domingo, 12 de julho de 2009

Considerações finais. Ou iniciais, como diria o Moraes.

Michael, Bubbles e, no pescoço, Muscles

Depois da desidratação crônica do dia 7 de julho, chego para última prova do semestre. No dia anterior, eu realmente não tinha estudado nada, fui realmente com a cara e com a coragem. E também com um pouco de autoconfiança, até porque não é possível que em um semestre eu não tenha aprendido coisa nenhuma de certa disciplina. Eram quarenta folhas de matéria no caderno, nem que eu quisesse (re)aprender tudo em três dias, eu conseguiria.
Até que falam: "Ah, você viu o que a menina falou lá? Que era o melhor do pai do mundo e tals?"
Lógico! O que eu tinha feito por todo o dia 7 de julho? Dãã!
"Claro! Com o dinheiro dele, com certeza era um pai maravilhoso!"

Oh God... Maldito dinheiro! Por que ele sempre está na frente?
Claro que depois tentaram descreditar a atitude que hoje é o vídeo mais acessado do Youtube, dizendo que Paris foi obrigada a falar no final da cerimônia, e que tinha esperneado e gritado nos 'bastidores' dizendo que não queria fazer isso. Mas, seja qual for a versão da história, acho que daqui a uns dez anos, Paris vai olhar essas imagens, e não vai se arrepender disso.
Mesmo antes de separar um tempinho da minha vida pra conhecer Michael Jackson, nunca duvidei que ele fosse um bom pai, mesmo com todo aquele episódio com o Blanket na sacada do hotel.

Dinheiro compra quase tudo. Quase.
Michael ia nas lojas de antiguidades, com objetos caríssimos, e ia apontando o que queria. Mesmo que já estivesse fudido de grana, não queria sair do seu mundo de ilusão.
Sobre isso, um cara chamado Fernando Leal, escreveu um artigo para o Jornal Destak, chamado "O último show de Michael Jackson". Queria ser culta o suficiente pra fazer o tipo de comparação que ele fez, foi simplesmente bárbara.

Ele compara a vida de ilusões e de vaidades de Michael Jackson a um conto de Hans Christian Andersen, "A Roupa Nova do Rei". É a história de um rei que era muito vaidoso e que investia todo seu dinheiro em belas roupas e em desfiles para mostrar a sua elegância. Até que chegam dois picaretas, dizendo que possuem os tecidos mais belos do mundo, "com fios tão especiais que são invisíveis aos olhos dos destituídos de grande inteligência". E aí, todos dão corda a essa palhaçada.
Até que ele vai desfilar para seus súditos. Todos ficam calados, afinal ele é o rei. Até que um menino grita: "O rei está nu".
"Talvez nunca ninguém tenha gritado no ouvido de Michael Jackson que o rei estava nu"
E ai de quem ousasse gritar! Foi o que aconteceu com a babá das crianças (e namorada?) de Michael, que depois de chamar a atenção da família que as coisas não estavam bem, foi demitida. Enfim, o pior cego é aquele que não quer ver. Mas quem somos nós pra julgá-lo. Simplesmente nada nem ninguém! Colocar-se no lugar dele por uns segundos, e pensar em todas as coisas que ele teve que tentar equilibrar desde quando era 'o pequeno Michael', já é difícil.

Deus sabe o que faz... Ah, sabe! Ele já era um sobrevivente. Era pra ele ter morrido no acidente da Pepsi, em 1984. Escapou por um milagre. Mas eu fico no meio do caminho, pensando que a causa mortis deve ser elucidada, e as pessoas coniventes devem ser punidas. Mas ao mesmo tempo, sei que nisso tudo, não existe muita fatalidade.

Na verdade, é díficil se meter nesse ninho de mafagafos, tendo lido somente Moonwalk, uma autobiografia. Ele é cavalheiro demais pra falar certas minúcias sobre momentos ruins, traumas. Aliás, ele me surpreende demais quando reconhece a importância do seu pai na sua vida, no âmbito profissional, na carreira dos Jackson 5. Eu acredito que nem o Taraborreli, o biógrafo mais reconhecido de Michael, tenha respostas pras milhões de perguntas que ficaram no ar. E ficarão.

