sábado, 19 de dezembro de 2009

Férias: A Saga do Vale Open Air!

Da primeira vez que eu vi o filme, eu estava muito afetada. Nessa parte, eu não lembrava mais nem o nome da minha mãe. Era muita informação pra uma cabeça só, eu não sabia o que pensar.
Da segunda vez que eu vi o filme, estava mais calma. Não deixei de observar certas coisas, não deixei de rir de Lacraia. Tinham me comentado de Billie Jean, mas por acaso eu lembrava de alguma coisa? Aí sim, eu vi Billie Jean. Eu estava com a minha mãe [ô, senhor!]. "AaaAiii", foi o que eu fiz.
Da terceira vez que eu vi o filme, estava como investigadora! hahaha! Fui com uma amiga que está começando a se inteirar do assunto 'alive' e, de ultima hora, chega uma amiga nossa, que não é fã, mas quis vir com a gente. Aí sim, eu também vi Billie Jean. "AaaaAiiiii, AaaaaAAaiii" foi o que eu fiz.

(...)

E da quarta vez que eu vi o filme, marcou-se a cena na minha cabeça pelo resto da minha vida. Numa tela imensa, com 288 metros (mesmo tendo uma distância boa do chão), eu vi Billie Jean num tamanho e local privilegiados... Com aquele ser privilegiado numa perfomance não apresentada nem na sua época áurea, se é que vc me entende. Oh Gold!

Pra não começar a história do meio, vamos ao começo de tudo.

Semana passada foi a última de aulas oficiais. FÉRIAS ENFIM! Quer dizer, nem tão férias assim. Realmente, quando a gente entra na faculdade não tem férias bem definidas... Essa semana ainda tenho uns compromissos, uns trabalhos extra, digamos, mas nada que tenha aquela monstro feio e pesado chamado Nota.

Lembro que no domingo, estava eu feliz e contente tentando estudar pra avaliação, afinal eu mal tinha pegado na matéria pra prova que seria no dia seguinte, só que era a final do campeonato brasileiro. E quando o flamengo joga numa final de campeonato, parece que 80% das pessoas que estão à sua volta são flamenguistas. Ou seja, depois das quatro da tarde, começaram os fogos, as cornetas, as televisões no volume mil... Quer saber? Assisti três dvds do Michael, ahsuahsuahsu! Enquanto eles gritavam “Gooool”, eu gritava “Can you feel it! Can you feel it!”. O importante é que eu me dei bem na prova e passei.

Na terça feira, lá fui eu pra mais uma Missão MJ. Fui assistir a uma apresentação de dança organizada por colegas minhas, onde as alunas delas dançaram as músicas do Michael. As professoras também dançaram, e todas arrasaram. Foi lindo, incrível, porque foi feito com um cuidado fantástico. Ao mesmo tempo em que iam contando a vida do Michael, vinha uma música da época que estava sendo falada. Amei, amei demais! Eu nem sabia como eu ia voltar pra casa, mas ultimamente eu ando meio assim, sem rumo, eu vou e depois eu vejo o que eu faço pra voltar, hahaha!

Durante toda a semana, passei fazendo um projeto da faculdade. É uma experiência legal, porque estamos avaliando o quanto as crianças estão comendo. Dá muito trabalho, pesar tudo o que é oferecido, pesar o que sobra, pesar até os pratos, porque cada bendito tem um peso diferente, etc, etc. Além disso, algumas crianças faltam, e aí atrapalha todo o nosso cronograma de coleta desses dados... Porém, como são sempre as mesmas crianças, a gente acaba sabendo qual come tudo, qual não toca na comida, quem não toma a vitamina de banana, hihi! E perceber o jeitinho de cada uma elas: o mais pentelho (que tira o óculos da cara da tia aqui, hahaah), o mais dengoso, a mais tímida, o mais comilão. É uma pena que o trabalho esteja sendo prejudicado por esse período de fim de aulas, mas tem sido uma experiência bem legal.

Pois é, mas por causa dela, não conseguia estudar de jeito nenhum pra última prova do ano: materno infantil. A matéria tem muito conteúdo, folhas e folhas passadas a limpo no caderno, uma apostila nem um pouco pequena, mas na hora correu tudo certo. O importante é que eu me dei bem na prova e passei.

