sexta-feira, 26 de junho de 2009

E a Dona Morte sempre nos mostrando a sua força, e sempre surpreendendo....

É.
Parece que muita gente não vai esquecer o que aconteceu no dia 25 de junho de 2009, pois esse foi o dia que a música pop, ou melhor, a música americana morreu.
A música americana nunca existiu realmente. Se existe alguma música genuinamente americana, ela seria o country e os ritmos afro-americanos isolados, blues, soul, e por aí vai. Mas falando sobre a música de exportação americana, ela morreu na quinta.
Nada de muito bom tinha surgido nos últimos anos, e a morte de Michael Jackson só vem pra marcar um ponto na história do mundo: as coisas nunca mais vão ser como antes.
Vou dizer que, quando ouvi a primeira referência sobre o fato, eu deixei pra lá, não acreditei muito, mas o fato do MTV na Rua terminar com o clip do Michael, assim, do nada, foi um pouco estranho. Até que vem a Luisa Michelleti dar a notícia oficial dos estúdios do Notícias MTV da morte do astro. E o engraçado é que só uma hora depois, ao passar o jornal nacional, eles não davam a notícia de que ele estaria morto, só falavam que estava no hospital por causa da parada cardíaca. Mas tudo bem, isso é coisa de Globo, esse tipo de suspense, que eu nem vou comentar. Prefiro acreditar que estavam esperando mesmo a confirmação da CNN.

Uma quinta de choque e uma sexta de reflexões.
Muita gente morre todo dia. Muita gente mesmo, principalmente numa cidadezinha perigosa chamada Rio de Janeiro, cujos motivos você pode ver aqui. E então, porque quando uma única pessoa morre, e ainda por cima de causa 'natural', por que há tanto alvoroço??
PORQUE É O MICHAEL JACKSON, SEU ANIMAL!
A Mtv e a indústria dos clipes não seria a mesma sem Michael Jackson.
Todas essas boybands não existiriam sem Michael Jackson.
E quando se diz que ninguém é insubstituível (frase cruel essa...), ok, ela tem valor no mundo da música.
Se não tem cão, caça com gato.
Se não tem Madonna, vai de Britney Spears.
Se não tem Beyoncé, vai de Rihanna.
Se não tem BSB, vai de N'sync.
Se não tem Ja Rule, vai de Snoop Dogg, Ne-Yo, ou qualquer coisa dessas.
E se não tem Michael Jackson? E se não houvesse essa pessoa na história da música? Hum... Só sei que se ganharia muito menos dinheiro na música, pois foi com ele que a música passou a ser um grande show, em todos os sentidos.

Tá, mas e daí? Qual a diferença que faz na minha vida que ele tenha morrido? De mudança prática... nenhuma. Mas me fez pensar que essa é uma grande estratégia da Dona Morte, sabem por quê?
Isso é pra gente perceber o valor de uma vida. Todas as vidas valem muito, mas quando qualquer uma delas se vai, não há a mesma repercussão de agora, com destaques até no site da Aljazeera. A Morte é convencida, quer mostra que tem força, e que a qualquer hora, pode ser um de nós que vai tomar um café na sua choupana.
A partir do momento em que uma pessoa do seu lado ou na sua vizinhança morre, e nós obramos pra isso (claro! vamos fazer o quê?), Dona Morte passa a ser banal. E ela quer ser popstar, e é fato que não podemos ignorar o seu trabalho. Daí, ao invés de cortar os pulsos pra chamar a atenção, ela leva nada mais nada menos que a segunda pessoa mais popular do mundo (só perdendo para Jesus Cristo).
E o engraçado é que metade do mundo deve estar, como eu, achando isso uma grande piada. Afinal, Michael Jackson não era imortal?
Ele parecia imortal. Sempre aparecendo nos jornais e revistas com polêmicas e bizarrices, acostumamo-nos com a sua figura atual, bizarra, estranha, envolvido mais no mundo do entretenimento do que na música, e parecia que não sairia mais dessa situação. Agora, olha como somos cruéis: fomos atacados por uma grande amnésia, parece que esquecemos de tudo que ele tinha feito de positivo e impressionante até agora.

Sentimento de obra inacabada...
O problema não é a morte. Isso acontece com qualquer um, e em grande parte das vezes não é esperada. Mas tudo bem, mesmo que ele tivesse 160 anos, sua morte nunca seria levada como algo normal, afinal esse sentimento de imortalidade está realmente no inconsciente coletivo.
O problema é que a morte vem no momento mais inoportuno possível, quando havia chance real das coisas voltarem ao normal. Ou pelo menos, que essa história teria um fim decente.
Eu fico pensando como deve estar a cabeça daquelas 750 mil pessoas que iam aos shows de Londres que começariam no mês que vem. (Um mês!) Quer dizer, iam para uma despedida, que por força maior não aconteceu.
E como deve estar a cabeça dos fãs? Eu prefiro nem pensar, porque se eu aplico a 'lei da alteridade', eu não durmo hoje.
E o pior de tudo. Seus filhos nunca viram o pai no palco, somente por vídeos, mas nunca ao vivo. O desejo de Michael era levar seus filhos na estréia dos shows de Londres para que pudessem vê-lo de volta aos palcos. Ai, cara, eu nem sei mais o que falar...

Pra você que não sabe quem é...
Pega uma horinha do seu dia e escolhe um dos setecentos e cinquenta programas que estão surgindo para falar um pouco da biografia de MJ. Principalmente os da MTV, que mesmo alguns sendo documentários bem velhos, são muitos bons.
Só pra constar, eu devo ter visto quase tudo que passou com esse assunto, só com o pretexto de convencer à minha mente e dizer que é real. Você pode estar achando estranho, até porque eu nunca disse que sou fã de Michael Jackson. E nunca fui.

E nessa história, 'quem é mau'?
Nunca fui fã, mas toda essa situação, a morte repentina e tudo que reapareceu na mídia sobre a sua história me comoveram muito.
Você pode ter achado tudo que eu disse até agora é uma grande besteira, mas preste atenção ao que eu vou escrever agora.
Com a morte de Michael Jackson, fica provado que não só o excesso de gordura na alimentação, o fumo, as causas externas como a violência são os culpados das mortes. Muita gente morre num lento e progressivo suicídio. E isso é cada vez comum.
Chega a ser injusto uma pessoa tão genial, tão importante pra história do mundo, terminar sua trajetória de uma forma tão triste, e pelas suas próprias atitudes autodestrutivas. O pior é saber que isso não foi, de forma nenhuma, sua própria escolha.
Michael tinha um câncer. Um câncer na alma, que se iniciou há muito, muito tempo. E não há dúvidas que o agente iniciador e promotor desse câncer foi seu pai. E, inevitavelmente, a própria fama acabou atacando mais uma alma suscetível.
Quando dizem que a família é o mais importante, acredite. Ela realmente vem se mostrando o reflexo da sociedade. Se a sociedade está doente, é porque a família está destruída. Famílias vem destruindo sonhos, destruindo vidas, destruindo almas. Por isso, cuide bem da sua.

Não poderia haver tema mais triste pra se tratar, mas não poderia de deixar de falar o que estava entalado aqui na garganta.
Olha que máximo o Ricky Vallen falou sobre o assunto:
(...) O que me deixa chateado é que o cara fez tanta gente feliz mas não foi feliz. Viveu boa parte da vida com um monte de abutre em cima dele por causa do maldito dinheiro.
E Caetano Veloso:
(...) O que quer que tenha havido entre ele e aqueles meninos cujos pais o processaram, acho-o moralmente superior a esses pais. Michael é o anjo e o demônio da indústria cultural. A serpente do seu paraíso e o mártir purificador. Os talentos artísticos extraordinários frequentemente coincidem com vidas torturadas e enigmáticas. Michael era um desses talentos imensos.
Eu paro por aqui, mas se você ainda tiver paciência pro assunto, leia essa reportagem.
Alguns trechos:

Em 2008, ao jornal britânico The Mirror, Ne-Yo (que já escreveu hits para Beyoncé) disse ter composto e enviado por e-mail diversas faixas para Jackson. "Este álbum precisa ser melhor do que Thriller. [Jackson] quer melodias matadoras. Ele me liga de volta para dizer, 'Eu realmente gosto da canção três; na quatro o gancho poderia mais ser mais forte. Na número um, mude o primeiro verso... Ok, tchau". Click. E aí eu refaço e ele gosta, 'ok, estão perfeitas. Mande-me mais."

"Michael está muito nervoso. (...) Ele sabe que as pessoas querem que ele falhe. É difícil quando todos os olhos recaem sobre ele. E há tanta competição de jovens por aí...", disse Ne-Yo.

Em 2007, Will.i.am afirmou que Jackson estava trás de novas tecnologias para o trabalho - em particular, redes sociais e download. O frontman do Black Eyed Peas, que já assinou hits para Justin Timberlake e 50 Cent, assegurou que o artista não tinha perdido poder de fogo. "Cara, ele ainda consegue cantar como um pássaro."

Até mais. Preciso terminar de baixar minha coletânea de Michael Jackson. Já ouviram falar em mea culpa?

"Eu sempre quero que a música influencie e inspire cada geração. Quem quer a mortalidade? Você quer que o que você cria sobreviva, e dou meu máximo no meu trabalho porque quero que viva"
2007 - Revista Ebony

domingo, 21 de junho de 2009

Volte ao post anterior para entender esse aqui, é só um 'plus'

Um 'plus' só pra explicar o título. Descobri que um dos textos do espetáculo está disponível no blog do a(u)tor. Só um fragmento como aperitivo:
O amor é uma piada esperando uma desgraça para ser inventada.

O amor é uma piada esperando uma desgraça para ser inventada.

O amor é a pirâmide para quem nunca falou da antiguidade com amor.

O amor é a pirâmide para quem nunca falou da antiguidade com amor. O amor é este texto se eu tiver coragem de deletar este texto. Mas não tenho. Porque me falta amor. Mas posso te oferecer este silêncio. E te garantir que é o melhor da praça – e a praça está cercada. É o que mais sai – e não há saída. Ninguém nunca voltou para reclamar – porque ninguém aqui é bobo para não ver que reclamar traz o verbo amar embutido. Este silêncio é o melhor. É o campeão. Não vê o brilho nos olhos dele? É a autoconfiança de quem vai pra briga – no sentido figurado, porque porrada de verdade, soco no olho, é amor. E eu não vim aqui para te falar de amor. Estou aqui para interromper o silêncio. Por alguns breves segundos porque eu sei que é impossível. Porque aqui, sou apenas palavras sobre uma página. E isso também é amor. Deste modo, não há remédio senão calar.

Era um silêncio suicida. À espreita de um grito, rajada, freada, sirene, explosão.

Era um silêncio porra.

Gotejando da palma da minha mão.


E pra não fugir às origens... Fofoca! ajajajajaajajaja

Thalma de Freitas e Michel Melamed trocam carinhos no Rio


Michel Melamed chegou de mãos dadas com a atriz e cantora Thalma de Freitas no Teatro Sesc Ginástico, nesta quinta, 11, no Rio de Janeiro.
No local, os dois trocaram abraços e olhares. O ator está em cartaz no Sesc com três peças: Regurgitofagia, Anti-Dinheiro Grátis e Homemúsica.
Thalma de Freitas e Michel Melamed trocam carinhos no Rio de Janeiro
A dupla chegou de mãos dadas durante a estreia do projeto Trilogia Brasileira.

Ah porra, não é possivel! A astralidade invadiu até o mundo cult?
Tô planejando fazer um post sobre isso. E essa notícia é a gota d'água! hahahahahahaha

sábado, 20 de junho de 2009

Eu não faço silêncio porque amo tudo que sinto e percebo....???

Essa semana fui ao teatro (2ª vez)! Sabe aquelas coisas que você olha diz: “cara, não posso deixar passar!”. Então, quando olhei cartaz do “Trilogia Brasileira” dando sopa pela cidade, não perdi tempo e fui ao computador (da faculdade, diga-se de passagem) pra ver onde, quando, como ir até ela.

Como o espetáculo é daquele tipo que não se sabe se as pessoas que eu conheço vão gostar, não fui muito longe para encontrar uma companhia: tenho uma dentro de casa, mamãe. E o melhor, ela paga! Haha.

E quando se abrem as portas da esperança, lá está o digníssimo Michel com seu look nem um pouco chamativo, com sobretudo e galochas pretas. Na mão, a corretinha do cachorro... cachorro? Na verdade, foi uma nota de 2 reais que ficou na ponta, e na verdade quem bebia água na tigelinha do dog era o próprio a(u)tor.

No meio do público, ele pede dinheiro. É isso aí, pro espetáculo ter dinheiro pra poder viajar pelo Brasil! Foi a todos os lugares, pediu a colaboração dos presentes. E para os fumantes, uma proposta irrecusável: não é permitido fumar no teatro, mas se faz parte do espetáculo, não há objeção. Então, se a pessoa desse dois reais, poderia subir no palco e fumar. A menina que foi até dividiu o cigarro com o a(u)tor.

Só que tem uma coisa que me esqueci de comentar.

Como eu disse, é uma trilogia, e esse seria o segundo espetáculo da trilogia. Quer dizer, eu pensei isso quando comprei os ingressos.

Por falar em ingressos, a comédia começou quando fui ao local comprar os tais tíquetes. Logo quando chego, tem uma menina comprando e dizendo “Moça, você precisa me dar o lugar mais perto do palco, eu AMO esse cara, pelo amor de Deus!”. E os bilheteiros dando risada. E eu também. Até que ela me pergunta: “Você ama ele também?”, e eu disse: “É, mas não com essa... intensidade, hahahaha”.

Dos três espetáculos, eu preferi levar minha mãe ao segundo. Pelo primeiro ter um conceito bem denso, a questão dele estar acorrentado e tals, fiquei meio temerosa de levá-la. Além do que era no meio de um feriado, o Centro estaria um deserto. E do último, eu não tinha visto nada, não tinha procurado vídeos sobre ele, mas parece ser muito bonito, porque é todo em cima de música.



Levei ao segundo porque “Dinheiro Grátis” tem uma interação voluntária da platéia muito legal e divertida. Um espetáculo pra dar risadas, mas também pra pensar, pra refletir sobre o lugar de cada coisa no mundo.

Tem uma hora que ele faz um leilão sobre o dinheiro, e uma das perguntas foi:

“Se dinheiro fosse um livro de Guimarães Rosa, qual livro ele seria?”

Um popular grita: VIDAS SECAS!

“Olha, você corre o risco de ser IMPUGNADA desse concurso!”

Hauhauahauhauahauhauhauaha!


Só que, eu tinha já observado que o nome tinha mudado: agora era “Anti-dinheiro grátis”. Deixei passar...

O espetáculo começa como o Dinheiro Grátis. Logo quando ele volta da sua “passagem de sacolinha”, ele vem como um velho rabugento reclamando baixinho e mostrando sua indignação. Ficou revoltado porque ele pediu a uma pessoa um real e ela ofereceu 1 centavo. Ele tava bem pertinho da gente. Minha mãe riu, ele disse pra ela “Não ri não, isso é revoltante!”, hahahaha!

Um centavo ele não queria, “O que é 1 centavo? Um centavo não compra nada!”.

Ele explica que o 1 centavo é uma coisa tão pequena que acaba carregando energia negativa. Se algo não está indo bem na sua vida, pode procurar que tem um centavo jogado na sua bolsa, no fundo do sofá, e isso explica a sua má sorte. Então, como ritual de iniciação do espetáculo, a idéia era jogar, de forma sincronizada, as moedas de um centavo... no palco!

Uma popular pergunta: pode ser moeda maior?

Na segunda leva de moedas do azar, ele diz que não tem problema, até porque uma moeda de 25 centavos tem o mesmo peso de 25 moedas de um centavo. Isso é verdade.

No meio das brincadeiras, ele nos questionava:

Matar ou morrer?

Mudar ou entender?

Tudo ia bem, até que ele diz que existem três tipos de pessoas na sociedade brasileira: a elite (‘se tiver algum representante aqui, é melhor não se manifestar’), a classe média e os miseráveis. Nisso, muda gente grita: uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuul, quase um é nóóóóis! E ele fala: mentira, quem disse que miserável vai ao teatro?

Ri horrores, porque me senti até bem. Não estou tão abaixo assim da linha da pobreza! Ajajajajajaja

Só que aí, ele diz que tudo aquilo é um erro. E sai. (Eu acho que foi nesse momento, minha memória guarda poucas informações e de forma misturada).

E aí, começa o Anti-dinheiro grátis. Uma autocrítica a sua própria obra. Passa no telão cenas do antigo “Dinheiro Grátis”, onde no final, o dinheiro que era recolhido e posto numa cartola no centro do palco era queimado. Aliás, Dinheiro Queimado (Plata Quemada) é um livro argentino muito bom! Virou até filme, mas eu não pude ver, porque era menor de idade ainda... Mas enfim, continuando.

Ele, agora sem o casaco, fica numa mesa lendo textos que mesclam crônicas com explicações acerca do finado espetáculo.

Eu tenho a maior humildade do mundo em dizer que não entendi nada do que ele disse. Eu sei o que os textos do Michel são muito densos, e vão encadeando vários assuntos, até que você se perde e não sabe mais sobre o que está lendo. Mas alguém mais acostumado a isso deve entender, afinal as críticas aos seus espetáculos são sempre muito boas, em jornal “O Globo” pra cima.