Por falar em Taraborreli, o que vai vir agora de comércio em cima do nome Michael não está no gibi. Olha o dinheiro aí, gente!
Além dos DVDs, CDs, que eu não vejo muito problema, afinal, todos querem uma recordação, uma forma de ter essa pessoa imortalizada em um trabalho, surgirão as biografias polêmicas. (Até porque adquiri o meu, hahaha! O único que era show mesmo. O problema é que foi gravado no Japão, e platéias japonesas são tão comportadas que me dão agonia. Em 'She's out of my life', ele pega uma japa na platéia e dá uma abraço nela, e ela fica rindo que nem uma retardada. Cara, ela realmente sofre nessa música! No final, ele chora, a voz embarga, triste demais! E ela ri! Absurdo total, cara...
Ah, e se alguém ver o DVD de HIStory dando sopa por aí, grita, valeu?)
Dizem que Chandler, o menino de 1993, vai lançar um livro contando seu caso de amor com Michael. Pra quem gosta de romances de ficção, tipo "Harry Potter e a Pedra Filosofal", é uma boa pedida.
Um biógrafo vai ousar, indo de encontro a todos os outros trabalhos já publicados, dizendo que Michael era gay. Mas não pedófilo. Are baba, esse vai vender como água, com certeza. Mas o cara parece ser meio doido, já vinculou muitas mentiras, enfim. Mas não só Michael, como todos os seres humanos, gostam de ouvir o que lhes parece mais, mais... sei lá. O que acham que é verdade. Deu pra entender?
E David Gest, amigo de Michael há mais de 30 anos, disse que... (Eu sabia, não tinha ido muito com a cara dele quando ele apresentou o Top 40 na Mtv, lá vai ele aprontar) ... Que vai fazer uma autobiografia, e vai aproveitar pra falar sobre a vida sexual de Michael (?). Enfim, tentando ser bem amigona do Gest, posso dizer, de uma forma bem arriscada, que pode ser uma boa, até certo ponto. Pelo que vi e ouvi David falar sobre Michael durante 4 horas, principalmente em "In the closet" (eu sei que o nome é sugestivo, mas é justamente ao contrário! hahaha), ele vai fazer um belo contraponto ao tal biógrafo polêmico.
E a família? Nem preciso dizer muito. Joe Jackson quer deixar o corpo de Michael em Neverland e assim transformar o local em atração turística. E já disse que Paris e Blanket levam jeito para a coisa, e que aliás o menino dançaria muito bem. Empresários natos são difíceis de segurar...
Sobre os filhos, prefiro nem comentar muito, porque ainda não se sabe quem é o verdadeiro pai e mãe dessas crianças. Mas Deus prega muitas peças por aí, fazendo parecer que Paris tem a mesma personalidade do pai, e Blanket, os mesmos olhos de Michael. Vai entender...

No meio disso tudo, você acaba descobrindo e filosofando coisas... O dinheiro não é tudo, mas o amor também não é o suficiente, e não salva ninguém. Ao mesmo tempo em que o caminho para um mundo melhor está na busca pela igualdade e coletividade, não sei até que ponto podemos interferir no indivíduo, modificá-lo para que ele se integre a esse 'grupo'. A vida é muito misteriosa, cheia de becos e ruelas. E tudo me faz acreditar que o segredo da vida é o equilíbrio. Mas o equilíbrio é uma coisa que não existe, estou na profissão mais adequada poossível pra me dar conta disso. O equilíbrio é uma utopia. Mas a felicidade é uma utopia? Para ser feliz é preciso ter equilíbrio?

Ser materialista ou ser romântica? Uma andorinha só não faz verão, mas se ninguém começar, o que será de nós? Será que vale a pena gritar aos quatro ventos o que é correto e justo, se parece que ninguém ouve? Aliás, ninguém ouve! Será que a justiça sempre prevalece mesmo, ou ela só vai existir lá no dia do juízo final??

E quem não tiver paciência de esperar 'ganhar um Fuscão no juízo final e um diploma de bem comportado', como diria o grande Gonzaguinha? Pra que eu quero essa porra desse diploma, se tudo já vai estar acabado mesmo? Por que, como diz o Conrado, eu "só me f*do nessa merda"? Por que o mundo pertence aos espertos, e não aos sábios?

Qual o limite entre ser bom e ser otário? Equilíbrio.

Mas o equilíbrio não existe.

Prefiro filosofar em cima dessa frase de Michael, talvez aí esteja a resposta:
Ele canta "sou mal, você é mau, quem é mau, quem é o melhor?". Ele diz que, se você é forte e bom, você é mau.

Um comentário:

Anônimo disse...

O povinho que ninguem sabe quem é, que quer fazer uma graninha em cima do defunto anda adotando aquela lema: "Falem bem ou falem mal, mas falem.... DELE" E com certeza eles estão bem felizes com o rumo das coisas.
Eu acho que com relação as criticas , que alias sempre existiram até quando ele ainda era vivo e dançante, não tem muito o que se preocupar. Elas existem para fazer os elogios e homenagens serem mais empolgantes! Nada vai mudar na imagem que ele deixou, porque ela foi determinada no exato momento que ele deixou de estar aqui para fazer alguma coisa. O que quer que digam ou façam por ele, nunca terá o mesmo impacto.
O depô da menina ficou para a história, eu nem em casa estava, mas nem precisou, quem não viu essa menina? Que buraco desse planeta não comentou sobre o que ela disse? Uns mais emocionados, outros cuspindo veneno, tanto faz, mas a participação especial dela no grande espetáculo foi dada xDD

vou lá , porque eu também quero escrever sobre Maiquel!!
beeeeeeeeeeijos
:*

ps. Ouça P.Y.T! hehehe