Fecho esse período da faculdade pensando no quanto ele foi peculiar. Eu entro nele com uma nova diversão/distração/paixão, que me trouxe muitas coisas boas, e muitos, muitos dias fora de casa. Mesmo assim, não deixei de honrar meus compromissos, nenhum deles. É, pode-se ter uma vida mais dinâmica e mais atarefada sem se perder no meio do caminho.

Sem perceber, eu programei um fim de semana de férias seguinte ao fim do período, hahahaha! Eu me despenquei pros mais distantes opostos da cidade, e pra outros municípios, cara! Reencontrando amigos, batendo papos, trocando experiências, chegando às reuniões do Faça a Mudança e indo de Austin/Queimados para... Gávea!

Desde o princípio, eu sabia que o Vale Open Air ia ser um evento para se lembrar eternamente. Pelas ótimas companhias e pelas circunstâncias. Mas eu não sabia que seria tão legal, superou as expectativas. Tanto que, antes da tela levantar, minha amiga vira pra mim e fala: “Cara, ainda nem começou o filme, mas já valeu a pena até aqui!”. E é verdade.

A curiosidade era tremenda de como seria uma tela de cinema de 288 metros na nossa frente. Com o Michael lá, enorme, cantando e dançando bem ali. Quando entramos, vimos que a curiosidade cruzou fronteiras maiores. Tinha gente de São Paulo, e até do Ceará pra ver o filme. Incrível, eu fiquei besta! Logo quando entramos no hall depois de passar pela inspeção de bolsas e conferência de ingressos, o pessoal do Ceará foi tirar uma foto do grupão e nós entramos de penetras. Teve aquele grito clássico “MICHAEL, UHUL!”. Depois vem uma menina e grita “e viva a calça dourada!”. Vixe... Deve ter dado pra ouvir os gritos do Jardim Botânico (>.<). Dia desses eu falo um pouco sobre ela. Ou melhor, não-falo, é difícil comentar alguma coisa, mas enfim, a gente tenta. XD

Eu esqueci do detalhe fundamental! Estava chovendo! E quando chegamos no lugar, vimos outro detalhe fundamental: nossos assentos estavam na chuva! Ahaushaushauhsuahs! A gente se sentiu em “Stranger in Moscow”, hahahaha! Tudo bem que eles dão capinha de chuva, mas ngm merece ficar mais de duas horas embaixo de chuva vestida de saco plástico. Outro detalhe é que nosso lugar era bem ‘na frente’, mas muito embaixo... Como chegamos cedo, a idéia maquiavélica surge: vamos subir pra parte coberta, bem no centro e no alto, e sentar em poltronas alheias, torcendo pra que elas não cheguem!

Bom, a minha poltrona estava vaga até que chega uma moça e me tira do meu ‘lugar’, ô dó. Mas teve uma fileira que ficou vazia, as meninas tiveram muita sorte. Tinha outras poltronas vazias, mas a graça era ficar junto. Até lamentamos isso, pq se a gente tivesse se organizado melhor, poderíamos ter marcado de ‘fechar um setor’ só pros fãs. Teve muita gente que ficou longe de nós e certamente não aproveitou como a gente.

E sabe como a gente aproveitou: não deixando que os não-fãs aproveitassem! Haushuahsuahsuah! Quer dizer, eles não aproveitaram porque não quiseram. E também porque não calcularam os riscos. Pensa só... O filme é sobre um artista que tem fãs até na Samoa Americana. O filme não está mais no cinema. Era uma exibição única numa tela gigantesca. E não ia ter nenhum fã histérico lá? Só o povinho-classe-média-zona-sul que freqüenta o Jóquei desde sempre? Ah, pelamor!

E outra coisa, eles deviam ter entrado no clima. Antes de começar o show, estávamos todos alegres, soltando gritos de comunicação com o pessoal que estava mais distante, tirando fotos, cantando músicas... Até aí, todos viravam os pescoços e olhavam pra cima pra nos ver, como se fôssemos atrações exóticas, e até achando graça. Quando começa o filme, eles acharam, imaginaram que alguém ia ficar quieto? De jeito maneira! Ao menor gesto ou fala mais especial do Michael, já era uma chuva de gritos. Ao invés de olhar o copo meio vazio, eles deviam ver o copo meio cheio. Aquela exibição foi que nem um show, o ingresso era igual ao de um show. Batíamos palmas ao fim de cada canção. E geralmente num show as pessoas gritam. E muito. Pronto, estaria resolvido o problema. Mas enfim, ouvimos muitos ‘shhhhhhhh!’, ‘cala a boca, porra!’, ‘eu quero ouvir o Michael cantar!’. Não nos defendemos, até que uma fã falou ‘Fica em casa!’, kkkkkkkkkkkkk. Adoro! Mas gente, tem momentos que não dá!

