uma pessoa muito envolvida em causas humanitárias... Veio ao Brasil, participou de jantares com vários ‘bam-bam-bans’ como Eike Batista para captar Money, maravilha... E fez suas tentativas com a Prefeitura do Rio e o Governo do Estado. E desse último, conseguiu apoio. Olha, eu não vejo problema nenhum nisso, já que o nosso governo tem um caixa muito estável. Madonna, aqui, as nossas crianças tem direito a uma educação e saúde de qualidade, e elas NÃO morrem vítimas de bala perdida dentro de salas de aula, com um lápis na mão. Diva, aqui a nossa população é muito bem atendida, vivemos sem medo e sem pobreza. Por isso, pode levar a porra do meu dinheiro, afinal aqui no meu estado ele não é tão necessário assim.
6- Eu ignorava a Madonna até que eu ouvi Michael falando mal dela feito uma maricota fofocando com o seu rabino-conselheiro espiritual! “And ‘M’ is one of them... Madonna”, haushaushas. E tem coisa mais gracinha que ele falando “she’s a nasty witch”? Haushaushuahsuahs, eu ri disso uns dois meses! E acho que, de tanto repetir isso para mim mesma, acabei introjetando a idéia.
E, finalmente, o que eu creio ser o motivo real. Até aqui, era só zoação, só rivalidade besta e, de um ano para cá, só uma clara comparação com Michael Jackson. Mas tem algo que é muito pessoal. Não sei na verdade se é mesmo pessoal, mas eu encarei como se fosse. E tem a ver com o Santa Marta, como muitas coisas da minha vida...
No dia em que fomos ver a colocação da estátua e tals, passamos um dia inteiro lá. Num dos momentos em que estávamos conversando com um funcionário da obra, acabou surgindo a comparação entre Michael e outras celebridades que usaram o morro como cenário. E o respeito que a comunidade tem por MJ é algo que eu nem preciso mais escrever. E o homem, testemunha dessas invasões pop à favela, contava as suas impressões sobre a frieza de Madonna com relação às pessoas. Eu não me lembro muito bem como era a história (faz mais de um mês e eu tenho memória de ameba com Alzheimer)... Mas parece que, quando a Madonna veio, tinha uma menina na comunidade que estava com câncer, e a apresentaram à superstar. Talvez até na esperança de que ela pudesse se prontificar a ajudar em alguma coisa, o que não aconteceu. Eu acho que ninguém é obrigado a fazer nada que não queira. Não é porque ela é quem é, e tem a conta bancária que tem, que é obrigada a ajudar todo necessitado que vê pela frente, se não sente isso no seu coração. Mas sabe o que eu pensei?
Lá pelos idos de 2000, Michael realizou o sonho de um garoto que estava morrendo de câncer. Poucas esperanças de vida, já sem o baço e um dos rins... Como um de seus ‘últimos’ pedidos, conhecer seus humoristas prediletos e o rei do pop. Michael abriu sua casa para a família do menino, ajudou no que pôde. Viu esse menino se curar, quase que inexplicavelmente. E o que aconteceu?
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E se você que está me lendo agora é um leigo no assunto, e ainda tem dúvida da inocência de Michael, mesmo depois de um veredito, só faça duas coisas: leia a transcrição do processo, somente a primeira parte da abertura de Tom Sneddon, o promotor. Se você achar algum sentido no que ele expõe, e a própria circunstância temporaaaaaaal do acontecimento do suposto crime (já to dando dica), eu te dou uma bala Juquinha. E pesquise o passado da família Arvizo, e o que fez Janet Arvizo, a mãe....
Eu pensei em tudo isso em dois segundos. Eu senti uma revolta tão grande, porque não se é obrigado a ajudar ninguém... E quem ajuda recebe o quê em troca? Eu senti uma tristeza tão grande, tão grande, tão grande. Se tivesse passado uma corrente de ar um pouco mais forte, eu teria falado. E chorado muito. Eu nunca segurei o choro com tanta habilidade em toda a vida, eu não sei como consegui. Por vezes, eu quis comentar isso com a Liss naquele dia, até no mesmo instante que o cara falou, mas sei lá, preferi deixar por isso mesmo. Preferi deixar pra hoje.
Acho que desde então, eu não vejo mais graça na rainha do pop. Ela não tem absolutamente nada a ver com o que aconteceu com Michael, mas tem conexões que o nosso cérebro faz que nem o próprio Deus que o criou pode conseguir explicar, acho eu.
Madonna, continue com suas tetas, continue achando que canta, continue beijando a Britney na boca. Que se foda.
*Atualização: Contribuição de LuaCarol para esta página:
