sábado, 17 de abril de 2010

Sobre a vida e sobre Deus


Só uma coisa a dizer: só pode ter sido Deus quem digitou lá no sistema as notas da prova. É sério, muito sério, não há explicação. As minhas contas deram hiper diferente, nem tinha lá muito esperança de ter uma vaguinha.
Mas vou falar uma coisa: os futuros nutricionistas como um todo não estão preparados mesmo. As maiores notas, pra ser mais específica, três notas maiores, foram 70. Pra mim, isso é baixo. É um alerta.
O problema do site da prefeitura é q ele divulga os nomes com as notas de todos num documento só. Eu não acho certo. Cada um teria acesso a sua própria nota pelo número de inscrição, em local restrito. Porque o que acontece é que você vai ver as notas do povo todo que você conhece. Aí fica aquela coisa: tem pessoas que você esperava um resultado melhor, e outras que você não sabe como tirou aquele raio de nota, já que é um disperso, não aparece nas aulas, nas apresentações de trabalho deixam evidente o despreparo, etc, etc. Viu só? É por isso que as notas tem que ser restritas. Até gente da Veiga eu reconheci lá no meio das notas, kkkkkkkk!
Só sei que há uma grande possibilidade, quase uma realidade, de que o resultado foi positivo. Só falta a classificação final, daqui a um mês. Caramba, fiquei muito feliz!
Enfim, eu estava no trem, e recebi uma mensagem de uma colega de turma, que tirou a mesma nota que eu, estava parabenizando a nós duas, hihi, e agradecendo a Deus por isso. Foi o que eu disse a ela quando achei que não ia passar, que Ele sabia o que era pra acontecer. Sabe, fecha-se uma janela, abre-se outra. E porque não, abre-se até uma porta.
(OBS: Como Michael fica lindo nessa roupa final de HIStory... ^^ Tinha que interromper o pensamento pra dizer isso, sorry)
Essa mensagem acabou me lembrando do que eu tinha visto há uma hora atrás, eu realmente já tinha deixado pra lá. Aí, não sei, me deu uma euforia, uma vontadinha de chorar, misturada com uma vontadinha de dar pulinhos, ou sei lá, só sorrir.
Até que, quando eu olho, tem uma menina em pé no trem. Morena, de óculos, com a roupa do Julia Kubitschek, eu acho. Percebi que ela estava chorando.
Quando você chora um meio de transporte público, a maioria das pessoas não te nota, o que faz com que você se sinta mais lixo do que pensa que é. E algumas poucas pessoas olham com um misto de pena e curiosidade, com uma pitada de ‘não posso fazer nada pra ajudar’. Como eu sei disso?
Bem, foram várias e várias vezes que voltei pra casa na mesma situação que ela. Especialmente quando eu saía do curso de inglês, o que eu queria era um lugar na janela pra ir jogando vento frio na cara (bem como eu fazia no Chevette do papis, quando voltávamos do bar de noite), e chorar até desidratar.
A gente chora no ônibus, ou no trem, porque se você chorar em casa, seus olhos ficam vermelhos, e mães tem olho de lince pra isso. E tem ouvidos de elefante, o que te ensina a chorar no mais absoluto silêncio, e disfarçar alguma falha no seu controle com uma leve tossidinha.  
E vendo ela ali, derrubando lágrimas cheias, que caiam certeiras no chão, fui me lembrando disso tudo. Fui percebendo que tudo que antes me entristecia não mais faz parte da minha vida. Pode até persistir dentro de mim, porque não existe felicidade plena, mas as coisas que  renovam as minhas forças, que me fazem bem são tão maiores, que as pequenas tristezas e ressentimentos ficam lá no cantinho.
E chorei junto com ela. Não sei o que a afligia, só sei que eu a entendia perfeitamente. E sei que, seja lá o que ela esteja suportando, vai passar. Passou pra mim. E o sol brilha pra todos, não ao mesmo tempo. Mas no tempo certo.

Ahhhhh! Tô pra abrir uma página, tipo uma aba especial no blog. Logo, logo vai estar aberta, só preciso ter um tempinho pra dar o pontapé. É coisa boba, só pra não esquecer algumas coisas. E quem quiser, vai poder enviar sua colaboração.    

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