O problema não foi isso, mas sim o espetáculo que foi muito curtinho. Quando foram 20h, ele pega seu violão, dá uns acordes, e como no vídeo projetado mostram o fim do antigo espetáculo, ele levanta e agradece ao público do vídeo. E sai.

Isso eu tenho certeza que ninguém entendeu, porque todo mundo ficou sentado, esperando que a parada continuasse. A gente só caiu em si quando os caras abriram as portas do teatro, tipo: ‘bora, cambada, acabou!’. Quando eu levantei, o povo da fila central tava todo sentado, esperando ainda alguma coisa, hahahahahahahahahahahaha.

Bom, eu saí. Se eu procurar alguma nota na internet dizendo que o espetáculo continua para os persistentes, eu vou pedir reembolso do ingresso!

Matar ou morrer?

Mudar ou entender?

A gente tá aqui pra mudar o que está lá fora!

Foram as coisas que consegui fixar na minha cabeça que foram faladas no espetáculo, isso antes da peça mudar de figura, é claro.

Putz, você fica se perguntando sempre o que é mais importante, o que é mais urgente, e não encontra a resposta! Matar ou morrer é questão de sobrevivência: é bem melhor ‘descer a Graça Aranha matando geral’ do que pensar em deixar essa vida cruel, hahaha!

Agora, mudar ou entender é uma coisa que faz muito sentido. O mundo tá cheio de gente que fica muito preocupado em entender as coisas, e fala mais de mil vezes que ‘entende a situação’, mas que na hora da verdade, não faz nada para mudar a situação que ele tanto se esforça em entender.

Pessoas que se perdem muito nesse sentido são os cientistas, pesquisadores e afins. Muito estudam, mas pouco sabem sobre como agir, principalmente quando tratamos de seres humanos. Entender o que faz uma deficiência de tal coisa no organismo é muito ‘fácil’ de se elucidar atualmente, agora não vemos nenhuma atitude concreta que venha a mudar a situação dos deficientes, dos pobres, dos miseráveis.

Essa pergunta veio a calhar. No mesmo dia, antes da peça, estava conversando com uma colega da faculdade, em que ela me contava a decepção que sentia ao ver o que as nutricionistas de hospital faziam pelos pacientes: um redondo e grande NADA. Isso acaba com a ilusão de uma estudante que tem sonhos, e que vê a importância do papel social da profissão que escolheu. Tanto que o antigo desejo de trabalhar nesse local tinha virado fumaça. E não há nem como julgar esse pensamento, até porque, pra que comprar briga com as imprestáveis? Pra que demandar tempo, energias, estudo, para remar e remar e remar contra a maré? Pra que mudar?

Mas é preciso... Ah é! Hahaha.

Pra você ver como ainda há saída, há resistência a essa mesmice que a gente vê por aí, existe gente na minha futura profissão que não cacareja ao invés de falar.

A possibilidade de reflexão sobre si mesmo e sobre o seu papel faz do ser humano um ser único. Mesmo compreendendo a correlação de forças que determinam o atual modelo político-econômico do país, desse ser espera-se a ação. A reflexão e a ação, como constituintes inseparáveis da práxis, são a maneira humana de existir; isso não significa, contudo, que reflexão e ação não estejam condicionadas, como se fossem absolutas, pela realidade em que está o homem.

Lendo isso aqui, você diria que está num artigo de nutrição?? Falando sobre restaurantes comerciaise adequação a normas da Anvisa????

É esta reflexão sobre si mesmo e sobre o seu papel social que se espera do responsável técnico e em especial do nutricionista.

Voltando ao Michel, procurei alguma crítica sobre o novo “Anti-dinheiro grátis”, e acabei achando uma blogueira que certamente tem a capacidade mental plena pra entender tudo que foi falado na segunda metade da peça e... ah, clique aqui e veja.


Ai, ai, só sei que, continuo achando esse cara o máximo!

Ser leve e sexy é algo fundamental (risos). São os maiores predicados de alguém, além da doçura e força.

sábado, 13 de junho de 2009

Aguém tá me ouvindo?



