sábado, 12 de setembro de 2009

The HIStory only begins...

30 de agosto de 2009 – esse vai pra minha biografia!!

Hoje o dia começou como ‘ontem’, com euforia. Dia 29 foi niver de Michael, e por isso eu me programei toda pra essa data. Resumindo: nesses dois dias, não peguei em um caderno.

Ontem, me diverti muito mais do que chorei. É preciso entender que a morte não traz só dor, mas também uma celebração à vida, principalmente uma vida que deixa um legado inigualável.

Hoje, acordei bem ansiosa [e bem tarde]. Esperava esse dia como louca! Acordei, liguei a TV e estava na MTV. Adivinha que clipe estava passando? Man in the Mirror! Sim, esse era um sinal de que um ótimo dia estava por vir.

Entrei no PC só pra não perder a mania de dar uma olhada no basicão, mas logo fui me preparar pra sair.

Bom, eu estava nervosa porque não sabia como eu ia voltar pra casa. Essas metrópoles são muito estranhas. Nos dias úteis não há lugar pra respirar, mas no fim de semana, dá pra treinar o moonwalk na faixa de pedestres da Rio Branco com o sinal aberto. Fácil. Essa cidade fantasma é meio sinistra pra uma aventureira que sai sozinha à noite.

Chegar foi fácil, mole. Cinelândia é o lugar mais mole de se chegar no centro do Rio. Saí do ônibus, dei uma conferência de qual saída do metrô estava aberta e fui até o local onde seria o tributo a Michael Jackson. Vi umas pessoas na porta e fiquei meio daquele jeito... tímido. Tipo, “Caramba, o que eu tô fazendo aqui sozinha? Ainnnnnn...”. Porque todo mundo parecia ter seu grupinho. É lógico, a internet é uma bênção, as pessoas muitas vezes se conhecem muito sem se conhecer pessoalmente. As MIBs são um exemplo claro.

Quando a gente entrou, ficou mais nítida a integração do pessoal. As pessoas da organização abraçaram as que chegavam, enfim. Aí fiquei sentadinha, esperando que alguém fosse pro ‘meião’, pra eu ir também.

“Putz, tocando Thriller e eu sentada!”. Aquilo começou a me agoniar. Só que eu já tinha reparado que numa mesa estavam umas meninas bem animadas, que já estavam zoando um pouco, fazendo a coreô de Beat It no cantinho. Putz, cara, levantei da minha cadeira e fui até uma das meninas que estavam de pé, esperando as outras e falei pra ela que eu vi que elas estavam animadas e tal, e que a gente podia começar a dançar, pra quebrar o gelo, sei lá. Ficar sentada era a treva, né não? A gente esperou as meninas voltarem, nos cumprimentamos, e eu era oficialmente a ‘bicona’ da mesa!

Se bem que o pessoal esquentou todo junto. Foi chegando mais e mais gente, a festa foi ficando cada vez mais bonita.

Fiquei lá dançando com elas e, nossa, fiz tudo que eu faço em casa, huahauhauahauhauah!

Acho que a festa começou mesmo quando tocou Wanna Be Startin’ Somethin’. Juro que eu me segurei pra não chorar quando chegou no ‘mama se mama as mama coo sa’. Todos batendo palmas, foi emocionante. No final, gritamos o nome dele tão alto que deve ter dado pra ouvir lá do Theatro Municipal.

Antes disso, eu já tinha começado a pagar meus micos da noite. Foram muitos! O primeiro eu acho que foi ficar pulando enquanto tocava Scream. Mas enfim, não estava sozinha na euforia. Uma das meninas da mesa estava duplamente animada. Ela pulou junto comigo, enquanto todo mundo ainda estava meio... normal. Na verdade, nessa hora pegaram o áudio dos shows de HIStory, que começa com uma mistura de Scream, They Don’t Care About Us e In The Closet (*___*). O melhor é que nesse comecinho ele sempre brinca com a gente, pra todo mundo imitar o ‘Hee-Hee!’, ‘Hoo-Hoo!’, ‘Ooh’ e ‘AAAAU!’, jaajjaajajajjaja! Foi legal senti-lo presente, e comandando a festa.

Mas voltando... Eu ri horrores com essa menina! Impressionante, ela e a irmã sabiam todas as letras e coreografias da era Jackson 5 e The Jacksons. Fiquei de caraaaaaa! E ela imitava tudo, desde aquelas reboladinhas que ele dava nos idos de seus 15 ou 16 anos, até aqueles passos que ele pega até a alma, se vocês me entendem. Tipo, Heartbreaker Hotel. ‘Hu!’

