domingo, 16 de janeiro de 2011

Hey hey ningen Sucker aa ningen ningen Fucker

Nesses últimos três dias, assisti a um anime chamado Death Note. Ele parece ser bem badalado, conhecido até por pessoas que não eu poderia considerar como otakus.
É um ótimo exemplo para quebrar aquele tabu de que animações japonesas são para crianças. Existem histórias adultas, e brilhantes, tais como esta que acabei de ver.
A história é simples, mas seu desenrolar é bem complexo. Existe um caderno que, quando é escrito o nome de um ser humano nele, ele morre. Este caderno tem como real dono uma espécie de entidade da morte, que somente quem toca este caderno é que pode vê-lo.
A história é interessante, pois coloca em discussão a questão de se 'fazer justiça com as próprias mãos', e até que ponto isto pode levar. Primeiramente, o caderno é encontrado por um estudante muito inteligente, que é o aluno número 1 de todo o Japão. Logo no primeiro capítulo, ele diz coisas fantásticas. Eu tenho memória péssima, não consigo me lembrar de frases exatas... Mas ele discute consigo mesmo o poder de matar as pessoas. Assim, ele poderia se livrar das pessoas que são ruins, e que não representam nada de bom para o mundo. Ele olha em volta... e tem a conclusão de que, em realidade, são poucas as pessoas que são realmente úteis para algo.
E o que é o poder? 
O poder é aquele dado a quem o merece?
A princípio, dar um caderno a um gênio seria ótimo, afinal ele teria discernimento suficiente para escolher quem realmente deveria ter uma 'penalidade máxima' ou não. Será que teria?
O poder é perigoso. Transforma uma pessoa com um potencial absurdo num desequilibrado. Pois, o que acontece quando você tem um poder absoluto, e é contrariado. Ele se torna Kira. O Deus do Novo Mundo. Aquele que limpa o mundo dos criminosos vis que impedem que a paz se estabeleça na vida das pessoas de boa vontade. E limpa também que se colocar na sua frente. 
E quando você pensa que um gênio, surge uma igual força para detê-lo. O investigador misterioso, L. Ele enfrenta dificuldades para poder capturar essa nova ameaça, e aí começa o show.
O ponto alto dessa história é o fato do espectador poder presenciar a cena rara de dois gênios se degladiando numa espécie de guerra fria. Um prevê os passos do outros, e como o outro vai interpretar a sua próxima ação. Isso porque eles são iguais.
Outro aspecto fundamental é o efeito que isso tem na população. As pessoas vivem com medo, e de repente, os criminosos começam a morrer e as taxas de criminalidade diminuem vertiginosamente. Até que enfim, o fato de ser bom tem alguma vantagem! Então... Kira é bom? Kira é a justiça?? Mas Kira é humano e tem falhas... Kira pode ser um Novo Deus??
Vou destacar, por fim, uma coisa que parece ser fundamental para qualquer tipo de história que tente fazer alguém usar sua massa cinzenta: mídia. O envolvimento da imprensa durante todo o anime é muito presente, principalmente nos seus bastidores e na exploração de assuntos que a imprensa sente que trarão audiência. Tem um momento em que um dos canais, especializado em imprensa sensacionalista, tem um programa que parece mais uma seita televisionada do assassino Kira, e todas as pessoas que estão na tela, começam a morrer uma a uma. Como deixa de existir um 'porta-voz' do Kira, mostram que em todas as emissoras tem um programa sobre o assunto, e sempre dizendo "sou EU que sou o porta-voz do Kira, dê sua audiência para mim!!"
Bom, é isso que minha capacidade mental me permite escrever sobre o assunto. Mas tem muuuito, muuuito mais dentro dessa série. 
Só para registrar, o personagem mais especial para mim é L. 

Ele é a pessoa que eu gostaria de ser por completo... 
Um cara que vive escondida das pessoas, com uma inteligência fora do comum, com olhos de doido, roupas largadas e um apetite ilimitado por doces. Ele pode comer mais de mil barras de chocolate, pois o que ele consome de energia com o cérebro dele, não é brincadeira. Se eu fizesse isso... Obesidade. 
Enfim, ele é um perfeito representante do que é um forever alone. Fortaleceu!!!
E além disso, o carinha que fez o L no Live Action é uma gracinha. ODEIO Live Actions mas... O cara mandou muito bem e foi convincente. 

Uma coisa para lembrar de Death Note: O poder é uma coisa que deve ser utilizada com cautela, e por pessoas que saibam reconhecer o limite entre o brilhantismo e a loucura. O limite entre o certo e o errado não existe...
Uma coisa para esquecer em Death Note: Aquela cena em que Raito e L. saem da chuva e o L. se oferece para secar os pés do Raito. Achei uma coisa muito homossexual, por mais que fosse um momento crucial para a história. Poderia ter sido melhor sem essa viadagem.

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