sábado, 16 de outubro de 2010

Have you seen my childhood?

Bom, mais uma vez, Michael me demonstra sua impressionante inteligência numa das suas atitudes. Aquela sala de jogos que existem em Neverland não é nenhum tipo de extravagância. Eu poderia dizer que é uma necessidade!!!
Essa semana não fui dar aula na quarta feira, porque tinha um outro compromisso. Um amigo organizou uma festa para crianças que estudam na escola que ele dá aula. São crianças de escola pública, e não tem muitas oportunidades de ter momentos de brincadeira como os que eles tiveram. 
Mentira! Mentira! Eles aproveitaram? Ou os adultos aproveitaram? Hahahahahahaha.
Acho que a festa acabou significando mais pra gente que foi só acompanhar as crianças, do que para as próprias crianças. Mentira de novo! Elas amaram e aproveitaram cada segundo! Quer dizer, existem aqueles pequenos conflitos de quando se é criança, quando os mais velhos acabam controlando os brinquedos mais badalados, e os pequenos acabam prejudicados, porque a lei da fila dificilmente prevalece... No final da festa, quando rola aquele momento triste dos brinquedos sendo desligados, pintou uma deprê em alguns, porque não tinham ido neste ou naquele brinquedo. Eu era pessoa perfeita para consolá-los: eu também não fui em tudo que eu queria. :(
Lá na casa de festas, tinha tudo que eu um dia amei, mesmo sem ter muito acesso a isso na minha infância. Tipo, flipper. Eu via meu tio jogar, mas eu mesma brinquei muito muito pouco. O máximo que tinha era meu bom e velho Street Fighter no meu Sega Saturn preto, de modelo raro (sempre vou ser metida com meu video game raro U.U). Lembrei com orgulho e emoção das minhas bolhas que tomavam todo o meu dedão. Sim, eu era viciada. E foi assim que me chamaram lá na festa, hihi.
Eu, como uma boa e velha criança dos anos 90, fui criada de modo a ter hábitos sedentários. Por isso, passeis quase as três horas indo do flipper pro totó, do totó pro flipper. Fui melhor no totó, inexplicavelmente!! Eu sempre fui ruim em totó, mas parece que todos os meus anos observando os grandes jogando totó serviram pra que eu subitamente me lembrasse de tudo aquilo e pudesse por em prática.
A única hora que fui me aventurar num mini 'Kabum' lá do parquinho, eu quase me arrependi. Eu sou fraca pra esses brinquedos que dão frio na barriga, parece que  eu vou morrer!  
Enfim, tenho muito orgulho de que tenha ajudado a construir esse sonho desse meu amigo, e por extensão, cultivar o sonho no coração daquelas cem crianças que estiveram na festa. 
Sempre sinto que faço pouco, muito muito pouco pelas coisas e pelas causas que mais amo. Mas dias como esse, são para serem gravados definitivamente na memória. Para que sempre nos lembremos de que vale a pena. Vale muito a pena. 

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