Tocara muitas músicas dessa época, uma loucura! Teve uma hora que tocou uma que eu não conhecia... Só pela introdução, a garota que estava sentada, começou a gritar e levantou. ‘Aaaaaaah, virgem santaaaaaa!’, ou algo do tipo, hahahaha! Todo mundo olhou pra ela, e ela nem aí , meio que dizendo: ‘ué, ninguém vai gritar não?’.

O trio ABC, I Want You Back e The Love You Save é imbatível. Jesus, eu dancei The Love You Save melhor que em casa, HUAHUHAUAH! Meldels, amo essa música. E nada melhor que a era The Jacksons pra fazer todo mundo dançar. Dancing Machine, My Lovely One, Heartbreaker Hotel, Can You Feel It e a incomparável Shake You Body.

Let’s dance, let's shout

(Shout! Dedinhos pro alto)

Shake your body down to the ground

(Dedinhos pro chão)

TODO MUNDO JUNTO! Maravilhoso. O melhor é quando eu viro pro lado e vejo um menino dançando a música no cantinho, imitando o pessoal. Fofura! Depois eu falo mais dele.

A presidente do fã clube interrompeu algumas vezes. Da primeira vez, fez uma abertura e falou que muito já choramos e ainda choraremos muito, mas que esse era um dia de celebração, de festejo. De onde ele estiver, ele estará feliz com esse carinho. Acrescento que ele deve estar realmente feliz de ver que seu sonho de ser imortal está aí realizado. Um legado como o dele não se apaga, só se torna mais fantástico.

O pessoal estava animado, gritavam o nome de Mike enquanto a presidente tentava falar. Até que gritaram algo de calça dourada, aí eu rachei meu bico. Pensei: “putz, agora NÃO, tudo menos isso!”. Enfim, muuuuda o assunto!

Eles abriram as homenagens colocando a apresentação de Billie Jean de Bucareste. Eu já vi esse DVD cinqüenta mil vezes, mas eu sempre fico em choque. E assim foi. Na apresentação final, fiquei de boca aberta que nem uma retardada, como se nunca tivesse visto aquilo. Mas aquela apresentação é tão, mas tão perfeita, que não dá, não consigo. Depois disso, uma menina cantou Smile, vestida de Charles Chaplin. É lógico que chorei, essa música passa a ter sempre o efeito inverso. Se você ainda não ouviu essa versão de Michael, OUÇA, é uma das suas mais belas interpretações.

Muita coisa legal aconteceu lá, porque todo mundo sabia as músicas de cor, as coreografias... Claro, uns mais que os outros [tipo eu, o que eu sabia? Nem 10%! HAHA!] Alguns estavam bem a caráter, outros nem tanto, mas o desejo de ser como ele é o mesmo.

Um deles estava bem compenetrado na coreografia, tanto que tinha quase um chuveiro de suor na sua testa. Ele estava bem na frente da mesa. Sabe-se lá o que ele fez, se passou a mão na testa, ou se só girou, só sei que ‘choveu’ em cima das meninas. Com eu estava em pé, eu só entendi o motivo do riso cinqüenta anos depois. Mas o melhor foi um homem que estava perto da mesa e ficou olhando lá o cover-chuveiro. Ele fez uma cara de ‘ih! Ta se achando!’. Ri horrores! Depois quando a gente foi embora, as meninas ficaram comentando que o que ele usava no braço, que queria imitar aquilo que eu não sei o nome, tipo uma luva que vai até o cotovelo, de Black or White, parecia gesso, pois tinha aparência de ser algo rígido. Puxa vida, eu sou uma pessoa legal, continuo achando que o que vale é aintenção! E ele mandava bem, fez sua homenagem. ^^

Falando mais das músicas, fizeram tipo um remix de uma partezinha de Say Say Say, parceria de Mike com Paul McCartney, que ficou muito Mara! Nem precisa dizer que todo mundo cantava o ‘Uh-Uh-Uh-Uh-Uh!’. Foi lindooo! E que massa foi eu tentando cantar ‘I Wanna Be Where You Are’ no mesmo tom que Michael. Enfim, quase fico sem pregas vocais. Mas o bom de estar num lugar como esses é que você pode gritar e ninguém ouve direito, hauhauhauahauhau. Eu não poderia fazer o mesmo em casa, ia tomar uma machadada na cabeça de algum vizinho estressado. Eles já devem estar putos de eu ter passado dias e dias ouvindo Michael no último volume [e continuo ouvnido, sempre que possível]. Só lamento por eles!

Na hora que tocou Thriller, acho que pela segunda vez, o pessoal já estava animado, e eis que todo mundo começa a dançar e tal. Como tava um alvoroço lá na pitsa, quase não deu pra ver tudo o que acontecia. Só vi que o mesmo menino que estava dançando Shake Your Body estava em cima de uma mesa, dançando com o pessoal. Fofura 2!

A festa só teve um defeito: eles dividiram as músicas por blocos, de acordo com as fases/CDs. Até aí, sem problemas, só que nisso, eu não entendi até agora porque tocaram as músicas de Thriller, em especial as de Thriller 25 anos regravadas por outros artistas, umas setecentas vezes. A ‘Wanna Be Startin’ Somethin’’ do Akon deve ter tocado umas quatro vezes. E com isso, saímos de lá sem ouvir uma música de Off The Wall, Invincible, Dangerous e Bad! De Bad tocou pelo menos Smooth Criminal, mas foi de uma das apresentações de fãs. Como tinham cinqüenta cabeças na frente, resolvi curtir a música, que pra mim é uma daquelas que se durasse uma hora, eu não enjoava! A apresentação é de Marcelo Jackson, que mandou hiper bem... Eu só vi agora, que disponibilizaram no youtube, jijiji, antes eu só tinha visto um chapéu branco pra lá e pra cá.

Quando a presidente abriu o microfone pra explicar isso das músicas, diznedo ‘gente, todo mundo está pedindo músicas, mas calma que vai chegar a hora’. Fizemos a zorra gritando ‘AGORA, AGORA, AGORAAAA!’ Hahahahahah! Nosso pedido infelizmente não foi atendido.

Quando foram umas 20h, com muito pesar eu vi que já era minha hora. Falei com as meninas que eu ia embora, mas aí a coincidência mor aconteceu: elas também iam pegar o metrô, e ima para a mesma estação que eu! E pra mim o problema mesmo era sair dali e ir até o metrô, mesmo que seja um trajeto pequeno. Pegar o ônibus depois era o de menos. Daí, era bem melhor sair em grupo, mesmo que mais tarde, do que sozinha. Foi melhor mesmo, porque depois fiquei que nem barata tonta sem saber para onde ir pegar meu ônibus. A cidade muda quando escurece! Hahahaha!

Ainda bem que eu fiquei, porque senão ia perder o bloco de HIStory, meu cd preferidoooo!! Também adoro a música-título, pelo que ela representa no contexto da construção da idéia que norteia o cd [ó a pseudo-intelectual em música atacando], e também porque foi vendo-o comentar o vídeo de divulgação do álbum que ele ganhou minha admiração.

Quando tocou They Don’t Care About Us inteira, estávamos sentadas, e fizemos o batuque do Olodum na mesa. Definitivamente, queríamos chamar a atenção, hahahah! É uma música que trata da resistência de Michael a tudo e a todos que tentam derrubá-lo. O cd HIStory, aliás, é quase todo focado nisso. Mas TDCAU transmitiu ume energia muito forte naquele momento. Mesmo eu estando sentada, curti muito essa energia, foi realmente mágica. Teve algo de especial naquele momento, não sei. E também não podia levantar, estava na batucada!

Até que toca o remix de ‘Stranger in Moscow’, que pra mim é a coisa mais contraditória do universo! Pegar uma música que fala de uma terrível solidão e fazer um remix pras pessoas dançarem e se divertirem com isso é um troço que não tem sentido. A merda é que é um dos melhores remixes do ‘Blood on the Dance Floor’! Hahahaha! Não dancei, só fiquei ali sentindo a emoção da canção. Até que, abaixam o som, e aconteceu uma das coisas mais lindas da festa: todo mundo continuou a cantar:

Like a stranger in Moscow
(Lord have mercy)
Like a stranger in Moscow
(Lord have mercy)
We’re talkin’ danger
We’re talkin’ danger baby
Like a stranger in Moscow
We’re talkin’ danger
We’re talkin’ danger baby
Like a stranger in Moscow
I’m livin’ lonely
I’m livin’ lonely, baby
A stranger in Moscow

A presidente fica emocionada com aquilo, e fala como é linda esse tipo de homenagem, porque realmente foi muito espontâneo. Ela interrompeu porque, como alguns tinham visto, um menino tinha dançado Thriller junto com o pessoal. E ele pediu pra dançar de novo. Todos ficaram sentados, pro pessoal de trás poder vê-lo também.

Eu quase caí no choro no meio de todo mundo, nem preciso explicar muito o porquê. O menino se chama Emanuel, tem cinco anos. Depois quando eu fui ao banheiro, ele estava saindo de lá com uma moça, não sei se era a mãe, e ela disse que desde os três ou quatro anos ele já via os clipes de Michael, e mal esperava a hora de ver um show dele.


Emanuel saiu aclamado da sua apresentação como Maiquinho. Eu fico muito emocionada em pensar que ele é um dos milhares e milhões de Maiquinhos que ainda vão existir, que ainda vão escutar e viver a loucura que é a obra desse grande artista.