Jam é uma que não dá! Quando ele desce a mão, a gente tem que soltar um gritinho, ele faz é pra isso mesmo, ué! Eu lembro de ter começado a falar sozinha em Jam: “Alguém me explica como ele faz a mesma coisa depois de dezessete anos!?”. Louca de pedra, falando com o vento! Hauhsuahsuahsu! A verdade é que eu amo demais, demais, demais essa parte do filme.

The way you make me feel… Ele deitado no chão, naquela apresentação que, putz, foi mil vezes melhor que a última, do show de 30 anos! Eu me lembro de ter ouvido alguém meio que prevendo o movimento e se preparando para deixar mais meia dúzia de surdos “ah agora ele vai deitar e AAAAAAAAAAAAA!”. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Adoro elevado ao quadrado!

Seria enrolation demais ficar aqui falando de todas as músicas novamente, babei em todas de novo. Depois de, sei lá, um mês ou um pouco menos, ver o filme de novo foi um privilégio. E daqui a esse mesmo tempo, estarei com o dvd em mãos, pra não ter mais esse problema.

Em I Just Can’t Stop Loving You, foi o momento de gritar o que Gaby me encomendou. Achei que nenhuma outra hora poderia ser mais propícia, afinal, tente passar uma folha de papel entre Judith e Michael. Passa não, fia! “Michael, pega eeeeeeeeeu!”, mas não foi no ultimo volume, porque é muita coisa, olhar a tela, ver o Michael, regular o volume da voz, é muita coisa junta, muita informação!

Agora, eu acho que estávamos em companhia de uma pessoa bipolar na platéia. Tinha um cara que, antes de começar o filme, tirou foto dos fãs, ficava animado vendo a gente cantar, mas quando chegou a hora do filme, ele começou a bufar, a reclamar dos gritos. Na hora que Michael fala em ‘I Want You Back’ que tem alguma coisa apunhalando os ouvidos dele, ou algo parecido, o cara disse: ‘é exatamente ISSO que está acontecendo comigo!’. Ai tadjeeeenho, estava na fileira seguinte à nossa.

Thriller deu medo master, porque a escuridão cinzenta das cenas continuava com a cor do céu, parecia muito real. Gigantesco e real. Em Black or White, meu Deus, não desparafusei o sorriso. Lua, só lembrava de você conversando comigo e falando ‘o que foi Black Or White?’. E te respondo, foi maravilhoso, como sempre, foi um dos momentos mais lindos e especiais do filme, se é que dá pra escolher facilmente algum. E em ‘Earth Song’ eu chorei. Chorei o que ficou preso na garganta em TDCAU, chorei o dobro, o triplo do que chorei nas vezes anteriores. Emocionante, extremamente tocante. Ah, não existe adjetivos. É melhor falar: indescritível.

E voltamos a Billie Jean. Na real, há umas duas semanas, eu sempre pensava nisso, em imaginar Billie Jean em tamanho mega. Desde a segunda vez que eu vi, Billie Jean não é só “Ohhhhh” por causa da pegada mega master fodástica, e que já eternizou a música de outra maneira para as fãs. Mas sim por todo o resto que também muito foda, muito mesmo. Depois que eu parei pra pensar que aquilo era só uma passagem de som... Uma mera passagem de som, sem cenografia pronta, sem os elementos da roupa e da mala pra que se acertasse os detalhes de luzes e holofotes... Cara! Michael fez algo de especial para essa apresentação, afinal ele sabia que seria uma perfomance definitiva na carreira dele, empatada com a Motown 25, a primeira. E agora pensando aqui... Acho que ele não fez o moonwalk propriamente dito, no momento esperado, só de sacanagem! Hahahahaha! Adoro tudo em Billie Jean, TUDO! Ele ta conversando com o Kenny e começa meio que ‘do nada’. Adoro quando ele erra a perna, adoro o mini-moonwalk. Só me incomoda aquele tira e põe de óculos, mas é detalhe na frente de tudo. Mas voltando à pegada, hauhauahuah, o mais engraçado é que desde que começa o solo, as meninas da fileira, todas, já estavam com as costas fora do espaldar, estavam curvadas pra hora fatídica, e eu ria. Como eu não tinha poltrona, minha boca já estava aberta de antemão. Tínhamos combinado de gritar uma certa palavra no momento certo, mas olha, vou dizer: não deu! ‘Gostoso’ tem muito fonema pra uma pessoa com a cabeça alterada pronunciar, é muita articulação de boca, cê não tá entendendo... Saiu o mais fácil: a boca já estava aberta mesmo, só saiu a letra aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Eu estava puxando a memória agora, e o mais engraçado é que a parte em que a câmera filma os dançarinos, eu não lembro! É como se eu tivesse conservado só o Michael na lembrança, ó que doido? Como diz a Gaby, ‘ele é bruxo, só pode!’.

Tudo até aí tinha ido às mil maravilhas, mas...

Depois que Man In The Mirror termina, todos estão profundamente devastados e arrasados. Eu senti muito orgulho de estar ali, sabendo quem é o Michael, e portanto podendo desfrutar melhor do filme. Sempre fico emocionada, mas não arrasada. Acontece que, quando você olha pra todos, todos os fãs com uma dor estampada na cara, meu Deus, é muito triste. Quando acendem as luzes, e o resto do pessoal começa a descer, eu fiquei olhando pra eles. Eles não tiravam o olho dos fãs, nem pra ver a escada. Alguns certamente compreenderam e admiraram a cena, enquanto outros devem ter pensado o que um bando de desequilibrados faz ali, chorando por uma pessoa que nem conhecem. Essa é a vida. Só sei que acabaram rolando algumas lágrimas da minha parte também, afinal eu não esqueço que, se estive lá, foi porque algo me tocou com essa morte. E por isso, não pode deixar de me sensibilizar, onde quer que ele esteja: no céu, no Forest Lawn, em Las Vegas ou nas Arábias.

E o mais tosco: cortaram o final! UAHSUHAUSHASU! Quer dizer, não cortaram, segundo o cara que fez a projeção do filme, o rolo que deram pra ele acabava ali, nos créditos finais, rolando Human Nature de fundo. Sim, nós gritamos, nós esperneamos, nós enchemos o saco do cara do som e do cara na casinha de projeção. Ele até foi simpático, sabe? Mas enfim, não deu.

Ah, e lembram do bipolar? Ele realmente me provou que era bipolar, quando, no final do filme, continuou sentado lá, e quando o bafafá do final cortado começou, ele continuou lá, como se estivesse solidário a nossa reclamação! Puxa, se eu estivesse no lugar dele, e ficasse tão incomodado com pessoas gritando no meu ouvido, minha reação primária seria sair de perto o mais rápido possível. E não, ele ficou lá admirando os nossos gritos pro projecionista. Em pensar que eu fiz coisa parecida no Madureira Shopping... haushaushauhsuashu!

Um dia pra ficar na memória e no coração como um dia muito especial, com pessoas especiais, e com um ser especial no meio disso tudo. Gracias, Michael, por esses momentos impagáveis que você me faz viver. E não se esquece de mandar nem que seja um sinalzinho de fumaça de vez em quando, pra gente saber que com vc, e com a annie, tá tudo ok. ;-)

3 comentários:

Luacarol disse...

Vou comentar em breve...

Anônimo disse...

nossa, quantas vezes vc viu esse filme? Até sua mãe entrou na bagunça!
Poxa, tem muito tempo que a gente não se ve mesmo! Se não fosse pelos blogs a gente tinha cortado relações, pq msn é algo que não existe mais pra mim! hasuhauhsa

Fiquei aqui imaginando vc trabalhando com as criancinhas! Sabe, eu sempre achei que vc tem cara de tia de primário! ahsuhahsua
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Pooooow, essa do final do filme foi ridícula demais! HAUSHUAHSHAHSHUAHSHUA

Luacarol disse...

Minha fia eu li de novo e não tenho nem o que comentar, fico sem adjetivos pra falar do filme e do cara!
Me deu vontade de caçar vídeos no tu be pra lembrar de TII,

bj