Perdão pelo tempo distante do blog. E volto para dizer que ficarei mais tempo longe.
Eu quase tomei coragem pra escrever, mas hoje eu estou com preguiça até de comer. Pra você, caro leitor, ter noção da minha insanidade momentânea (uma coisa provisória, claro), acabei de fazer uma revisão mental pra verificar se eu já tinha tomado banho. Se você ficou curioso, sim, eu já tomei banho. E se não tivesse tomado, ia ficar por isso mesmo, tá um frio do cacete...
Um dia eu volto pra explicar como tem sido as últimas semanas.
Beijão e cuidado com a insanidade momentânea.
E é isso aí, seguindo em frente... "Chutando bundas!"
"E se colocar a perna na frente, a gente chuta também!"



sábado, 6 de junho de 2009

O ser humano e seus aspectos positivos e negativos

Texto do dia 25 de maio

O homem é a criação mais audaciosa de Deus, e por isso a mais complexa. Nem Ele deve saber ao certo como chegamos até aqui, com esse jeitinho esquizofrênico.
É muito difícil entender que não somos perfeitos, que ninguém é. O pior é a decepção que temos quando nos damos conta disso, dia a dia. Somos meio imbecis às vezes, vemos um filme mais de mil vezes e nunca decoramos as cenas, e aí vamos caindo nas mesmas coisas de sempre.
A vida é linda e horrível ao mesmo tempo, por muitos motivos. É difícil entender que na vida os pontos positivos não podem se somar aos negativos, senão a vida é um grande zero. Cada coisa, cada acontecimento deve ter seu peso e sua importância. Ainda não sinto na carne nem a lindeza nem a feiúra da vida. Só sei que dá um trabalho do cacete viver. Dá trabalho levantar da cama e encontrar um motivo forte o suficiente para sair cruzando a cidade. Dia após dia.
E o pior é que o tempo não perdoa, e na rotina ele é sempre um traidor. Parece que o período passa, você faz esse trajeto todos os dias sem cessar, você vai e volta e parecer que não aprende nada de muito modificador na sua vida. Nada aconteceu, a vida só passou. Como sempre. E passou em branco.
Pareço um pouco desmotivada por que o cansaço mental já me abate e ainda tenho muitas batalhas importantes a travar. E como eu disse, o tempo é um filho da puta, não com essas palavras, mas é por aí. Por exemplo, o tempo que estou gastando para escrever esse texto aqui no pátio interno da faculdade poderia ser utilizado na leitura de um livro, especificamente para uma prova na semana que vem. Depois eu vejo isso.
Quantas vezes você já disse essa frase: "Depois eu vejo isso"? Ha! Não mais vezes do que eu, tenha certeza.
Tem horas que o corpo, na sua forma orgânica, não aguenta. Tenho raiva de pessoas fracas demais, isso é fato. Parece que falta uma real dificuldade na vida desses para deixarem de ser "frescos". mas tive meu dia de fresca na hora mais imprópria possível.
Já disse que acho que foi olho gordo, pois é muito raro eu ter esse tipo de mal estar, e que dura mais de um dia. Agora, se for isso, que Desu tenha piedade dessa pobre alma! O que pode se invejar de uma menina que anda por aí de cabelos arrepiados, tênis desamarrado, come spinhas e óculos na cara, com pseudo-demência e problemas com desvio de atenção?
Agora, o pior de tudo nessa vida é ser pobre. Pensar no dinheiro da passagem, economizar, ir andando, são ações exclusivas dos pobres, e todas fazem parte das minha rotina diária.
Ter mentalidade de pobre, ter estranhamento às coisas dos ricos, é péssimo, não tenha esse defeito. Como eu tenho.
Dia desses, tive que fazer uma visita a uma confeitaria em Niterói, naquele pobre lugar chamado Icaraí. Tudo bem que eu comi um bem casado de graça, mas sabe aquela sensação de oprimido, de diminuído? E sabe quando você é a úncia no ambiente a se sentir assim, a que nunca provou nada de fino que tem ali? Graças a Deus, pelo menos pronunciar eu saberia, de alguma coisa aquele curso de Turismo tinha que me servir. Só a título de curiosidade: sabe qual é a melhor coisa de Niterói? É a vista do Rio que a gente tem de lá...


*Perdão, essa foto da Internet tá péssima! É isso aí, nem câmera de 0,5 megapixel no celular eu tenho!
A coisa tá tão feia que o título fala de pontos positivos e negativos, e só falei de negativos: o vazio que a vida pode ser, o tempo traiçoeiro, o corpo frágil e a tristeza de ser privado de grana. Positivos? Hoje não estou pra positivos. Quando eu estiver de férias, talvez consiga ver algo de belo na vida, agora impressionantemente estou sem tempo pra isso.

Nossa, nesse dia eu tava mal!