Quando começou a tocar ‘2 Bad’, que eu adoroooooooo, lá estava eu empolgadona quando eu olho pro lado e vejo Emanuel dançando, cheio de gestos e uma cara de ‘tô bolado!’. Nossa, ele é incrível! Não sabia mais se eu dançava pela música ou pelo entusiasmo de Emanuel, que era contagiante.

A mesma menina que pulou comigo, pegou ele, abraçou, beijou, ‘fofurinhaaaaaa!’, haahahha! Antes, ela foi lá conversar com ele:

- Oi, qual é seu nome?

- Emanuel.

- E quantos anos você tem, Emanuel?

- Cinco.

- Nossa, você sabia que você dança muito bem?

- Sabia!

Hahuauhauahuahua! Bom, esse vai longe, humildade é um acessório! Hahahahaha!

Além de tocar ‘This Time Around’ e ‘Come Together’ (ô coro lindo!), chegou a vez de D.S. Ai, que felicidade a minha quando, no meio do refrão que diz ‘Tom Sneddon is a cold man’, umas meninas puxaram um coro de ‘FILHAAA’ DA P*TAAAAA! Vou fazer isso em casa, é relaxante! Hahahahah!

As meninas ficaram meio assustadas com aqueles elogios ao vento, talvez não tenham associado o nome à pessoa, ou até não o conheçam. Enfim, não interessa, esse tipo de gentinha só merece elogios desse naipe.

Esse dia vai ficar pra sempre na minha mente como um dia muito especial. Primeiro, porque foi um dos poucos em que eu realmente me diverti. Não tive vergonha de dançar ‘Wanna Be...’ e Beat it... O melhor de ‘Beat It’ é que como estávamos de costas pra pista, fizemos quase um Jackson 4 dançando, com o pessoal que estava mais atrás assistindo. Enfim, não avaliei o mico a tempo e quando vi já estava virando pro lado errado e destoando do resto do grupo, haha!

E antes de tudo, porque essa confraternização me mostrou que, mesmo que muitas e muitas pessoas tenham tentado tirar Michael do jogo, seja de forma direta ou indireta, a história que ele escreveu no mundo contemporâneo é indelével, e por mais que muitas injustiças tenham acontecido, o que é verdadeiro não é esquecido, e independentemente de quanto tempo isso demore, o que é verdadeiro sempre vem à tona. Quer dizer, a verdade já está aí, só não vê quem não quer.

Vendo Emanuel, percebi que a história ainda não acabou. Ela apenas acabou de começar, porque ninguém mais chega aonde Michael Jackson chegou. E quanto mais o tempo passar, mais vão perceber o quanto a sua história é fantástica e única.

“This isn’t it”

Até dia 28 de outubro.


P.S: Por que eu demorei setecentos anos pra colocar o texto? Porque eu estava feito uma louca chateando todo mundo por aí tentando arrajnar o vídeo de Emanuel dançando. Muita gente filmou, mas acho que ngm postou por aí. Mas acho que as fotos já dá uma impressão de como foi. Aliás, gracias elisamachado por ter colocado o vídeo de Marcelo Jackson e a 'gabytwymmf' do fórum neverland por ter disponibilizado essas fotos!


2 comentários:

Anônimo disse...

Nega, deixa eu dizer que to atrasadíssima na leitura no seu blog!!! Tenho 3 postagens pra ler!! De que serve eu dizer isso? Er... nada! hahaha Mas é bom eu ficar repetindo para eu não esquecer de voltar aqui se eu tiver viva depois do meu primeiro dia de trabalho!
beeeeeeeeijos
see you later!
:**

Anônimo disse...

Bom, voltei, mil anos depois e caindo de sono, mas queria ler sobre a sua aventura!! Menina, vc se divertiu horrores mesmo!!! E depois do que vc contou, dos eventos da festa, eu sei que eu ía me sentir um peixe fora dágua total!!!!!!!!!!!!! Mas enfim, a questão é que vc se divertiu horrores e fez amizade (vai manter contato com as meninas, né?)
Emanuel é um exemplo! Enquanto tem gente que passa a vida tentando ser famoso, ele leva 5 anos para ter publico cativo e assumir de vez que reconhece o próprio talento! shauhsuahsua
E cara, fica tranquila que 8 horas não é tão tarde no centro, ainda mais quando tem algum evento rolando em algum luga, o que sempre tem. Claro, vc não vai ficar parada dando sopa, mas passar batida dá! ahsuhasuas Não, sério, foi bom que vc arranjou companhia, o bagulho é neurótico nessa cidade!
E né por nada não, mas eu morro de pena dos seus vizinhos ahsuahusahsa


beijinhos, nega!!!!
:*