domingo, 28 de dezembro de 2008

Retrô 2008

Geralmente, todos os programas de televisão fazem retrospectivas do que noticiaram ou fizeram durante o ano. Mas isso acontece geralmente porque eles não têm mais nada que dizer. Então, eles repetem o que já disseram o ano todo.

Mas venho aqui fazer duas retrospectivas porque penso que são importantes pra poder perceber até onde eu fui e até onde eu posso ir daqui pra frente.

Pessoas que me conhecem muito bem, tipo eu mesma, sabem que eu tenho uma vida muito pacata. E que a pergunta “novidades?”, quando é feita pra mim, não tem uma resposta muito empolgante. Mas enfim, vou forçar os neurônios pra lembrar o que aconteceu esse ano, porque ultimamente, a minha memória está piorando cada dia mais...
Mas sem a maior dúvida, o principal fato desse ano foi a minha mudança de faculdade. É quase como mudar de endereço. É mudar de trajetória.
Tudo começou muito antes da prova, lógico. Surgiu muito de um descontentamento nosso com o que estava acontecendo na Veiga. Como eu era bolsista integral, eu meio que não me preocupava muito, não tinha do que reclamar. Agora, depois que eu saí, eu fico até meio espantada em como as pessoas pagam tão caro naquela faculdade pra terem um serviço muito aquém do esperado pra uma instituição que se diz universidade.
Enfim, muitos problemas estruturais, até em coisas simples como inscrição em disciplinas, que eram dignas de novela naquela faculdade. E problemas com muitos professores que, ao longo dessa trajetória, já nos deixaram defasados em muitas matérias.
Nesse clima de pequenos probleminhas, acabei recebendo a influência de algumas pessoas muito queridas pra mudar de faculdade, pois ali estaria perdendo meu tempo precioso. Pra que continuar ali se eu podia ir mais longe, ir mais além?
Mal sabiam eles que estavam reavivando um sonho meu. Sim, meu sonho era entrar numa universidade pública. Mas aí, pelas coisas que acontecem na vida, não foi possível. Eu tinha até conseguido esquecer isso, tava conformada com uma faculdade particular de renome mediano... Mas aí todo mundo começou a despertar uma revolução na minha cabecinha.
Foi aí que tudo começou. Meu primeiro objetivo foi UFF. A primeira que abriu prova de transferência. Nossa, eu peguei as últimas provas, tirei xerox de livro pra estudar, ia me dedicar mesmo... Mas aí, aquele povo da UFF me veio com uma facada. Inventaram uma exigência louca de carga horária máxima e mínima, que eu não poderia preencher. Foi um desânimo tão grande...
E aí cabia a nós esperar. Esperar que alguma outra faculdade tivesse piedade de nossos corações partidos e abrisse a prova de transferência, já que não é um procedimento obrigatório. Enfim, chegou o dia que a UNIRIO abriu as inscrições. E que medo sentimos ao ler o edital. Não era prova objetiva, como nos outros anos. Era a elaboração de um artigo científico ali, sabendo o tema ali, na hora.
Uiii, que medo.
Até aqui, eu poderia agradecer nominalmente a pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para que a minha vida tivesse mudança tão significativa. Pessoas que me apoiaram e que sempre foram legais e atenciosas comigo. Mas como estamos num meio virtual, aberto, e essas pessoas não tem acesso a esse espaço, e por isso não tem como se defender, kkkkkkk, eu prefiro não colocar os nomes. Mas acho que quatro pessoas foram essenciais nisso, quer dizer, em toda a minha “estada” na Veiga.
Mas a uma pessoa eu faço questão de agradecer. Nominalmente.
O fato é que, com tudo isso remoendo na minha cabeça, eu fiquei muito confusa, não sabia o que fazer. Caso eu passasse nessa prova, eu estava decidindo que o meu tempo de formação seria prolongado e que não poderia fazer estágios, ou seja, ficaria lisa por mais tempo. E se eu fizesse e não passasse, iria perder mais de cem reais num sonho furado. E ainda ia me sentir um lixo. Ah, quantas vagas? CINCO. Só três para o semestre subseqüente.
Nesse dia, estava mesmo desesperada, tinha que tomar uma decisão depressa, senão eu perderia o bonde. De madrugada, recorro ao maior pronto socorro virtual que o homem já inventou: o msn. E dou graças a Deus que uma certa pessoa está online. Se eu não me engano estava sinalizando “ocupada”, mas importunei assim mesmo. E aí expliquei toda a situação, e ela me disse assim: “faz a prova, a única coisa que vc tem a perder é o dinheiro”. Jaja, na minha cabeça o dinheiro era muuuuita coisa, kkkkkkkk. Mas aí, eu fiz, passei, consegui, e hoje estou aqui, contando isso tudo como se fosse uma coisa muito distante.
Essa pessoa era a Tia Betty, a quem eu devo muito disso. Acho que se não fosse aquela conversa, não sei se teria tomado a decisão que, hoje eu sei, foi a certa. E por isso sempre vou ser grata a ela por sempre estar presente na hora certa e no lugar certo. Obrigada, tiaaaaaaaaa!
O dia da prova foi 6 de julho. E olha que engraçado: fui a unirio, fiz a prova, voltei pra casa, e horas mais tarde estava pegando o ônibus pro mesmo lugar, ajajaj. Pra ir pro querido Canecaaaa, ver Hermanoteu na Terra de Godah, com minha amixxxx do peito Gabi. Foi um dia muito feliz, com certeza, esse eu nunca esqueço, kkkkkkkk!
Enfim, dia 17 de julho sai o resultado e vejo que fui aprovada. Lembro que tava passando mal, porque tinha comido muita comida gordurosa, mas eu resisti e fiquei esperando dar meia-noite pra ver o que tinha saído. Lembro que quando vi não acreditei... Foi um dia legal, porque no mesmo dia, vi que o meu querido jaimito tinha respondido uma pergunta bem escrota que eu (ou nós... heheh) tinha (tínhamos) mandado pra ele... Foi como um presente de aniversário duplo e antecipado!
E desde aquele dia, minha rotina mudou. Passei a acordar às seis horas, ao invés de uma hora da tarde. Isso foi uma grande mudança.
Enfim, gosto do ambiente que a própria faculdade proporciona, mas ainda não me sinto em casa. Na verdade, eu tenho pequenos problemas pra me adaptar a novos ambientes, com novas pessoas. E isso tá sendo levemente complicado pra mim, mas um dia eu chego lá.
O engraçado é que eu tenho problemas com mudanças, mas mesmo assim vivo mudança. Mudei também no curso de inglês, mudei o turno. Fui pra manhã e até agora não me adaptei ao clima das pessoas. Mas acho que nesse aspecto eu nunca mais vou me adaptar, acabei tomando uma raiva tão grande do inglês, que eu não consigo achar mais nenhuma graça naquelas “dinâmicas” em grupo de todo e qualquer curso de inglês. Já deu pra mim, não aprendi até agora, não aprendo mais. É isso mesmo, meus neurônios bloquearam.
E o pior é ter que passar as férias fazendo esse bendito curso, grrrrrrrrr. Pelo menos, depois disso, NUNCA MAIS!
Enfim, o ano teve muitas mudanças. Espero agora parar num canto e seguir lutando pra... seguir em frente. Vamos caminhando, seguindo em frente, pra ver no que dá.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mulher de Deus, vc ía echar a perder um sonho por causa de 100 reais? Pensa em mim! Paguei 4 mil reais em dívidas! E isso é muito pra quem vive de salário mínimo, não acha?
Achei interessante sua história da faculdade. Não se prende a pouca coisa não, se adaptando ou não se adaptando na Unirio o importante é que vc foi muito vitoriosa e isso é motivo de - SOMENTE - alegria, tá? Eu entrei na ufrj depois da 2ª REclassificação do segundo semestre, por causa de uma DESISTÊNCIA! E pior , foi só 1 desistência! hahahaha Assim ou mais sortuda?
Um beijo enorme querida! Y sigue cosechando tus exitos, vale?
;*

Anônimo disse...

ah, quem comentou fui eu, Raquel ;)